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A aposentada Zuleide Spinola vê um novo Setor Noroeste, diferente daquele para o qual havia se mudado anos atrás. Em quatro anos, a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) investiu, somente ali, cerca de R$ 100 milhões em inúmeras obras de infraestrutura urbana, incluindo a via W9, entregue em 2021. “Vi e vejo todo tipo de obras aqui, de implantação de asfalto e drenagem, plantio de grama, toda a parte de eletricidade e ainda aquelas que mudam nosso dia a dia como construção de praças, quadras e, agora, a finalização do Parque Burle Marx. Fundamental para quem aguarda a consolidação do bairro há anos”, conta.
Ainda recentemente, em outubro, o governador Ibaneis Rocha lançou o início das obras do Viaduto Noroeste, que melhorará o tráfego da região, uma vez que possibilitará que os motoristas que trafegam na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA-003), com destino à região norte do DF, possam ganhar tempo e fluidez. O convênio é com o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e a Terracap investirá R$ 37,2 milhões nas obras.
Alguns quilômetros dali, quem sonha com a futura escola classe no Itapoã, na Quadra 203 do Dell Lago II, é a auxiliar de serviços gerais, Maria Zilda. A esperança é que o filho Vinicius Brito, que está matriculado em uma escola pública da Asa Norte, possa “estudar ao lado de casa”, em uma das 23 salas de aula do local. São três pavimentos, com aproximadamente 4,6 mil m² de área construída. A obra já passou dos 50% de execução e está na fase de acabamento: pintura, aplicação de revestimento, instalação hidrossanitárias e elétricas, entre outros. Somente na unidade educacional, a Terracap investiu R$ 8,3 milhões. Outras escolas estão previstas no Recanto das Emas, em Samambaia e em Arniqueira. Juntas, somam R$ 48,4 milhões.
Demanda antiga da comunidade da Vila Telebrasília também foi atendida. Os moradores ganharam seis novas praças. As revitalizações contemplaram bancos de concreto, xadrez em mesas com opções adaptadas para cadeirantes, bancos que circundam árvores, além de aparelhos de ginástica. Ao todo, somaram-se 163 novos itens de mobiliário urbano, além de calçamentos e meios-fios. O investimento nos serviços chegou a R$ 986 mil.
“A Vila é a minha casa, minha história, somos uma família e cuidamos uns dos outros. Depois das obras, tudo ficou ainda mais agradável. Eu não saio daqui para nenhum outro lugar”, afirma o morador José Marques, que reside na Vila Telebrasília há 40 anos.
Por todo o Distrito Federal, há milhares de Zuleides, Marias e Josés que, embora não se conheçam, têm em comum a melhoria da qualidade de vida, fruto dos investimentos da Terracap na cidade. Somente nos últimos quatro anos, a Agência investiu cerca de R$ 640 milhões em obras com recursos oriundos das vendas de terrenos do patrimônio da empresa, além da venda direta de imóveis das áreas objeto de regularização fundiária.
No silêncio de uma Brasília esvaziada por uma pandemia, podia-se ouvir um governo que não parou. “Mesmo durante a pandemia, conseguimos superar o desafio de manter a operacionalização e implementação de programas e projetos de fomento e apoio ao desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, trazendo receita, inovações e investimento em infraestrutura, sem deixar de lado a busca por novas formas de negócio”, explica o presidente da Terracap, Izidio Santos.
Os cerca de 100 mil habitantes de Vicente Pires, que por anos sofreram as consequências da ocupação desordenada, hoje já podem ver importantes obras em fase de finalização, além das dezenas que já foram entregues. A região conhecida pelo caos causado no período chuvoso é coisa do passado. Ali houve complementação de pavimentação, calçadas, meios-fios, drenagem pluvial, entre outras ações. A Terracap e o GDF fizeram pesado investimento nos últimos quatro anos, transformando a realidade da cidade, dando tranquilidade não só para quem ali mora, como viabilizando o trabalho de centenas de empreendedores que por lá se instalaram.
O convênio firmado entre a Terracap e a Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura também permitiu a revitalização das W2 e W3 Sul. O investimento devolve à avenida as calçadas e o movimento vívido do local, marca de Brasília até os anos 1980.
