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Monkeypox: 49 mil doses de vacina foram adquiridas; entenda a doença

Tratativas com entidades internacionais para aquisição de mais doses continuam. Campanha conscientiza como evitar transmissão

DIvulgação
Mulher com dor de cabeça
1 de 1 Mulher com dor de cabeça - Foto: DIvulgação

atualizado

Nos últimos meses, uma doença até então pouco falada, tomou os noticiários quando a população ainda era bombardeada pelas informações sobre a pandemia de Covid. A Monkeypox ou Varíola dos Macacos veio cercada de dúvidas e desinformação. 

O mais famoso sintoma da doença, que não é transmitida aos humanos pelos animais que deram nome à enfermidade, são as erupções cutâneas que começam como pequenos caroços . Mas, outros sintomas são muito importantes de serem observados: o vírus causa febre súbita, forte e intensa. O paciente também pode ter dor de cabeça, dores musculares, náusea, exaustão, cansaço, congestão nasal, dor de garganta, além de inchaço nos lifonodos.  

Até o momento, já foram adquiridas aproximadamente 49 mil doses da vacina para a doença, via OMS e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que coordenam junto aos fabricantes a aquisição de forma global. No Brasil,  o monitoramento e análise da situação epidemiológica para orientar as ações de vigilância e resposta à doença no Brasil, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), é feito pelo Ministério da Saúde. A pasta informa que continua em tratativas com as entidades para aquisição de mais doses para a população.

Varíola dos Macacos no Brasil 

De acordo com o Ministério da Saúde, até 31 de agosto, foram confirmados 5.037 casos e 5.391 são classificados como suspeitos. O estado de São Paulo tem a situação mais crítica, com 3.001 casos confirmados, seguido do Rio de Janeiro (675) e Minas Gerais (278). 

A primeira morte por varíola dos macacos no Brasil aconteceu em Belo Horizonte, em julho. Um homem de 41 anos apresentava baixa imunidade e comorbidades. Ele fazia tratamento para um linfoma, câncer no sistema linfático. A segunda morte causada pela doença aconteceu em 29 de agosto, no Rio de Janeiro. O paciente, um homem de 33 anos, também apresentava comorbidades e baixa imunidade. 

O Ministério da Saúde ressalta que, mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, o órgão estabeleceu um fluxo de vigilância ativa. Foi definido por meio de protocolos o que seria um caso suspeito, o que seria um caso confirmado e um caso descartado. Ainda, um fluxo para o diagnóstico para testagem foi instituído e houve a distribuição, para todos os estados e municípios, de um formulário para notificação com o intuito de garantir a detecção dos casos de varíola dos macacos.

Imagem campanha Ministério da Saúde Varíola dos Macacos
Mesmo quando não havia nenhum caso no Brasil, o Ministério da Saúde estabeleceu um fluxo de vigilância ativa e de combate à doença

Transmissão e tratamento

A principal forma de transmissão da monkeypox é por meio do contato direto com a pessoa infectada. Esse ato pode ser de pele com pele, secreções ou pelo compartilhamento de objetos pessoais. Por isso, é extremamente importante que, uma vez que o paciente tem o diagnóstico laboratorial, ele fique em isolamento e que toda a roupa, lençóis e objetos pessoais passem por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão.

Ao aparecerem quaisquer sinais ou sintomas, é necessário procurar um médico na unidade básica de saúde. Em caso suspeito, após a visita ao médico, o profissional vai seguir um fluxo laboratorial e indicar a coleta do material para a realização do teste. O diagnóstico é feito por teste molecular ou sequenciamento genético.

O tratamento da varíola dos macacos, em geral, é o que é chamado de tratamento de suporte, ou seja, com foco nos sintomas. De modo geral e obrigatório, o paciente precisa de uma boa hidratação e da higienização das lesões na pele. Caso sinta dor de cabeça, pode ser administrado um remédio analgésico e se estiver com febre, um antifebril. 

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