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Do limão à limonada: consulta on-line faz crescer serviços de clínica do DF

Surpreendida pela necessidade de isolamento social provocada pela pandemia, fisioterapeuta desengavetou projeto de atendimentos à distância

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Dra. Alessandra Ottoni em telefisioterapia
1 de 1 Dra. Alessandra Ottoni em telefisioterapia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

atualizado

A pandemia do coronavírus não representa somente decepção e prejuízo para os empresários. Há aqueles que conseguem readaptar o negócio e criar uma nova fonte de receita, mesmo diante do momento de retração econômica. No caso da fisioterapeuta Alessandra Ottoni, a suspensão temporária do funcionamento dos serviços de saúde não relacionados ao atendimento da Covid-19 fez com que ela desengavetasse um antigo projeto que tinha para sua clínica: a possibilidade de oferecer sessões on-line de fisioterapia.

Até o fim de março de 2020, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) proibia o atendimento não presencial de pacientes, mas se viu obrigado a suspender a resolução devido ao novo coronavírus. A norma assinada em 23 de março deu a largada para que Alessandra Ottoni implantasse o serviço de telefisioterapia na clínica que comanda, a Fisiotrauma. A inovação consiste em oferecer consultas, diagnósticos e orientações de exercícios aos pacientes à distância, por meio de um computador e de uma plataforma de vídeos.

Para viabilizar a iniciativa foi necessário realizar um pequeno investimento. “A gente tem uma área de inovação na empresa e sempre tinha pensado nisso, mas esbarrava em algumas normas e diretrizes. Não era autorizado. Com a vinda da pandemia, as coisas mudaram muito rápido. Da noite para o dia tivemos que colocar 50 funcionários em casa. E tínhamos que dar essa assistência aos pacientes. Nesse mesmo curto espaço de tempo, colocamos todos os pacientes em telefisioterapia no fim de março”, descreve a Dra. Alessandra.

A ação inicial para realocar os pacientes e funcionários em um novo cenário foi aplicar dinheiro em uma plataforma especializada em recursos digitais para prescrição de exercícios, a Vedius. A clínica providenciou uma permissão para cada um dos 50 profissionais – ao custo mensal de R$ 1,5 mil. De acordo com a Dra. Alessandra, não havia outra escolha. “No início da pandemia todo mundo parou. Embora nosso serviço seja enquadrado como essencial, havia muitas incertezas sobre o vírus, muita tensão nos pacientes. Cancelamos os atendimentos presenciais e passamos a atender todos de forma on-line”, recorda.

A plataforma usada pela clínica oferece vídeos explicativos de cada movimento a ser realizado pelo paciente, que também recebe o acompanhamento on-line do fisioterapeuta da clínica. Em tempos de isolamento social, a prática da telefisioterapia apresentou bons resultados rapidamente. Já com os atendimentos presenciais restabelecidos, a Fisiotrauma pretende expandir os serviços virtuais. “O projeto nos deu oportunidade de atingir pacientes novos, não só os daqui da capital. Agora temos paciente no Brasil todo e até em Nova York”, afirma.

Depois de quatro meses e com os serviços presenciais já normalizados,  a telefisioterapia virou uma área de expansão para a empresa e já representa 10% do faturamento total da clínica. Com o novo tipo de atendimento, outros investimentos tiveram que ser realizados, como a abertura de uma sala especial para a atuação das duas profissionais que foram deslocadas para a modalidade de serviço on-line.

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Covid-19

O serviço à distância oferecido pela clínica tem sido essencial para pacientes recém-recuperados ou em recuperação de Covid-19. Por ser uma doença altamente contagiosa, o distanciamento é obrigatório e a telefisioterapia se tornou uma solução.

O engenheiro civil Breno da Silva Batista, de 22 anos, foi um dos vários pacientes infectados pelo novo coronavírus tratados de forma on-line pela Fisiotrauma. De acordo com ele, a evolução foi nítida logo nos primeiros exercícios. “Eu sentia dores estranhas, no pescoço, na coluna, na lombar. Ficava só deitado, aí comecei a telefisioterapia e já conseguia me mexer bem mais, até mudar de posição durante o sono”, descreve Breno.

Além dos pacientes de Covid-19, obrigados a manter o isolamento, a Dra. Alessandra enumera outros dois tipos de pacientes que aderiram ao atendimento on-line. “Atualmente, temos dois perfis. Existe o paciente que quer o on-line, é bem instruído, não tem tempo de ir na clínica e consegue seguir o cronograma de exercícios em casa. Mas, também temos os idosos, que apesar de gostarem do atendimento presencial, aderem ao on-line porque são grupo de risco”, afirma.