O trabalho na W3 consistiu na melhoria do sistema viário e no fluxo de pedestres, com acessibilidade. Os serviços em toda a avenida incluíram a reforma dos estacionamentos, o nivelamento das calçadas com piso tátil e rampas, arborização e paisagismo, a reforma dos becos entre os blocos, pintura, sinalização horizontal e troca da iluminação – as quadras foram beneficiadas com investimentos na ordem de R$ 13,8 milhões. Além disso, outros R$ 30 milhões nos serviços de restauração do pavimento da W3 Sul.
Obras aguardadas há anos pelos moradores e comerciantes da expansão do Guará também já foram licitadas. Será feita complementação de infraestrutura – sistema de drenagem e pavimentação – das QEs 38, 44, 48, 50, 52, 54, 56 e 58. A concorrência foi feita após a Terracap vencer inúmeras causas judiciais, fruto do abandono das obras pela empresa contratada na implementação das quadras. Mais de R$ 11 milhões serão investidos ali.
Outros recursos oriundos da Terracap, talvez desconhecidos pela população, são as compensações ambientais e florestais que a empresa devolve à cidade como contrapartida pela implantação dos parcelamentos da Agência. Com os recursos das compensações – algo em torno de R$ 8,3 mi, o órgão ambiental do DF promove uma série de intervenções e melhorias principalmente nas unidades de conservação (UCs) da cidade.
Entre as intervenções, estão cercamentos, banheiros, ampliação de coopervias, instalação de lixeiras e guaritas, iluminação, parques infantis e construção de quadras poliesportivas, galpões e pergolados.
Investimentos futuros
Outro investimento aguardado pela cidade e que em breve sairá do papel é o Drenar-DF. Em fase final de licitação após esclarecidos os questionamentos do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF), o projeto solucionará o problema histórico de alagamentos e enxurradas no Plano Piloto de Brasília causados pelos períodos críticos de chuvas, por meio da construção de uma ampla rede de drenagem pluvial complementar ao sistema já existente. A primeira etapa do Drenar-DF iniciará pela Asa Norte, atendendo a área mais problemática da região, chamada de Faixa 1/2, principalmente nas quadras com final 2.
A solução prevê uma galeria subterrânea, executada toda em Túnel Linner, que começará nas imediações da Arena BRB/Mané Garrincha e descerá à via L4 Norte, e depois ao Lago Paranoá. Passará paralela às quadras 902 (perto do Colégio Militar), 702, 502, 302, 102, 202 e 402, cruzando com o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da via L2 Norte até chegar à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.
Segundo o presidente da Terracap, Izidio Santos Junior, a drenagem do Plano Piloto foi projetada e executada quando nasceu a cidade. Sessenta anos depois, há outra situação, alterações diversas que exigem uma nova rede de captação de águas pluviais. “Um projeto moderno, contemplando toda a região, trará conforto e segurança para transitar em época de chuvas a essa população que tanto já sofreu com inundações”, explica o presidente.
E não para por aí. Outra parceria com o Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) modernizará o pavimento da DF-095, uma das mais importantes vias de ligação da região oeste do Distrito Federal com o Plano Piloto. O projeto prevê pavimento de concreto rígido para as seis faixas da Estrutural – mais moderno, resistente e com durabilidade maior, 20 anos pelo menos, garante especialistas, o material também dará mais segurança aos motoristas e pedestres. As obras foram orçadas em R$ 38 milhões.
Veja onde também foi aplicada parte dos investimentos da Terracap nos últimos 4 anos:
- Construção das ilhas leste e oeste do Parque Ecológico Burle Marx.
- Obras da Rota de Fuga do Setor de Inflamáveis.
- Revitalização de quatro praças no Polo de Modas do Guará.
- Urbanização e paisagismo das praças do Taquari.
- Pavimentação e Drenagem em Bernardo Sayão.
- Construção de viaduto e complexo viário na DF-001 no Jardim Botânico.
- Implantação de infraestrutura de energia elétrica em Samambaia.
- Construção de residências para as comunidades indígenas Kariri-Xocó e Tuxá.
- Construção do Parque Ecológico de Santa Maria.
- Obras de infraestrutura no Residencial Tamanduá.
- Complexo Viário Governador Roriz – conjunto de pontes e viadutos que formam a Ligação Torto-Colorado e o Trevo de Triagem Norte.
