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SP Alto Astral: Consultas para diagnóstico de glaucoma precoce crescem

Doença é uma das principais causas de cegueira e pode ser evitada nos estágios iniciais

Crédito: Victor Zabini/SMS
Glaucoma
1 de 1 Glaucoma - Foto: Crédito: Victor Zabini/SMS

atualizado

A capacidade de consultas para diagnóstico precoce de glaucoma aumentou em sete vezes na cidade de São Paulo.

A doença, uma das principais causas de cegueira em todo o mundo, pode ser tratada se detectada nos estágios iniciais. Hoje, a rede municipal está preparada para fazer 21.000 consultas por mês. Em 2021, a capacidade era de 2.840.

Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a pasta, a ampliação dos serviços ocorreu ao darem prioridade ao primeiro atendimento para diagnóstico de glaucoma, considerando os critérios de gravidade e risco para a doença. Com isso, foi possível agilizar a detecção, o acompanhamento e o tratamento. A fila para o primeiro atendimento, que em 2021 já teve 21.550 pacientes esperando, tem atualmente 90 pessoas.

Hoje, a rede pode fazer 7 mil consultas para diagnóstico e 13 mil para acompanhamento. Em 2021, eram 340 para a primeira avaliação e 2.500 para monitoramento.

Atenção ao glaucoma
A doença, que pode levar à cegueira, atinge de 2% a 3% da população brasileira acima de 40 anos. Segundo o Ministério da Saúde, ela ocorre pelo aumento da pressão dentro dos olhos e progride de forma silenciosa – geralmente, só é percebida quando a pessoa passa a esbarrar em objetos do dia a dia, ao perder a visão periférica.

Por isso, o monitoramento preventivo é tão importante. Os riscos aumentam em pessoas que têm familiares com glaucoma, pessoas com alto grau de miopia e diabéticos. A recomendação é fazer exames de rotina anualmente.

Em São Paulo, a Linha de Cuidado para o Glaucoma começa nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), quando os pacientes são encaminhados para os serviços de oftalmologia básica na rede, como HDs (Hospitais Dia), AMAs (Atendimento Médico Ambulatorial) Especialidades e AMEs (Ambulatórios de Especialidades).

O diagnóstico é feito por um oftalmologista com o auxílio de exames específicos, como de pressão intraocular, fundo de olho e campo de visão.

Os pacientes com suspeita para a doença são encaminhados a prestadores de serviços habilitados, como o Instituto Suel Abujamra, Instituto Cema, Ipepo – Instituto da Visão e Hospital da Santa Casa de Santo Amaro.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o município recebe cerca de 500 pedidos todos os dias para essa linha de cuidado, sendo 100 para avaliação especializada e diagnóstico em glaucoma feitos por oftalmologistas gerais da rede municipal, e 400 para manter o acompanhamento dos pacientes portadores da doença nos serviços habilitados.

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