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SP Alto Astral: Moradias transitórias ajudam famílias vulneráveis

A ideia da “Vila Reencontro” é primeiro garantir um teto e, depois, ajudar as pessoas a se reestruturarem

Edson Lopes Jr/Secom
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1 de 1 Foto colorida de centro em São Paulo - Metrópoles - Foto: Edson Lopes Jr/Secom

atualizado

Há quase um ano, a prefeitura de São Paulo inaugurou a primeira Vila Reencontro, nome dado ao projeto que oferece moradias transitórias a quem está em vulnerabilidade. A ideia é primeiro garantir um teto, e depois ajudar a pessoa a se reestruturar.

Desde então, três vilas foram inauguradas. Ao todo, 22 famílias (78 pessoas no total) conseguiram se organizar e sair das vilas.

O projeto conta com apoio social contínuo e é voltado a grupos familiares (com ou sem crianças) que estão morando nas ruas há menos de dois anos. Elas podem permanecer de 1 a 2 anos no espaço. Os critérios para as moradias incluem informações do CadÚnico e cruzamento de dados de pessoas em situação de rua na cidade.

Quem chega à Vila Reencontro precisa participar de capacitações profissionais e outras iniciativas sociais para alcançarem a autonomia. Além disso, são direcionados a vagas de emprego na prefeitura.

Fernanda Lopes, 36, é uma das futuras moradoras do projeto. Sem emprego e sem renda fixa, Fernanda não conseguiu manter o pagamento do aluguel em dia e acabou ficando em uma situação vulnerável. Ela é mãe de uma menina de 9 anos e um adolescente de 17.

O acolhimento pode ser o que Fernanda precisa para se reerguer e garantir maior segurança aos filhos.

“Espero conseguir um emprego que dê para juntar dinheiro para comprar meus móveis e alugar minha casa. Creio que os dois anos [período máximo de permanência no programa] seja tempo suficiente para isso”, conta Fernanda, que já faz planos.

“Queria um emprego na área de saúde, que eu gosto, para trabalhar como agente comunitário”, afirma.

Moradias

As duas primeiras Vilas inauguradas em São Paulo, a Cruzeiro do Sul, na Zona Norte, e a Anhangabaú, no Centro, têm 40 moradias cada. A mais recente, no Pari, tem 100 casas. Como cada unidade pode abrigar até quatro moradores, o impacto do projeto pode alcançar até 560 pessoas.

A prefeitura prevê entregar ainda este ano mais uma unidade, a Vila Reencontro Santo Amaro, que terá 70 moradias com capacidade para até 280 pessoas ao todo.

As casas modulares têm 18 m² cada, com banheiro, pia, fogão de duas bocas e ventilador. O mobiliário é montado conforme a necessidade dos moradores: pode ter cama de casal, beliches ou berços. No espaço externo há parquinho para as crianças, horta comunitária, cozinha e lavanderia.

As equipes multidisciplinares que atual na Vila Reencontro têm o desafio de ajudar os moradores a se reestruturar para viverem fora dos equipamentos da prefeitura. São 70 profissionais como psicólogos, pedagogos e supervisores que ajudam na inserção no mercado de trabalho, na saúde, educação e acompanhamento social.

A estimativa é de que a capital de São Paulo tenha 53 mil pessoas morando nas ruas, de acordo com o levantamento do Observatório Polos de Cidadania da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), divulgado em setembro.

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