atualizado
Mais de 301 mil crianças estão recebendo leite gratuito no programa Leve Leite, da Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação.
O benefício, que ajuda a complementar a alimentação na primeira infância, é distribuído para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), que moram em São Paulo, têm crianças a partir de 4 meses de idade matriculadas na rede municipal de educação infantil e pedem para ter acesso ao alimento.
Para atender à demanda, a Prefeitura vai entregar 1,2 milhão de quilos de leite integral em pó e 10 mil quilos de fórmula láctea.
Bebês de 4 meses a 1 ano recebem na creche 1 kg de fórmula láctea todos os meses, e crianças entre 1 e 4 anos recebem em casa 4 kg de leite em pó a cada 4 meses – o que corresponde a 1 kg por mês.
A entrega nas residências é feita pelos Correios e, por isso, a Prefeitura alerta sobre a importância de manter o cadastro atualizado para não ter o benefício interrompido.
Famílias com crianças com deficiência, matriculadas até o 5º ano do ensino fundamental, também podem ter acesso ao programa da Prefeitura — neste caso, não é preciso estar inscrita no CadÚnico.
A distribuição deste primeiro ciclo começou no início de março e segue até julho. O cronograma pode ser consultado no telefone 156 ou clicando aqui. Ao todo, serão três ciclos de distribuição no ano, um a cada quatro meses.
Como aderir ao programa
Famílias interessadas em aderir ao programa precisam comunicar a Prefeitura de que querem receber o benefício. Para isso, é preciso se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais no município de São Paulo. Quem não tiver o cadastro, pode procurar ajuda nos CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).
Depois, é preciso levar o número do cadastro para a escola onde os filhos estão matriculados e assinar o termo de adesão ao programa.
Têm direito ao benefício somente as famílias que moram na capital paulista.
A partir da adesão, a família passa a receber o benefício conforme o cronograma da Prefeitura. Caso a entrega não ocorra, é preciso verificar se os dados estão atualizados. A orientação da Prefeitura é que os familiares consultem a secretaria da unidade em que a criança está matriculada para tirar eventuais dúvidas.
Ajuda na alimentação das crianças
Daniela Gomes Uchoa, de 29 anos, é mãe de três filhos e recebe leite pelo programa para os dois mais novos. Ela conta que conheceu o Leve Leite há 3 anos na escola, quando foi matricular o filho Antônio, hoje com 4 anos, no CEI (Centro de Educação Infantil).
Lá, soube o passo a passo da adesão, foi ao Cras se inscrever no CadÚnico, e depois assinou a documentação na escola para passar a receber o alimento.
Quando a filha mais nova, Maria Alice, hoje com 1 ano, entrou na creche, ela também se inscreveu para receber o benefício para a bebê.
“O leite do Antônio vem em casa, e o da Maria Alice eu recebia na escola, mas este ano vou passar a receber em casa porque ela já completou 1 ano”, conta. “O programa ajuda bastante, não cobre o consumo de leite das crianças ao longo dos quatro meses, mas já é uma ajuda no orçamento, além de ter boa qualidade para as crianças”, diz.
Ednara Alves Moreira, de 24 anos, também recebe leite para a filha Ellen, de 10 meses. Como a bebê ainda consome a fórmula láctea, o produto chega no CEI onde a menina está matriculada.
“Acho o programa bacana, porque ajuda bastante. Já recebi duas vezes. Se tivesse que comprar, pagaria cerca de R$ 54 por lata”, conta.
Renata Aguiar de Lima, de 32 anos, recebe leite para a filha Heloísa, de 9 meses, e o filho Lucas, de 3 anos. Ela conta que demorou para receber o leite do filho mais velho porque não sabia que precisava se cadastrar no programa – ela achava que o benefício chegaria no CEI, sem precisar aderir ao Leve Leite.
Depois que foi informada, se inscreveu e passou a receber o benefício sem interrupção.
“Vieram na porta da minha casa e entregaram os pacotes, era o mês que eu mais precisava”, relembra. Agora, os pacotes do Lucas são entregues pelos Correios, e o leite da Heloísa é entregue na CEI. “Sou mãe solo, ajuda bastante. Se tivesse que arcar com os custos, seria R$ 200 só de leite para a Heloísa, ficaria muito caro”, conta.