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SP Alto Astral: Crianças e jovens procuram ginástica depois de ouro

Modalidade que levou a ginasta Receba Andrade ao bicampeonato mundial tem aulas de graça em Centros Esportivos da capital paulista

Secretaria Municipal de Esportes e Lazer
Foto colorida das atividades de ginástica artística da cidade de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida das atividades de ginástica artística da cidade de São Paulo - Metrópoles - Foto: Secretaria Municipal de Esportes e Lazer

atualizado

A notícia recente da conquista do bicampeonato da ginasta brasileira Rebeca Andrade no Mundial de Ginástica só aumenta a curiosidade e o interesse de crianças e jovens pela prática da modalidade.

A boa notícia é que a cidade de São Paulo oferece professores e estrutura gratuitos por meio dos Centros Esportivos distribuídos em todas as regiões da Capital. Dos 46 equipamentos públicos administrados pela Prefeitura, oito contam com aulas de ginástica artística oferecidas para crianças a partir dos cinco anos de idade, residentes na cidade de São Paulo.

Para realizar a inscrição é necessário antes fazer a carteirinha de participante, que dará acesso aos serviços dos Centros Esportivos. A solicitação do documento pode ser feita durante todo o ano de maneira presencial, em um dos 46 Centros Esportivos, ou pelo site SP156

Os pais ou responsáveis dos jovens menores de idade que optarem por fazer o cadastro presencialmente devem apresentar no momento do cadastro uma foto 3×4, cópia do RG, cópia do CPF e cópia do comprovante de endereço.

As mesmas informações são exigidas para realizar a inscrição online. Não há qualquer cobrança de taxa para a solicitação da carteirinha.

Os alunos matriculados nos Centros Esportivos podem escolher realizar as aulas nas modalidades solo e aparelhos, com turmas dos níveis iniciante, intermediário e avançado. Os endereços de todos os Centros estão disponíveis no site da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer.

Instrutores dos Centros Esportivos que dão aulas de outras modalidades e que têm interesse em ministrar aulas de ginástica artística podem receber formação específica e, com isso, se tornarem aptos para ensinar mais de um esporte.

A Secretaria Municipal de Esportes e Lazer também planeja melhorar a estrutura dos ginásios com aquisição de materiais e aparelhos novos via licitação.

Inspiração dentro e fora do ginásio

Não é de hoje que a seleção brasileira de ginástica artística encanta e inspira novas gerações de jovens que sonham com uma carreira promissora nesse esporte. Com a conquista recente do bicampeonato mundial de salto, Rebeca Andrade se torna a primeira brasileira na história a conquistar cinco medalhas em um único Mundial, sendo uma medalha de ouro.

A conquista inédita da atleta não apenas enaltece a ginástica olímpica como impulsiona a formação uma nova geração de jovens apaixonados pela modalidade.

“Sempre que a ginásticas brasileira conquista resultados importantes, há um crescimento da demanda pela prática da modalidade”, afirma a instrutora de ginástica artística do Centro Esportivo Joerg Bruder, localizado em Santo Amaro, Zona Sul de São Paulo, Cristina Reis. Há 30 anos na profissão, o trabalho de Cristina na unidade é focado em inclusão social e aumento da autoestima por meio da ginástica artística.

“O Centro Esportivo é a porta de entrada para a criança ter o primeiro contato com o esporte ou até mesmo seguir uma carreira profissional”, conta a professora que já apresentou a modalidade para mais de 500 crianças e jovens ao longo da sua trajetória profissional.

“Sempre é uma alegria muito grande ver os olhos das crianças brilhando quando entram pela primeira vez no ginásio e veem os equipamentos”, conclui.

Inspiradas nos movimentos e na performance da Flávia Saraiva, que conquistou sua primeira medalha em Mundiais da carreira na mesma competição que rendeu ouro para a Rebeca Andrade, as irmãs gêmeas Geovana e Jamile Souza iniciaram na ginástica por conta própria, aos 11 anos de idade.

“Achamos o esporte lindo e começamos a aprender os movimentos vendo a Flávia na TV e em vídeos na internet. Usávamos colchão e cama elástica para imitar os movimentos e treinávamos em casa todos os dias, mas não tínhamos técnica, por isso fomos ao Centro Esportivo”, relembra Geovana. 

Hoje, aos 19 anos, as irmãs escolheram a carreira de educadora física como profissão e seguem treinando no equipamento da prefeitura.

“Durante as aulas, gosto de ajudar os mais jovens para que aprendam a fazer movimentos como rolamento, estrelinha e ponte da forma mais técnica e correta possível. Quero ser professora para formar uma nova geração de pessoas nesse esporte”, planeja.

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Alto rendimento

Os profissionais dos Centros Esportivos também são formados para identificar jovens com potencial para seguir carreira profissional. Nesse caso, esses talentos são encaminhados ao Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, equipamento público municipal voltado ao esporte de alto rendimento.

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