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SP Alto Astral: Capital inaugura primeira unidade de hospedagem social

Equipamento, na Liberdade, é direcionado para indivíduos que, mesmo em situação de rua, já estão no mercado de trabalho ou atrás de emprego

Marcelo Pereira/ SECOM
Foto colorida da primeira unidade da Hospedagem Social para Pessoas em Situação de Rua - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida da primeira unidade da Hospedagem Social para Pessoas em Situação de Rua - Metrópoles - Foto: Marcelo Pereira/ SECOM

atualizado

A Prefeitura de São Paulo inaugurou a primeira unidade da Hospedagem Social para Pessoas em Situação de Rua, uma nova tipologia de acolhimento da rede socioassistencial. O hotel, localizado no bairro da Liberdade, é direcionado aqueles que, mesmo em situação de rua, já estão inseridos no mercado de trabalho ou em busca de um emprego.

O serviço é para os que apresentam alguma dificuldade com a adaptação aos Centros de Acolhida já existentes. Nessa nova modalidade de serviço de acolhimento serão ofertadas 1.000 vagas.

O equipamento disponibiliza 208 dessas vagas para o público da modalidade 1, composta por indivíduos sozinhos ou casais sem filhos. Os quartos são compartilhados, sendo até quatro pessoas por cômodo.

No serviço para família, cada uma recebe um quarto.

Todos têm direito a café da manhã, jantar, cama com colchão e travesseiro, local para guardar pertences, banheiro com toalha, shampoo, escova e pasta de dente. Enfim, tudo aquilo que a pessoa precisa de forma imediata.

A Hospedagem Social, que recebeu o investimento de R$ 3,2 milhões, está instalada em hotéis espalhados pela cidade, de forma a distribuir as vagas, inclusive nas regiões mais afastadas das áreas centrais de São Paulo. Inicialmente, quatro hotéis oferecem mais de 500 vagas de acolhimento.

O programa foi iniciado em 28 de dezembro de 2023.

Encaminhamento

Além da hospedagem, no acolhimento de pessoas sozinhas ou casais também são ofertadas duas refeições ao dia: café da manhã e jantar, levando em consideração que os indivíduos devem estar trabalhando ao longo do dia.

No acolhimento às famílias são ofertadas três refeições por dia: café da manhã, almoço e jantar, considerando que alguns integrantes podem passar o dia no hotel.

Esta categoria não dependerá da triagem da Central de Vagas, diferentemente das outras tipologias de atendimento, e contará com encaminhamento direto feito pelo Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e pelo Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP).

A modalidade possui, ainda, gestão centralizada que dispõe de 28 profissionais de diversas áreas como assistente social, psicólogo, entre outros, à disposição dos hospedados.

Cada acolhido terá um período inicial de três meses de permanência no equipamento. De acordo com a avaliação da equipe técnica, o prazo pode ser renovado, com possibilidade de extensão a até dois anos.

Diferença entre a hospedagem social e os hotéis sociais

A rede socioassistencial da cidade de São Paulo conta, atualmente, com 36 hotéis sociais espalhados pela cidade que dispõem de 4.094 vagas de acolhimento. São equipamentos que, de forma individual, atendem a perfis diversos como homens, mulheres, idosos, famílias e o público LGBTQIA+.

O preenchimento destas vagas é determinado por meio de uma central, que é acionada pelos serviços de abordagem e encaminhamento dos territórios. O mesmo público que é recebido nos hotéis sociais pode ser acolhido, também, em outros serviços tradicionais da rede socioassistencial, como os Centros de Acolhida 24h e os Centros de Acolhida Especiais, que variam de acordo com o perfil do indivíduo a ser recepcionado.

Nesses equipamentos, a Organização da Sociedade Civil (OSC) responsável auxilia os acolhidos na busca de um emprego, capacitação profissional, reconstrução de laços familiares e/ou afetivos e propõe atividades socioeducativas, entre eles e também com a comunidade, como maneira de fortalecimento dos vínculos sociais e de reconstrução da autonomia.

Além disso, as regras de convivência são definidas em assembleias, realizadas pela OSC responsável com os acolhidos e nelas são determinadas questões como horários de entrada e saída, entre outras determinações de convívio.

Já a Hospedagem Social atenderá prioritariamente pessoas em situação de rua, mas que encontram dificuldade neste modelo acima, seja pelas regras determinadas em assembleia ou qualquer outro motivo e que já possuem plenas condições (física, psicológica e emocional) de exercer uma atividade profissional.

Com a liberdade na definição de horário de entrada e saída, por exemplo, os acolhidos poderão cumprir os horários de trabalho estabelecidos, de acordo com a necessidade.

O intuito desta nova modalidade é ofertar vagas de acolhimento para pessoas com autonomia e condições de organização das atividades necessárias para a vida diária e, ainda, com prontidão para acessar o mercado de trabalho, inclusive a partir das alternativas ofertadas pela Prefeitura de São Paulo, como o Programa Operação Trabalho (POT).

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