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Quanto maior a inclusão de mulheres no mercado, maior o lucro

Esse foi um dos pontos levantados no painel “Palco Mulher: Um Sistema mais Forte é um Projeto de Todas” no último dia da 79ª SOEA

Lucas Leawry
Fotografia colorida mostrando mulher em palco discursando-Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostrando mulher em palco discursando-Metrópoles - Foto: Lucas Leawry

atualizado

Marcando o último dia da 79ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (SOEA), no Centro de Convenções de Salvador, na Bahia, o Comitê Gestor do Programa Mulher apresentou o painel “Palco Mulher: Um Sistema mais Forte é um Projeto de Todas” na tarde desta quinta-feira (10/10).

Ao abrir o painel, Vinicius Marchese, atual presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), convidou a engenheira sanitarista Carmem Petralha, conselheira do Confea, para liderar as discussões sobre a participação das mulheres no setor.

Um vídeo do Confea abordou a disparidade entre homens e mulheres no setor de engenharia e agronomia, mas, segundo Carmem, esse cenário tem mudado, especialmente com as ações do Programa Mulher.

“Nosso programa é um sucesso. Está evoluindo. Precisamos alertar a sociedade sobre a urgência da inclusão. Temos que olhar para o futuro e atingir essas metas, mas o futuro não é longe, o futuro é agora”, afirmou sobre a iniciativa do Confea.

Representatividade negra

Entre as participantes do painel, a CEO do Movimento Black Money & D’Black Bank, Nina Silva, tratou da intersecção entre gênero e raça no Brasil.

Ela ressaltou que, apesar da maioria da população ser preta ou parda, a presença dessas pessoas nos espaços de poder ainda é escassa. “Estamos na Bahia, um estado com grande representatividade negra, mas ainda vemos pouca efetividade nos incentivos à inclusão da mulher em espaços de poder, tanto aqui como em todo o Brasil.”

Segundo Nina, as mulheres negras representam 28,7% da população brasileira, ou seja, uma parcela significativa da sociedade. “O país perde demais ao não dar protagonismo a essa parcela de mulheres. Ainda estamos muito atrasados”, observou.

Contrariando a ideia de que mulheres competem entre si, Nina destacou a colaboração entre elas nos espaços de poder. “Diversidade e performance caminham juntas e trazem mais resultados de forma lucrativa”, ressaltou, citando que empresas com mais diversidade étnica e de gênero têm lucros significativamente maiores.

Ela também mencionou o movimento “Zebras”, composto por mulheres que criam startups e se apoiam mutuamente.

Nina ainda enfatizou a necessidade de redesenhar os espaços de poder para garantir a inclusão e diversidade. “Falar de diversidade e inclusão é falar da não obsolescência deste planeta”, afirmou.

Ela destacou que o Movimento Black Money está conectado a 50 empresas no país e oferece cursos para introdução à aceleração de negócios e expansão no ambiente digital. “Ano que vem teremos um evento de hackathon na Bahia, focado em economia criativa, que tem tudo a ver com o estado”, revela.

Inclusão

Ainda no painel voltado para as mulheres, na palestra “Diversidade, Equidade e Inclusão”, a CEO e fundadora do Grupo Talento Incluir, Carol Ignarra, contou sobre o acidente de moto que teve, em 2001, que a deixou na condição de cadeirante.

“Achei que tivesse que parar de trabalhar. Meu corpo era minha ferramenta de trabalho, já que trabalhava com educação física. Tive uma gestora disposta e a fim de fazer inclusão. Ela quis me ajudar quando nem eu acreditava naquilo. Fui incluída e voltei a trabalhar em apenas três meses após o acidente”, lembrou.

Fotografia colorida mostrando mulher em palco discursando em cadeira de rodas-Metrópoles

“Embora não desse aulas, continuei na minha função. Não fui para uma área totalmente diferente, como ocorre muito. Mas, em 2003, voltei para as empresas ensinando ginástica laboral”, continuou. “Criei a Talento Incluir em 2008 e, em 2020, fui eleita pela Forbes como a mulher mais poderosa do Brasil por causa do programa ‘Talento Incluir’. Nosso valor não está nos títulos, mas na nossa jornada.”

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