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A Emia (Escola Municipal de Iniciação Artística) divulgou a seleção de 150 novas vagas para crianças que passarão a ter aulas gratuitas de artes em 2024. A proposta é trabalhar, em contato com amplos espaços verdes, linguagens de dança, música, teatro, e artes visuais integradas.
O objetivo é estimular o desenvolvimento, criatividade e expressão artística dos alunos, que entram por volta dos 5 anos e saem com 13. Ao todo, a Emia tem 900 alunos.
A escola nasceu, em 1980, no Parque Lina e Paulo Raia, um espaço com 15.621 m² de área, que fica no Jabaquara, Zona Sul da cidade. Ela ocupa três casas projetadas pelo arquiteto polonês Lucjan Korngold, hoje tombadas pelo patrimônio histórico. Em 2011, a escola foi regulamentada por lei municipal.
Em 2022, a Emia inaugurou a primeira unidade fora do parque Lina e Paulo Raia, atendendo a uma proposta de descentralização do ensino.
Hoje são quatro novos endereços na capital: no Itaim Paulista; na Zona Leste; em Pirituba; na Zona Oeste; na Brasilândia, na Zona Norte; e em Perus, na Zona Noroeste.
As novas unidades estão em antigas chácaras – como a Chácara do Jockey ou a Chácara das Flores – ou próximas a praças da cidade, respeitando a integração com a natureza, que também faz parte da proposta da escola.
Os educadores são artistas formados e reconhecidos em suas áreas, que trabalham em duplas integrando as linguagens artísticas. Essa vivência profissional traz uma experiência específica para o desenvolvimento de atividades para as crianças.
“Não estamos em busca de talentos, mas sim de trabalhar as habilidades da criança. Queremos despertar potencialidades. É uma iniciação, uma descoberta artística, com vivência e experiência das linguagens”, afirma Adriane Krindges, violinista que atua há 23 anos na Emia e, desde 2019, é coordenadora da área de música da unidade Jabaquara.
Embora a proposta não seja descobrir talentos, há alunos que foram formados pela Emia e hoje atuam profissionalmente na área, conta Krindges.
As aulas duram três horas e acontecem uma vez por semana. A partir dos 7 anos, os alunos podem fazer, além do curso regular, uma aula optativa – que também tem duração de três horas. Com isso, são 1300 atendimentos semanais – 900 alunos nas aulas regulares e, destes, 400 fazendo as optativas.
Os alunos que se inscrevem são sorteados respeitando o percentual de cotas: 50% para pretos, pardos e indígenas; 30% para crianças de escolas públicas e 20% para ampla concorrência. Os resultados dos selecionados foram divulgados em dezembro. As aulas começam em fevereiro.