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As academias foram um dos setores mais afetados com o fechamento de atividades não-essenciais no Distrito Federal. Segundo levantamento do Sindicato das Academias do DF, o número de alunos pagantes em 16 de março, data da suspensão das atividades dos estabelecimentos, era de 771.500, que geravam um faturamento de R$ 1.713.321.155,71. Pouco menos de quatro meses depois, no dia 1º de julho, a receita foi a zero.
Em termos de desemprego, o índice também foi alto: no mesmo período, 7.100 pessoas perderam o emprego. O número é alarmante uma vez que ressalta que nada menos que 41% dos funcionários do setor (o total em abril era de 17.260 empregados) foram mandados para a rua.
Os personal trainers também foram afetados. Sebastião Mattos é um exemplo disso. Ele afirma que os rendimentos mensais sofreram um duro golpe com a suspensão das atividades. Antes do fechamento de parques urbanos, o profissional chegou a dar aulas particulares ao ar livre. Os treinos eram feitos respeitando o distanciamento social e o uso de máscaras. O instrutor tomou cuidados especiais também com cada aluno, disponibilizando álcool para higienização dos aparelhos e até mesmo água gelada para manter os clientes hidratados.
Com o endurecimento das regras, a situação se tornou insustentável e nem mesmo as aulas presenciais foram mais permitidas. Então, o jeito foi recorrer à internet. “Tive que me reinventar, principalmente com aulas on-line. Após o decreto de fechamento (dos parques), praticamente não havia condições de ministrar as aulas presencialmente”, recorda.
De forma surpreendente, a melhora na quantidade de aulas e o respectivo aumento nos rendimentos só vieram com o avançar das medidas de distanciamento social. Na visão de Sebastião, as pessoas passaram a entender que os exercícios físicos poderiam ser benéficos durante o período em quarentena.
Crédito para seguir em frente
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“A população percebeu que teria que manter o distanciamento social, mas não poderia ficar sem praticar exercícios físicos regularmente, pois correria o risco de sofrer outras consequências negativas para a saúde. Foi aí que as pessoas passaram a aderir às aulas on-line e meu faturamento começou a se normalizar”, explica.
Em meio às mudanças propostas pelo período de distanciamento social, Sebastião admite que as orientações on-line podem ser uma alternativa que perdure por mais tempo, até pela facilidade de se ministrar uma aula única que possa ser assistida por várias pessoas simultaneamente.
“As aulas coletivas on-line também estão em alta, pois os professores perceberam que pode ser muito mais vantajoso realizar orientações virtuais para centenas ou até milhares de pessoas de uma só vez, cobrando um valor acessível, do que dar uma aula presencial para um grupo reduzido e recebendo por hora/aula”, aponta.
Reabertura das academias
Sebastião garante que a reabertura das academias, ocorrida em 7 de julho, ajudou na melhora do movimento de alunos. Ele acredita, no entanto, que as atividades ao ar livre tendem a ganhar cada vez mais adeptos. “A procura por aulas presenciais aumentou bastante (após o decreto que permitiu a reabertura). Parece que as pessoas estavam contando os minutos para voltarem às atividades. Mas, tenho percebido que a maioria ainda prefere aulas ao ar livre e evitam treinar em locais fechados”, conclui.
Apps que ajudam a organização profissional
Com o isolamento social, as rotinas de casa, do trabalho e pessoal foram integradas. Se antes da pandemia organizar o tempo já era uma tarefa difícil, agora parece coisa de outro mundo. Segundo a gerente sênior B2B da Catho, Bianca Machado, para ser produtivo, é importante fazer uma boa gestão do tempo. “Em casa, é fácil perder o foco. O primeiro passo é listar as tarefas do dia”, explica. Outra dica é estabelecer metas e prazos. “Aquilo que não se mede, não se gerencia”, destaca a especialista.
Bianca conta que, para ajudar os cerca de 50 colaboradores que gerencia, ministrou treinamentos em formato micro learning (curta duração e fácil absorção) apresentando metodologias ágeis e técnicas de organização e gestão do tempo. Confira algumas:
Método Kanban: sugere agrupar tarefas, manualmente ou com ajuda de um software, em quadros divididos por listas intituladas “em andamento”, “concluído” e “a fazer”. Cada tarefa deve ser escrita em um cartão e transferida de acordo com o andamento de seu processo.
Método Pomodoro: a técnica consiste na utilização de um cronômetro para dividir as atividades em períodos de 25 minutos, separados por breves intervalos. A técnica é baseada na ideia de que pausas frequentes podem aumentar a agilidade mental e a produtividade.
Agora que você já conhece metodologias para gerir o tempo, pode escolher uma forma para aplicá-las, delimitando as tarefas. Uma boa saída para organizá-las é usar o próprio smartphone, agendas ou post-its. Veja alguns aplicativos que podem ajudar:
- Trello: utiliza uma interface de quadros e cartões para que você crie e acompanhe o andamento de diferentes processos da empresa. Permite convidar outras pessoas para colaborar;
- Google Keep: permite guardar notas rápidas, lembretes. Digitadas, gravadas com voz ou inseridas com fotos, elas são armazenadas no formato de post-its;
- Any.do: é uma combinação de calendário, listas de tarefas ou de compras, lembretes e notas. Sincroniza em tempo real os compromissos marcados no celular, no computador ou tablet
- Wunderlist: permite criar vários tipos de listas, sejam de tarefas, compras ou até de filmes a serem assistidos. Possibilita a inclusão de subtarefas, anotações, arquivos e comentários a cada item pendente, além da classificação de importância deles.