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Nos dias atuais é difícil encontrar um lar brasileiro que não tenha ao menos um bichinho de estimação. A estimativa do Instituto Pet Brasil é que, só o Distrito Federal, concentra mais de 1,4 milhões de pets – número que faz o segmento ser importante para o movimento econômico do país.
Enquanto o Brasil fica em 4º lugar no ranking mundial de consumo no mercado pet, no Centro-Oeste, o DF representa 2,34% do volume e 2,33% do faturamento. Contudo, ainda que o comércio eletrônico tenha registrado aumento de 65% no primeiro trimestre de 2020, o isolamento social fez com que o setor de serviços gerais para pets, como banho e tosa, creches e adestramento registrasse queda de 11%.
Mesmo em meio a dificuldades, os tutores não deixam de tentar oferecer o melhor para seus bichinhos, que são vistos como parte da família. Prova disso são as empresas brasilienses que conseguiram superar a turbulência em meio a pandemia.
Adestramento on-line
Mesmo com seis anos no mercado de adestramento canino, a Cachorro Sabido teve grandes dificuldades com a pandemia do novo coronavírus. Além da pausa imediata nos atendimentos, alguns planos já encaminhados tiveram que ser interrompidos. “Tínhamos acabado de abrir um espaço para treinar cães e teríamos a primeira turma de filhotes na semana em que foi decretada a quarentena. Precisamos entregar a sala”, conta Paula Emmert, uma das sócias.
Mãe de uma menina de quatro anos, a empresária perdeu o pai, vítima da Covid-19, e se viu precisando do auxílio emergencial para se reinventar em meio à crise. “Toda a equipe de adestradores é formada por autônomos. Alguns deles dependem 100% do adestramento. Para um autônomo, não trabalhar é não receber”, diz.
Hoje, com a flexibilização do comércio, alguns funcionários da empresa já voltaram ao atendimento presencial – com todos os cuidados necessários de distanciamento e higiene. Mas, no início da quarentena, a solução encontrada foi o adestramento on-line, que Paula garante ser tão eficiente quanto o presencial.
Tanto que, mesmo após a vacina, a Cachorro Sabido vai seguir oferecendo o treinamento a distância. “No on-line a nossa função é exatamente a mesma que no presencial: ensinar pessoas a treinarem seus cães e terem autonomia para executarem as atividades com confiança”, pontua.
Crédito para seguir em frente
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Novos produtos e serviços
O Pet Sudoeste tinha menos de um ano de funcionamento quando foi decretada a quarentena no Distrito Federal, o que preocupou a proprietária Tatiane Caetano. “O mundo parou em três dias, não houve um planejamento. Até mesmo grandes empresas estavam fechando, foi desesperador”, recorda.
Ainda que a loja tenha ficado fechada por apenas quatro dias, a reabertura não foi sinônimo de movimento, já que no início as pessoas estavam mais receosas e o banho dos pets não era uma prioridade. “Precisamos pedir redução de aluguel e adiar pagamentos de fornecedores”, conta Tatiane.
Para recuperar o movimento, foram adotados novos serviços e produtos. “Percebemos um movimento das pessoas darem banho nos pets em casa, então investimos em uma linha completa de higiene, com shampoo, condicionador, creme, perfume e até álcool em gel, tudo o mais natural possível. Também implementamos os passeios e o táxi dog para quem queria mandar o bichinho para o pet, mas não se sentia à vontade para sair de casa”, explica.
As redes sociais também foram essenciais para manter a loja no radar. “Investimos muito em comunicação social. Hoje, 45% das vendas do pet são via Instagram. Tudo que postamos esgota”, conta a empresária, que vai manter as medidas e serviços mesmo após o término da pandemia – principalmente aqueles relacionados à higiene. “Existem hábitos que construímos durante a pandemia que vão, com certeza, ser mantidos a longo prazo”, finaliza.
Seu negócio em um marketplace
Você sabe o que é um marketplace? Talvez, não. Mas, certamente já comprou ou pesquisou produtos em e-commerces como Mercado Livre, Amazon, OLX, Magazine Luiza, Enjoei ou Americanas.com. A lista é imensa!
Trocando em miúdos, marketplace é um site de vendas de uma marca consolidada, em que vários fornecedores se inscrevem e disponibilizam os seus produtos. Se assemelha a um shopping, a diferença é que o cliente pode pagar de uma só vez, no final, por produtos de diferentes lojas!
Geralmente, são focados em nichos e segmentos de mercado específicos, porém, os modelos comerciais (a remuneração) podem variar bastante: comissionamento sobre vendas, pay-per-click (o anunciante paga quando o anúncio é clicado) ou até um valor fixo por anúncio ou mensalidade.
Diferentemente das lojas virtuais (quando a própria marca cria o seu site de vendas), os marketplaces são ambientes prontos. Gilberto Bombardi, especialista no tema, explica que a maior vantagem é o tráfego que esses sites já possuem. “Eles têm milhares, às vezes milhões, de pessoas navegando diariamente à procura de todo tipo de produto – e acabam esbarrando no seu produto”, diz.
Outro ponto importante é que os marketplaces investem muito em marketing digital: pagam por exposição nos mecanismos de buscas, em grandes portais e nas principais redes sociais. “É uma grande vantagem porque é uma verba que os pequenos lojistas não têm”, enfatiza.
Bombardi sugere que um iniciante prefira as plataformas mais conhecidas, como Amazon ou B2W (grupo que controla empresas como Americanas, Submarino e outras). Mas, seja qual for a escolha, o lojista deve sempre negociar a comissão e o espaço de exibição. “É pesquisar, fazer comparações, pedir informações sobre tráfego, cliques mensais, levantar o máximo de informações possíveis”, sugere.
Para ter sucesso nas vendas, a dica é ter um produto diferenciado e buscar visibilidade dentro das plataformas. A exposição pode ser negociada até certo ponto, mas o diferencial é o conjunto de fatores que compõem o algoritmo de exposição: estoque, preço, entrega (com preço justo em um bom prazo), bom atendimento e um pós-venda eficiente. “O equilíbrio de tudo isso vai acarretar no sucesso lá na frente”, complementa Bombardi.
As vendas estão bombando? A ordem, então, é fazer um acompanhamento minucioso dos relatórios de itens comercializados e comparar com os envios feitos. Os processos sistematizados são menos suscetíveis a erros, mas o ideal é checar tudo. Com o fluxo, será natural participar simultaneamente de várias plataformas. Nesses casos, é possível optar por uma ferramenta paga de integração, que pode facilitar a vida, ou até fazer o caminho inverso e começar o próprio marketplace.