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Vinte meses após a decretação da pandemia de Covid-19, é a hora de vislumbrar um horizonte. Na etapa que se segue, é possível ter mais dúvidas do que certezas. Como será o futuro? Responder a essa questão é o norte do tech talk Impacto Digital: Conectividade para Transformar Realidades, Negócios e Cidadãos, promovido nesta quarta-feira (10/11), com produção do Grupo Metrópoles, realização do Parque Tecnológico de Brasília – BioTIC, patrocínio da Brasal e apoio do Sebrae e da Rede Hplus.
O evento híbrido recebeu no SebraeLab participantes inscritos previamente e também é transmitido ao vivo pelas redes sociais do Metrópoles. Gustavo Dias Henrique, presidente da Biotic S/A, abriu o talk agradecendo às parcerias da iniciativa. “Eventos como esse, no nosso Parque Tecnológico de Brasília, mostram o potencial dos projetos da cidade”, afirmou.
Em seguida foi a vez de Lilian Tahan, diretora-executiva do Metrópoles, que contou sobre como o período de pandemia mudou radicalmente a rotina do portal e as mudanças que isso proporcionou à empresa. “Precisamos nos reinventar na prática, de um dia para o outro. Lembro de darmos em primeira mão a notícia de que as escolas do DF seriam fechadas. A partir daí, decidimos que era hora de tocarmos o Metrópoles cada um da sua casa. De lá para cá, descobrimos todas as dores e delícias da tecnologia, principalmente como ela pode nos ajudar. Nada substitui a troca de energia, o olho no olho, que é fundamental. Mas mais do que enfrentar a pandemia, nós prosperamos, crescemos. Vamos continuar usando a tecnologia, sem jamais perdemos o contato”, explicou.
O diretor-superintendente do Sebrae/DF, Valdir Oliveira, ressaltou que são claras as vocações econômicas de Brasília: logística e inovação. Ao referir-se a essa segunda, Oliveira assinalou que as características da capital podem significar que viraremos um novo Vale do Silício, importante polo de conhecimento digital nos EUA, e que esse mercado local pode atrair muitos investimentos.
O vice-governador do DF, Paco Britto, finalizou: “A pandemia antecipou a discussão sobre tecnologia, nos tirou das bolhas em que nos encontrávamos há apenas dois anos. Este é um bom debate para todos”.
Ambientes virtuais para a educação pós-pandemia
Após a abertura, começou o primeiro painel do dia “Ambientes virtuais para a educação pós-pandemia”. Para a conversa foram convidados Álvaro Cruz, vice-presidente da Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação na Positivo Tecnologia, presente no palco do evento; e Alexandre Campos, head do Google for Education Brasil, em modo remoto.
Antes acostumados com aulas presenciais, os estudantes foram obrigados a adaptar-se ao mundo digital com aprendizado on-line e à distância. Para Álvaro Cruz, eles são a “geração P”, crianças que nasceram em meio à pandemia de Covid-19. Era a primeira vez que os pais acompanhavam todo o processo de educação. Em contrapartida, esses jovens presenciaram algo inédito: como esses mesmos pais se portavam no mercado, já que também exerciam os ofícios em casa. “Eles perceberam que trabalhar é algo muito bom”, ponderou. Alexandre Campos, do Google, afirmou que o período ensinou novas abordagens sobre o assunto.
Os dois painelistas concordaram também em outro importante tópico: a importância ainda maior do papel do professor nesse processo. “Imaginem o desafio de abrir um Google Meet e encontrar 30 alunos simultaneamente? Assim como os profissionais de saúde, os professores foram incríveis, aprenderam a lecionar de uma forma inédita e usando novos recursos”, parabenizou Campos.
No ponto de vista do vice-presidente da Educacional – Ecossistema de Tecnologia e Inovação na Positivo Tecnologia, os bons professores engajam os alunos a interagirem com as diversas plataformas, com o ambiente, e trazer algo de volta até para ensinar algo às próprias famílias. Algo assim só é possível usando diversos recursos para a aprendizagem, até mesmo jogos e games.
A perspectiva para o futuro empolga os convidados. “No campo da educação vejo o Brasil com o mesmo nível de desafio que os outros países. Uma esperança para nós é a implementação de uma conexão mais potente, o 5G, e também a ajuda da gestão, um bom direcionamento ajuda tantos os professores como os alunos a aprenderem melhor”, explicou Alexandre Campos. Álvaro Cruz fez coro ao colega. “Nós já vivemos o que se chama de metaverso. O real e o virtual não são diferentes. Estamos imersos nisso e agora percebemos”, concluiu.
O tech talk Impacto Digital: Conectividade para Transformar Realidades, Negócios e Cidadãos continua durante todo o dia com outros painéis sobre tecnologia. Confira o link para a transmissão ao vivo.