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Sem acompanhamento, lentes de contato podem causar prejuízo à saúde

Especialista do CBV – Hospital de Olhos, um dos mais renomados centros especializados em oftalmologia do país, orienta sobre cuidados

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Olhos e um dedo segurando uma lente de contato
1 de 1 Olhos e um dedo segurando uma lente de contato - Foto: Getty Images

atualizado

Seja pela praticidade, estética ou necessidade, as lentes de contato vêm ganhando cada vez mais adeptos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, mais de 2 milhões de pessoas usam lentes no Brasil, seja para substituir os óculos de correção da visão ou como opção para alterar a cor dos olhos.

As modernas opções de lentes oferecidas hoje são práticas de serem aplicadas e a tecnologia proporciona uma sensação de conforto. Fato é que, com uma série de vantagens para a saúde e a estética, os itens se tornaram grandes aliados de quem possui miopia, hipermetropia, astigmatismo e até mesmo presbiopia, garantindo maior liberdade de movimentos e estilo, principalmente para os praticantes de esportes.

“As lentes, quando indicadas e avaliadas por um médico oftalmologista, são extremamente seguras. Além disso, o acompanhamento médico periódico é de suma importância para o monitoramento da saúde dos olhos”, explica o médico oftalmologista especialista em córnea do CBV – Hospital de Olhos, Willian Breno.

Quais os tipos de lentes?

As lentes, em geral, são classificadas como rígidas ou gelatinosas. A primeira é feita de material não flexível e é utilizada, principalmente, para correção de graus elevados de astigmatismo ou para pessoas com alguma doença ocular que afete principalmente a córnea. Já as lentes gelatinosas são indicadas para correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo, entre outras.

Além do tipo de material, elas podem ser classificadas de acordo com a função. Veja alguns exemplos:

Lentes tóricas: são direcionadas para corrigir o astigmatismo, associado ou não, à miopia e à hipermetropia. Essas lentes contam com tecnologia avançada e desenhos especiais, e têm curvaturas e espessuras diferentes em vários ângulos da lente para garantir que o grau fique no lugar correto e corrija a visão.

Lentes multifocais: são lentes capazes de oferecer foco para as distâncias de longe e perto, sem a necessidade de óculos. Normalmente, são indicadas para pessoas com mais de 40 anos que sofrem de presbiopia (conhecida como “vista cansada”). Podem ser gelatinosas ou rígidas.

Lentes terapêuticas: são utilizadas geralmente para reduzir a dor causada por abrasões, erosões ou úlceras corneanas ou melhorar o desconforto após sutura de córnea, transplante, cirurgia refrativa ou de correção de problemas palpebrais.

Lentes estéticas: as lentes de contato gelatinosas estéticas possuem cores, podendo ter, ou não, efeito de correção visual, e serem adaptadas em olhos com ou sem visão. São indicadas, no geral, para alterar a coloração dos olhos, revestir cicatrizes e opacidades corneais e até cobrir cataratas hipermaduras que não tenham indicação de cirurgia. 

Como saber o tipo de lente mais indicada?

Para cada problema visual há uma indicação específica de um tipo de lente de contato. O primeiro passo para decidir qual o tipo ideal é consultar um oftalmologista. Cabe apenas a ele indicar a necessidade de correção visual e acompanhar a adaptação das lentes. 

“É preciso lembrar que lentes de contato são, sim, corpos estranhos que se não forem usados e acompanhados corretamente podem resultar em prejuízo à saúde ocular. Desde casos leves em que a pessoa apresenta uma vermelhidão leve, uma irritação transitória até casos de infecções graves que podem ameaçar a visão ou mesmo a integridade do globo ocular”, explica o médico oftalmologista do CBV – Hospital de Olhos.

Muitos casos de infecção, conjuntivites e lesões graves das córneas (úlceras de córnea) podem ser causadas por lentes de contato mal adaptadas. Por isso, é preciso seguir as orientações corretamente do especialista.

Atenção aos cuidados!

Segundo Willian, as principais indicações para o uso correto das lentes de contato são:

  • Lavar muito bem as mãos com água e sabão (de preferência antibacteriano) e secá-las antes de tocar nas lentes.
  • Tirar as lentes na hora de dormir (a não ser que haja indicação médica para uso noturno, no caso de lentes para tratamentos específicos).
  • Troque diariamente o líquido dos estojos das lentes.
  • Não use água de torneira para limpar as lentes de contato.
  • Não utilizar as lentes por mais horas do que o recomendado pelo oftalmologista e fabricante.
  • Respeitar o tempo de descarte das lentes (existem lentes de descarte diário, quinzenal, mensal e anual).

CBV Hospital de Olhos

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