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Estar atento às necessidades ambientais é uma das frentes do programa iFood Regenera. Além da redução dos resíduos plásticos, a foodtech tem aliado esforços para minimizar os impactos em relação ao agravamento do efeito estufa. Desde julho de 2021, a empresa se tornou neutra na emissão de CO2 dentro das operações de delivery. Ou seja, quando o pedido chega ao cliente, o gás emitido durante o trajeto já foi compensado.
Normalmente, o processo é inverso. As empresas esperam fechar o balanço do ano para compensar no ano seguinte. Com o pensamento mais à frente, a foodtech desenvolveu um inventário que calcula as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) antecipadamente. Dessa forma, o iFood estima com mais precisão quanto de CO2 é emitido em cada entrega antes mesmo do pedido ser feito.
Para neutralizar a emissão do gás carbônico, o iFood atua em três frentes: compra de créditos de carbono, plantio de mudas de árvore para reflorestamento e incentivo de modais limpos como bicicleta convencional e elétrica, moto elétrica, patinete, drone e robô. A meta é ter 50% dos pedidos entregues em modais não poluentes até 2025.
“Estamos promovendo soluções transformadoras que revertam os impactos socioambientais típicos de uma operação de delivery. Queremos devolver para o meio ambiente mais do que consumimos dele.”
Em 2021, as compras de crédito de carbono para neutralizar as entregas de delivery pelo iFood foram direcionadas a projetos de preservação da Amazônia. Neste ano, a empresa investiu em projetos de incentivo à energia renovável.
Ações no aplicativo
Com o objetivo de envolver e conscientizar os clientes em relação à compensação de CO2, o iFood tem sinalizado dentro do aplicativo as ações que compõem essa frente. No momento em que o pedido é feito na plataforma, o iFood informa ao consumidor que aquela entrega já foi compensada. Além disso, é possível saber se o entregador está utilizando modais limpos e se o restaurante tem boas práticas em relação ao meio ambiente através do selo de sustentabilidade.
No aplicativo também tem a seção de doação, em que o cliente pode doar uma quantia que será direcionada às ações de plantio de mudas na Mata Atlântica. “Essas ações garantem que o mundo tenha mais florestas e áreas verdes no futuro e, com isso, possamos conter o avanço das mudanças climáticas”, aponta Alexandre Lima, gerente de Sustentabilidade do iFood.
Restauração florestal
De acordo com levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o Brasil é o 5º país com maior emissão de gás carbônico do mundo, representando 3,2% das emissões globais. Em 2020, foram 2,16 bilhões de toneladas de gases poluentes gerados no território brasileiro. Um crescimento de 9,5% em relação a 2019, quando foi emitido 1,97 bilhão de CO2.
Segundo o estudo, esse é o maior nível de emissão do país desde 2006. Para a SEEG, a alta é impulsionada pelo desmatamento, principalmente, da Amazônia. Com o intuito de ajudar a reverter essa situação, o iFood tem investido em ações de regeneração e restauração florestal, em parceria com a SOS Mata Atlântica.
Em março de 2022, a empresa iniciou o plantio de 30 mil mudas de árvores na área do Instituto Raquel Machado, em Porto Feliz, interior de São Paulo. O local acolhe animais silvestres vítimas de tráfico e maus-tratos. Head de Sustentabilidade do iFood, André Borges explica que a cidade foi escolhida por estar em uma região que historicamente sofre com a falta de água.
“Dessa forma, vamos auxiliar na recuperação da mata das margens dos rios para, assim, melhorar a condição do ciclo hídrico da região”, afirma Borges. A cidade de Marabá Paulista (SP), também recebeu a ação da empresa. No início de maio, foram plantados mais de 20 mil mudas de árvores na região.
Com o plantio de 50 mil mudas nativas da Mata Atlântica, que representa uma área similar a de 20 campos de futebol, a foodtech proporcionará um recurso capaz de retirar até 8.300 toneladas de CO2 da atmosfera em 20 anos — equivalente a 28 milhões de entregas no delivery.