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Retomada econômica pós-pandemia exigirá formação técnico-profissional

Mercado de trabalho dependerá de trabalhador melhor capacitado. Formação profissionalizante em ensino médio ajudará futuros profissionais

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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1 de 1 Webinar-CNI - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

atualizado

A retomada da economia no pós-pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, deverá aliar o aprendizado das salas de aula com as necessidades que tem surgido, principalmente no campo das novas tecnologias, dentro do mercado de trabalho. Contudo, a atual estrutura da educação brasileira não tem ajudado a capacitar futuros trabalhadores a alcançarem as vagas que serão demandadas.

A conclusão é de especialistas que discutiram o setor nessa terça-feira (6/7) durante o seminário Educação para para o novo mundo do Trabalho, realizado pelo Metrópoles e com o  oferecimento do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial  (Senai).

Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai, acredita que a formação técnico-profissional é um dos caminhos para aumentar a competitividade do país em relação as outras nações. “O Brasil precisa de quatro trabalhadores para equivaler a produtividade de um trabalhador norte-americano. Temos um grave problema. Temos que melhorar a qualidade da educação brasileira”, destaca.

Rafael Lucchesi: melhora da educação implica em maior competitividade para o país

Ele defende que a formação técnica auxilia na capacidade de empregabilidade dos jovens que almejam por uma vaga. “As profissões técnicas mais demandadas pela indústria são, sim, competitivas com profissões de nível superior”, pondera.

Simon Schwartzman, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e integrante da Academia Brasileira de Ciências, avalia que essa é uma alternativa de formação que será essencial na nova economia.

“Uma formação técnica oferece aumento imediato de salário para quem precisa trabalhar e não pode esperar quatro anos por um salário de formação de nível superior”, explica o especialista.

No Brasil, segundo dados apresentados no seminário, somente 11% dos jovens de 15 a 20 anos fazem educação técnica. Em países da Europa, por exemplo, o índice chega a 74%.

Deputado Marcelo Ramos (PL-AM): necessidade de quebra de preconceitos contra ensino técnico
“Quebrar preconceitos”

O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou durante o evento que o Brasil precisa caminhar para a nova realidade do mercado de trabalho.

Segundo o parlamentar, a formação do ensino médio dialoga pouco com a capacitação profissional. “Temos que discutir como otimizar os recursos para a educação. Não estou preocupado com a natureza jurídica. Acredito que precisamos quebrar barreiras e preconceitos para avançarmos”, explicou.

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