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A campanha “Adote um Bom Velhinho”, da Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) de São Paulo, está promovendo a adoção responsável de cães e gatos idosos que vivem no abrigo da prefeitura.
Atualmente, há 60 animais com mais de oito anos de idade esperando uma nova família. A maioria (57) é de cães. Outros três são gatos.
Os animais foram recolhidos nas ruas e, ao chegarem ao abrigo, foram castrados, vacinados e medicados para controle de parasitas e verminoses.
Apesar das campanhas constantes, muitos deles passam anos esperando serem adotados.
Mais de uma década de espera
Foram 14 anos vivendo no abrigo até que, no ano passado, a vida de Coff – um cachorro vira-lata, com cerca de 16 anos de idade – mudou. Kelly Gavião, de 50 anos, viu Coff em uma matéria na televisão sobre a adoção de cães idosos. Ela se encantou e foi atrás do cachorro na Cosap.
Os profissionais da coordenadoria entrevistaram Kelly, falaram sobre adoção responsável, contaram as particularidades de Coff e a mantiveram ciente dos cuidados que o cão iria necessitar.
Uma das condições de saúde já vem explícita no nome. Coff se chama assim porque, toda vez que coloca uma coleira, ele tosse. Isso é reflexo de um estreitamento da traqueia do bichinho – um “charminho”, como as características particulares desses animais são tratadas.
Além disso, ele tem uma condição cardíaca que exige medicação todas as noites, o que não é nenhum problema para Kelly. “Eu adotei sabendo. Foi tudo muito claro”, conta.
Kelly diz que tudo valeu muito a pena.
“Sinto muito amor, é uma retribuição. Quando ele chega perto, parece que diz ‘obrigada’. Os animais precisam de comida e água para sobreviver, mas também de muito amor e respeito”, diz Kelly que, após um ano de convivência com Coff, recomenda a adoção de animais idosos.
Hoje, Coff vive em uma chácara em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo, e convive com outros 9 cachorros.
Adoção de animais idosos
A adoção de cães e gatos idosos permite às famílias uma convivência com um animal de comportamento e tamanho já definidos, geralmente de perfil mais calmo. Já a adoção de filhotes deixa em aberto o tamanho e o tipo de comportamento que estes animais terão.
Como forma de estimular os cuidados com os bichinhos, quem adota um animal idoso no abrigo da prefeitura leva consigo o cartão “Cuida Bem Idoso”.
Esse cartão dá atendimento prioritário e vitalício em qualquer um dos quatro hospitais veterinários públicos da capital, que estão nas zonas Norte, Leste, Sul e Oeste.
Como adotar
Os interessados em conhecer os animais para adoção podem visitar a Coordenadoria de Saúde e Proteção ao Animal Doméstico (Cosap) de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 15h.
Todos os animais disponíveis para adoção estão devidamente vacinados, vermifugados, castrados, identificados por microchip e possuem RGA (Registro Geral do Animal), conforme lei municipal nº 13.131/01.
No dia da adoção, será preciso levar uma coleira com guia se for adotar um cão ou uma caixa de transporte, caso adote um gato.
Além disso, o tutor também precisa apresentar RG (Registro Geral) e CPF (Cadastro de Pessoa Física), comprovante de residência recente (dos últimos três meses) e pagar uma taxa pública de R$ 31,20.
Serviço – Campanha “Adote Um Bom Velhinho”
Endereço: Santa Eulália, 86 – Santana.
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados das 9h às 15h.
Documentos necessários para adoção: CPF, RG e comprovante de residência. Não esqueça da caixa de transporte própria para animais (para adoção de gatos) ou coleira com guia (para adoção de cães).
Taxa municipal referente à adoção: R$ 31,20.
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