Autorização do Coffito

O marco para que a Dra. Alessandra e a clínica pudessem colocar em prática a inovação foi publicado no Diário Oficial da União em 23 de março. O Coffito, em atenção às recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), visando levar atendimento de Fisioterapia e Terapia Ocupacional à população e, ao mesmo tempo, assegurar o bem-estar do profissional, autorizou, por meio da Resolução nº 516, os serviços de Teleconsulta, Teleconsultoria e Telemonitoramento.

O órgão ressaltou na ocasião que o fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional têm autonomia e independência para determinar quais pacientes ou casos podem ser atendidos ou acompanhados à distância, baseando as decisões em evidências científicas, no benefício e na segurança dos pacientes.

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A Dra. Alessandra Ottoni é a idealizadora da telefisioterapia
A clínica oferece também atendimento presencial
O espaço passou por reforma recentemente
O sistema híbrido (aulas presenciais e on-lines) tem sido bastante usado
A clínica conta com boa estrutura de aparelhos
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A orientação on-line conta com auxílio de uma plataforma de vídeos

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A Dra. Alessandra Ottoni é a idealizadora da telefisioterapia

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A clínica oferece também atendimento presencial

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O espaço passou por reforma recentemente

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O sistema híbrido (aulas presenciais e on-lines) tem sido bastante usado

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A clínica conta com boa estrutura de aparelhos

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Foi criado um espaço somente para o núcleo de fisioterapia on-line

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Dra. Alessandra Ottoni, fisioterapeuta da clínica Fisiotrauma

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Dica: cuidados e dicas para turbinar as videochamadas

Empregados, profissionais liberais, autônomos e empreendedores tiveram que adaptar o ambiente de trabalho em função do isolamento social. Mas, algo não mudou: a necessidade de se comunicar em tempo real. Nesse sentido, as videochamadas têm despontado como a solução mais eficiente para realizar reuniões e atender clientes ao vivo.

No entanto, para manter o aspecto profissional é preciso disponibilizar muito mais do que um horário marcado e um link. Com a ajuda da gerente sênior B2B da Catho, Bianca Machado, elencamos uma série de cuidados e de dicas para te ajudar a tornar as chamadas em vídeo mais eficientes.

Videochamadas

1) Seja pontual

As videochamadas sejam para consultas, atendimentos ou reuniões devem ter hora para começar e terminar. Para garantir que os horários sejam cumpridos, é importante preparar uma pauta ou tópicos a serem discutidos. “A gestão do tempo envolve organização e autorresponsabilidade. A pontualidade é um ponto crucial, porque tem uma conotação muito relevante para a confiabilidade no trabalho do profissional”, destaca Bianca Machado.

2) Prepare-se antes

De nada valerá fazer uma pauta ou planejamento se você não deixar separado todo o material que vai utilizar durante a videochamada profissional. “É necessário estudar o tema antes, reservar todo o conteúdo que será utilizado, como apresentações, pastas, planilhas e etc.”.

3) Cuidado com o presenteísmo digital

O presenteísmo se dá quando o funcionário vai trabalhar sem estar em plenas condições, seja por questões psicológicas, doenças ou outros fatores. O corpo está ali, mas a cabeça não. Bianca lembra que, em casa, é fácil perder o foco. Por isso, é importante estabelecer uma rotina de trabalho. “Ter horários definidos, usar roupa de trabalho claro que o dress code que pode ser mais informal, mas não pode ser o mesmo de um dia de folga. Até mesmo para trabalhar a questão psicológica. Os líderes devem orientar o time nesse sentido”. 

4- Respeite a etiqueta corporativa

Com o home office em plena pandemia, o trabalho passa a estar inserido na vida pessoal, mas é preciso ter atenção, especialmente com as videochamadas. “É de bom tom uma etiqueta digital. E ele começa pela abertura da câmera. Por exemplo: utilizar corretamente o microfone, você fala e tira do mudo. Termina de falar e coloca no mudo novamente”, explica a gerente da Catho.

5- Escolha a ferramenta adequada

Há várias plataformas gratuitas e excelentes, como Skype, Google Meet, Microsoft Teams, Zoom e WhatsApp. “Tem muita opção boa no mercado. A escolha deve ser feita de acordo com o perfil do cliente final. Com quem você vai ser reunir? Quais recursos vai precisar. Você precisa compartilhar a tela ou enviar arquivos?”.

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