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Após dez anos sem o principal palco da cultura brasiliense, o Teatro Nacional Cláudio Santoro voltará a ser um símbolo cultural a partir de amanhã (18/12). Para comemorar, será reinaugurada a Sala Martins Pena com cinco dias de festa. Foram planejadas apresentações de artistas locais e nacionais e da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNCS).
O dia 18 é dedicado aos profissionais que participaram das obras de restauração do Teatro Nacional. Eles assistirão ao concerto exclusivo da OSTNCS, Sinfonia do Concreto, que prestará uma homenagem ao esforço de cada um dos trabalhadores na obra.
Já a reabertura, em 20 de dezembro, também contará com a OSTNCS, que se apresentou pela última vez dentro de uma sala do teatro em dezembro de 2013. O grupo residente do espaço estará acompanhado da dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, dona do hit Evidências. Com o nome O Novo Ato, a apresentação está marcada para as 20h.
Entre sábado e segunda-feira, a programação será aberta ao público.
No sábado (21/12), batizada de Recomeço, o show terá o cantor e violeiro Almir Sater, que fará, às 19h30, um show especial ao som da viola caipira e das letras poéticas.
No domingo (22/12), a programação será voltada às artes cênicas. Sob o título de De volta aos palcos, o evento terá duas sessões do espetáculo TelaPlana, da Cia de Comédia Os Melhores do Mundo, às 17h e às 19h30.
Por fim, na segunda-feira (23/12), Brasília e o rock serão homenageados com o show Hoje é dia de rock, da banda Plebe Rude e convidados, a partir das 20h.
Restauração
O Teatro Nacional Claudio Santoro foi fechado em 2014 pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) por descumprimento de diretrizes previstas na legislação. Foram constatadas mais de 100 irregularidades.
Com investimento de R$ 70 milhões do GDF, por meio da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), a primeira etapa da obra de restauração consistiu na adequação da infraestrutura para as diretrizes atuais, bem como a recuperação de uma das salas, no caso da Sala Martins Pena e o respectivo foyer.
A Sala Martins Pena será reinaugurada com a capacidade ampliada. Serão 480 lugares, sendo 470 poltronas e os demais em áreas específicas para cadeirantes e pessoas com deficiência visual com apoio de cão-guia.
Além disso, os banheiros foram reformados e se tornaram acessíveis, duas saídas de emergência foram construídas, a área expositiva foi recuperada para se tornar um memorial, e todo o sistema de ventilação e iluminação foi atualizado.
Todas as mudanças foram feitas respeitando a originalidade do projeto.
O GDF já anunciou que serão investidos R$ 320 milhões na próxima fase da obra. Os projetos das demais etapas incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.