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Motor vital para o desenvolvimento econômico, o empreendedorismo tem, entre os objetivos, a transformação de ideias em produtos ou serviços visando sempre a atender as necessidades do mercado.
De acordo com relatório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolvido em parceria com a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), 70% da população brasileira demonstra vontade em ter a própria empresa. Além disso, o mesmo levantamento apontou que, no Brasil, existem 42 milhões de empreendedores.
Diante dessa premissa e em comemoração aos sete anos da Moai, o Moai Summit reuniu líderes no setor de empreendedorismo para trocas de experiências e oportunidades de networking no Museu Nacional da República, em Brasília (DF), na última quinta-feira (22/8).
Sob o lema “Empreender é mais do que um negócio, é uma arte que molda o futuro”, o evento teve mais de oito horas de conteúdo com personalidades do Brasil e do mundo e teve cerca de 1.000 participantes.
De acordo com Vinícius Postai, CEO da Moai Clube de Líderes, o networking fortalece a comunidade geradora de emprego, propostas e serviços. Segundo o executivo, os empresários são os grandes responsáveis por fazer as coisas darem certo no dia a dia.
“Recentemente, Brasília se tornou a quarta maior capital empreendedora do país. Dessa forma, vejo um cenário aquecido, pois todos os anos vemos empresas dobrarem de tamanho e gerarem empregos. Lembro que vi empresas saírem de 30 para 200 funcionários.”
Vinícius Postai, CEO da Moai Clube de Líderes
Na avaliação de Postai, atualmente a Moai já une mais de R$ 25 bilhões de faturamento. Mais de 800 empresas e mais de 25 mil colaboradores são impactados diariamente por participar do ecossistema”, garantiu.
Presente no evento, Murilo Gun, especialista em criatividade e autoconhecimento, relembrou quando tinha uma empresa que oferecia cursos on-line. No entanto, percebeu que o mundo interno dele estava bagunçado e, por causa disso, decidiu fechar o empreendimento pouco antes da pandemia da Covid-19, momento em que tudo começou a migrar justamente para o universo digital.
“Mas percebi que outro fator surgia, como as palestras on-line. Foi quando decidi morar em Floripa e compartilhar minhas experiências on-line, época em que ganhei bastante dinheiro”, contou.
Cases de faturamento
Vinícius Postai também citou alguns cases de faturamento. O executivo lembrou que viu empresas aumentando em 26% o faturamento e saindo de R$ 1 para R$ 10 milhões de faturamento. “Nós ajudamos o empresário a resolver problemas.”
Paulo Camargo, CEO da Zamp, franqueadora do Burger King, Popeys e Starbucks, também foi um dos palestrantes do Moai Summit. Durante a apresentação, o executivo trouxe alguns ensinamentos importantes para quem atua no ramo do empreendedorismo.
Camargo afirmou que é necessário desestruturar para potencializar. “Quando você muda algo na empresa, por exemplo, as pessoas percebem que você está querendo inovar”, pontuou ele.
Outro ensinamento deixado pelo CEO da Zamp foi o de que problema algum resiste a um bom plano de ação, e que o principal papel do líder é desenvolver novos líderes.
Growth Marketing
Raphael Lassance, sócio da Sales Club, ecossistema de vendas, também palestrou no Moai Summit. Durante o evento, ele apresentou a definição de growth marketing.
“Esse termo tem como definição a otimização de indicadores, como a de identificar e resolver problemas numa empresa. Quem é empresário e não tem paixão por resolvê-los tem um grande problema”, garantiu.
Em resumo, o growth marketing gera aprendizado de forma constante, pois essa premissa faz com que empresários tomem decisões com base em dados para exponencializar negócios. “Produto bom não se vende sozinho, pois alguém precisa saber vendê-lo mais e melhor”, assegurou Lassance.
Conversão
Fábio Oliveira, também sócio da Sales Club, explicou alguns fatores sobre conversões. De acordo com ele, muitos de nós temos preconceito com vendas e que a maioria dos empresários as subestimam. “Isso porque vendas é uma área que tem poucos investimentos. Muitas vezes os empreendedores pecam em não ter um time comercial”, frisou.
Oliveira também ressaltou que uma empresa bem estruturada segue o lado do propósito que deve ser maior que o dinheiro.
“No entanto, a única forma de materializar é vendê-lo e fazer com que sua proposta de valor chegue às pessoas que têm que chegar. Máquina de vendas é quando eu torno o departamento comercial uma engrenagem que funciona de forma autônoma, previsível e uniforme.”
Durante o Moai Summit 2024 também foram apresentados alguns dados. Entre eles destacaram-se um estudo de Harvad que apontou 37% mais conversão em vendas ao tratar a saúde mental, ou seja, empresas com altos níveis de bem-estar dos funcionários têm um desempenho financeiro superior.
Além disso, funcionários felizes são 31% mais produtivos e três vezes mais criativos.
Com essa edição, o Moai Summit 2024 se consolida como uma referência para empreendedores que buscam crescimento e conexões estratégicas, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema empreendedor de Brasília.