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Governança Ambiental, Social e Corporativa: os segredos do ESG

Representantes do Grupo FSB, da BIOTIC S/A e da Deloitte participaram de painel sobre o conceito no talk “Impacto Digital”

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Governança Ambiental, Social e Corporativa: os segredos do ESG
1 de 1 Governança Ambiental, Social e Corporativa: os segredos do ESG - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

atualizado

Em 2004, um relatório produzido por parceria do Banco Mundial com o programa Pacto Global das Nações Unidas trouxe um interessante conceito: “quem se importa, vence”. Quase duas décadas depois, muito mudou no planeta, mas essa ideia parece cada vez mais relevante. É dela que surge o conceito de ESG – em inglês Environmental, Social and Corporate Governance; e em português Governança Ambiental, Social e Corporativa. 

E esse foi exatamente o tema do quarto painel do tech talk Impacto Digital: Conectividade para Transformar Realidades, Negócios e Cidadãos, uma produção do Grupo Metrópoles, realização do Parque Tecnológico de Brasília – BioTIC, patrocínio da Brasal e apoio do Sebrae e da Rede Hplus. O bate-papo ocorreu nessa quarta-feira (10/11).

Com mediação do jornalista Caio Barbieri, do Metrópoles, o encontro contou com as participações presenciais de Danilo Maeda, Head da Beon, consultoria de ESG do Grupo FSB; e de Leonardo Reisman, diretor de Negócios, Ciência, Tecnologia e Inovação da BIOTIC S/A; e remotamente de Ana Lia Touso, diretora de Soluções de Sustentabilidade/ESG do Risk Advisory da Deloitte.

Governança Ambiental, Social e Corporativa: os segredos do ESG
Os convidados trouxeram ao debate o fato de que as empresas estão cada vez mais preocupadas com os conceitos apresentados pelo ESG

Ana Lia começou explicando melhor ao público o que é o ESG e porque a ideia de “Quem se importa, vence” ainda importa tanto: “A frase faz todo o sentido e ganhou mais força. Se pensarmos bem, o conceito não é tão novo, já se falava de sustentabilidade décadas atrás, mas ele foi tomando nova roupagem”.

Para quem pensa que apenas grandes corporações podem se dar ao luxo de manter nos quadros uma área destinada ao tema, os painelistas convidados trouxeram o assunto para o entendimento de pequenas e médias empresas. “Se a gente pegar uma padaria. Qual o impacto dela no consumo de energia? No consumo de alimentos, na geração de empregos? Não se trata de uma agenda para poucos, e sim para todos”, afirmou Maeda.

“A ideia de governança também pode ser pensada assim, em outros contextos. Por exemplo, misturar o orçamento de pessoa física e jurídica é muito comum em empresas de pequeno porte e muitas vão à falência por isso”, explicou o Head de consultoria de ESG do Grupo FSB. Reisman, da BIOTIC, foi na mesma linha: “ESG serve para qualquer tipo de negócio”.

Em um mundo cada vez mais conectado e consciente, os convidados trouxeram ao debate o fato de que as empresas estão cada vez mais preocupadas com os conceitos apresentados pela ideia e que tais implicações apenas somam ao quadro dessas mesmas companhias. “Trazer essas pautas, do ponto de vista mercadológico, abre uma perspectiva que engaja o funcionário e gera mais resultados”, ressaltou Leonardo Reisman. “Importante buscar referências naquele nicho, fazer seu benchmarking, saber quem está em alta naquelas práticas”, observou. “A gente depende de inovação de tecnologia”, acrescentou Danilo Maeda.

O debate sobre ESG também abordou muito oportunamente os erros a serem evitados na implementação da prática. O greenwashing, uma espécie de agenda verde falsa, é um deles.

“Existem duas possibilidades que levam a isso. Uma é o desconhecimento da prática em si, uma comunicação errada do que você faz. Ou uma intenção de fazer um marketing naquilo que você não faz ou divergente do que faz. A linha é estruturar a governança e a gestão do ESG atrelando isso a seus veículos de comunicação, prestar contas ao mercado.”

Ana Lia Touso, diretora de Soluções de Sustentabilidade/ESG do Risk Advisory da Deloitte

A mesma atenção pode ser dada a outro tema, a diversidade nas empresas, questão que fechou o painel. O acesso a pessoas de variados gêneros, raças ou orientações sexuais mantém-se como um tema em voga. Leonardo Reisman explicou: “As novas gerações, a Z, a alpha e até a P, da pandemia, já tem isso como certo, não é ponto de agenda de discussão, é como eles veem o mundo. Se sua empresa não se posicionar quanto a isso, já está prejudicada”.

“Não basta ter esses funcionários no quadro se eles não tiverem voz ativa. Diversidade significa inclusão”, finalizou Ana Lia.

O tech talk Impacto Digital: Conectividade para Transformar Realidades, Negócios e Cidadãos debateu esse e outros temas sobre tecnologia. Assista na íntegra abaixo.

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