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“Desafio”. É com essa palavra que a médica Anna Carolina Erbesdobler define a rotina da atuação na linha de frente no combate à Covid-19. Ela é coordenadora da equipe médica do Hospital de Campanha de Ceilândia (DF), gerido pela Associação Saúde em Movimento (ASM), que teve 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ativados no dia 4 de março.
Anna acompanhou de perto intubação e extubação do primeiro paciente na unidade de saúde, Alles de Andrade Camargo, de 56 anos de idade. Ele deu entrada no Hospital de Campanha no dia 5 de março, com um quadro grave de insuficiência respiratória devido à doença.
“Ele chegou muito agitado. Dava para ver que o pulmão dele estava bem fatigado, tinha muita insuficiência. Foi intubado entre os dias 5 e 6 de março. Foi o primeiro paciente que intubamos em Ceilândia”, recorda Anna Carolina.
Após o procedimento, o paciente teve melhora no quadro de saúde. No dia 11 de março, depois de acompanhamento com os profissionais intensivistas, Alles foi extubado. O momento se tornou de alegria entre todos os médicos.
“Quando o paciente acorda da sedação, ainda está confuso. Ele não acorda totalmente orientado. Mas o Alles via a nossa expressão de alegria. A gente bateu palmas quando saiu o tubo. Falamos: parabéns, você venceu!”, lembra a coordenadora.
“Ele deu aquele sorriso de canto de boca, e deu pra ver que estava entendendo o que tinha acontecido. Ele estava tão feliz e grato quanto toda a equipe”, relata Anna Carolina.
Para ela, o sucesso na extubação do paciente se deve ao esforço da equipe médica do Hospital de Campanha de Ceilândia. A médica conta que o alinhamento das equipes é fundamental para que todos os internados recebam a assistência necessária para terem alta hospitalar.
“Estamos conseguindo desempenhar muito bem o nosso papel, mesmo nesse momento tão crítico. Essas extubações são a maior prova disso, de que a equipe está unida”, explica.
Compromisso
A superintendente assistencial de saúde da ASM, Ana Paula Marques Pereira Silva, confirma que o alinhamento de equipes é a chave para que os pacientes tenham bons resultados e deixem o hospital em um período mais curto de tempo. Ela explica que a associação oferece um plano terapêutico para todos os internos: tanto na UTI, quanto na enfermaria.
Quem chega ao local intubado ou com necessidade de intubação é acompanhado por um grupo chamado de “beira-leito”.
“Temos médico intensivista 24h, enfermeiro especialista, um técnico a cada dois pacientes e fisioterapeuta 24h”, explica Ana Paula. Com assistência desses profissionais, é possível chegar à extubação.
“Além dessas pessoas, a gente agrega outras equipes de apoio, com fonoaudiologia, nutrição clínica e odontologia”, afirma.
Quando o paciente não apresenta resultados positivos, o plano terapêutico é alterado de acordo com as necessidades, podendo integrar pneumologistas e cardiologistas ao tratamento. Outro destaque no atendimento são as tecnologias disponíveis, como equipamentos de tomografia e diálise.
“O sucesso é resultado de todo esse conjunto: equipamentos disponíveis a todo tempo e horário, exames de imagem, medicamentos e, junto a isso, o principal: a dedicação dos nossos profissionais”, finaliza.
Associação Saúde em Movimento (ASM)
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