Psicólogos e assistentes sociais nas escolas são necessários?
Veto do governo federal aos profissionais divide opiniões
atualizado
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O projeto de lei 3.688/2000, que previa a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas públicas de educação básica do país, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), na última segunda quarta-feira (9), sob a alegação de que o projeto contraria o interesse público, além de criar despesas obrigatórias ao Poder Executivo. A atitude trouxe à tona o debate acerca da importância desses profissionais para a orientação de jovens em formação, não só acadêmica, mas comportamental e moral.
O projeto, cuja autoria é do ex-deputado José Carlos Elias, entre outras frentes, previa a contratação de psicólogos e assistentes sociais para atender aos estudantes dos ensinos fundamental e médio, em parceria com profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em resposta, educadores, profissionais de saúde e pais mostraram-se contrários ao veto. A partir da polêmica é possível tirar um questão: a presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas é um custo ou investimento?
A psicóloga Sabrina Costa Filgueira defende que a escola tem papel fundamental no processo de prestar ajuda aos alunos. “Pode promover atividades dos mais diversos tipos que estimulem o vínculo, a troca de afeto e a expressão do sentimento, além de fazer com que alunos criem espaço de transparência e diálogo”, opina. A profissional acredita, ainda, que quando a escola perceber que um aluno apresenta um comportamento diferente tem a obrigação de encaminhá-lo para acompanhamento profissional.
Ter ou não ter? Eis a questão!
A vida humana passa por estágios diferentes, desde os seus primeiros momentos de vida até a fase adulta. Cada uma dessas etapas é formada por padrões de comportamento característicos e identificar cada fase ajuda os educadores a desenvolverem o currículo escolar com métodos de ensino adequados para cada grupo de alunos.
Assim, a presença desses profissionais nas instituições é um dos fatores que contribuem para a boa educação. Além disso, possibilita a diminuição da violência nas escolas, bem como a redução de casos de bullying. Dentre os principais benefícios da atuação de psicólogos e assistentes sociais nas escolas evidenciam-se:
– Ajudam a conhecer os alunos;
– Auxiliam no processo de aprendizagem;
– Valorizam as diferenças individuais;
– Resolvem os conflitos;
– Identificam contextos de violência;
– Ajudam no desenvolvimento dos professores;
– Identificam métodos de ensino mais eficazes;
– Cuidam da saúde mental de alunos e professores;
– Orientam e aconselham;
– Apresentam novos caminhos para os princípios de avaliação.