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Previdência privada infantil: reforço na renda para a maioridade

Além de indicada pelas vantagens fiscais que apresenta, a modalidade é uma grande aliada nas finanças das próximas gerações

Previdência privada infantil: reforço na renda para a maioridade
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Pensar no futuro de filhos, netos, sobrinhos tem levado os responsáveis a buscar a previdência privada infantil para garantir um rendimento a longo prazo, além de criar uma reserva financeira que apoie o jovem em seus projetos educacionais e início da vida profissional. Em algumas instituições financeiras, a aplicação mensal pode ser feita a partir de R$ 30 mensais.

“A previdência privada tem um caráter de poupança para o futuro. Então é comum pessoas que tenham disponibilidade financeira fazerem isso. Como por exemplo: avós em relação aos netos e pais para filhos projetando algo para o futuro dessas crianças para fazer uma faculdade, estudar fora do país, comprar um carro, dar de presente no dia do casamento”, pontua o economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga.

Ele explica que os recursos podem ser retirados a qualquer tempo pelos titulares responsáveis pelo CPF da criança. A ideia, no entanto, é de que a previdência complementar constitua uma regra de economia regular e permanente durante um longo período de tempo. “O que tende a ser positivo porque o ato de guardar e, de alguma maneira, antever o futuro financeiramente, sempre é muito interessante”, diz Gilberto Braga.

A grande questão é que durante esse período (que pode ser de 10 a 20 anos) o poupador deve ficar atento aos objetivos e as mudanças do cenário econômico. “Nos últimos cinco anos, por exemplo, tivemos taxas de juros muito elevadas, taxas menores, taxas de juros históricas, e agora estamos em um movimento crescente de aceleração de juros no mercado financeiro”, avalia o economista.

Os juros são destacados pelo economista: “Quando a pessoa contrata o plano e escolhe indexá-lo a uma remuneração de renda fixa, as taxas aplicadas são aquelas válidas no momento da contratação do plano de previdência privada. Como ela vai ficar muitos anos dentro desse plano, ela não deve simplesmente esquecer a programação de poupança. Isso porque ela pode pedir portabilidade do produto para uma indexação diferente que seja mais conveniente aos seus objetivos de longo prazo”.

O que deve ser observado na hora de contratar um plano de previdência?

Segundo Gilberto Braga, além do tempo de contratação e sua respectiva remuneração, é preciso estar atento à taxa de administração que é cobrada, que muda de acordo com o plano e administrador. “O consumidor deve fazer uma pesquisa antes de contratar o plano”, diz Braga.

E finaliza: “Os corretores tendem a apresentar uma planilha de remuneração passada para convencer o cliente. No entanto, essa remuneração passada não é garantia de remuneração futura”.

E como funciona?

A contratação pode ser realizada por um maior de idade, como pais, avós, padrinhos ou tios, que aplica o valor escolhido por mês. Quando a criança chegar aos 18 ou 21 anos, opta pelo resgate, por manter uma renda mensal, ou seguir com a aplicação. É possível que este patrimônio amplie as oportunidades e auxilie no início da vida adulta.

Para se ter uma ideia, ao completar 18 anos a criança pode retirar aproximadamente R$ 10 mil (valor equivalente a um curso de inglês até o nível intermediário), se contribuir mensalmente, por 18 anos, com R$ 35; por 10 anos, com R$ 72; e por 5 anos, com R$ 155.

Contribuindo mensalmente com R$ 52 (por 18 anos), R$ 107 (por 10 anos), ou R$ 232 (por 5 anos), é possível retirar cerca de R$ 15 mil, valor equivalente a um curso técnico. Contribuições mensais de R$ 210, R$ 430, ou R$ 929 realizadas, respectivamente, por 18, 10 ou 5 anos, podem significar uma retirada de R$ 60 mil.

Dois tipos de aplicação

Existem dois tipos de plano de previdência: o PGBL e o VGBL. Parece complicado, certo? Mas não é. O Metrópoles explica a diferença e o que significam essas siglas. A PGBL significa Plano Gerador de Benefício Livre, e o Imposto de Renda incide sobre o valor total. Já a sigla VGBL significa Vida Gerador de Benefício Livre, e o IR é aplicado somente em cima da rentabilidade.

Uma boa forma para entender como a previdência privada funciona é através de uma comparação com o INSS, a aposentadoria social, que a maioria das pessoas já conhece. A contribuição oficial para a Previdência Social é obrigatória, com raras exceções. Os valores de contribuição são determinados de acordo com o salário do contribuinte, e o teto do benefício é de R$ 6.433,57, para 2021.

Na previdência privada, esses valores, tanto de contribuição quanto o teto, são totalmente maleáveis. O valor de contribuição é determinado pelo próprio contribuinte, e consequentemente, não existe um teto para o benefício.

A previdência privada possui outras características, como portabilidade, resgate antecipado, recebimento de benefício mensal ou único e, é claro, a não existência de uma idade mínima para a aposentadoria.

Assim, a previdência privada oferece uma alternativa para complementar a aposentadoria social, permitindo uma maior capitalização.

Rendimento melhor que a poupança

Mãe de um casal, a professora universitária Carla de Moraes, 44 anos, moradora de Pará de Minas, conta que optou pelo plano de previdência privada para os filhos Felipe e Beatriz, quando eles tinham 9 e 8 anos, respectivamente, como forma de poupar e garantir um rendimento aos dois quando estivessem mais velhos.

“Eu fiz para aprender como funcionava a VGBL e porque o valor era bem pequeno. Seria um investimento teste e a rentabilidade é melhor que a poupança, além de ter alguns mecanismos de segurança”, explica a professora.

E complementa: “Os juros são indexados ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que é a inflação oficial do país) e eles podem resgatar o valor com 18 ou continuar pagando”.

De olho no aplicativo do banco onde fez a aplicação, a professora conta: “Aqui diz que a rentabilidade nos últimos 12 meses foi de 2,60%”. O rendimento em 12 meses fechado em 15 de outubro da poupança está em 0,3575 em igual período.

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