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Nos últimos anos, foi possível observar centenas de mudanças tecnológicas, uma evolução acelerada que não mostra indícios de estagnação. Essas transformações estão inseridas na rotina pessoal e, principalmente, profissional. Um cenário que exige o desenvolvimento de soft skills indispensáveis, como a adaptabilidade. “Alternâncias são inevitáveis e, não só a tecnologia deixa isso claro, a pandemia, por exemplo, impôs grandes reestruturações nas organizações”, afirma o vice-presidente do Nelson Wilians Advogados, Fernando Cavalcanti.
Em 2020, em um levantamento promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), quase 90% das empresas brasileiras promoveram alterações no modo de atuação no período pandêmico. Ou seja, a imprevisibilidade acerca de mudanças no ecossistema corporativo é certa, inclusive, na advocacia.
O vice-presidente ressalta que as novas tecnologias tornam-se obsoletas rapidamente, influenciando, diretamente, no perfil de profissionais que uma empresa ou escritório de advocacia buscam no mercado de trabalho. “É um processo natural dentro de um cenário evolutivo, à medida que novas necessidades surgem, os profissionais precisam se desenvolver e estar aptos a atendê-las proporcionalmente”, esclarece.
Para o escritório Nelson Wilians Advogados, Cavalcanti afirma que é uma via de mão dupla. Os profissionais encontram treinamentos, capacitações, workshops e conteúdos para estudo, mas entre os requisitos do perfil esperado é preciso possuir o skill de adaptabilidade.
“Estamos há mais de 20 anos no mercado, com atuação nacional e internacional. É uma posição muito bem consolidada. Ainda assim, temos a clara visão de que é preciso continuar lapidando nossos serviços e investindo em nossos profissionais. Queremos que encontrem, dentro do escritório, as ferramentas e o incentivo para se adequarem às constantes evoluções que este mercado exige e, claro, apliquem esses conhecimentos em sua rotina”, ressalta.
Em cargos de liderança e tomada de decisões, Cavalcanti reafirma a necessidade de aperfeiçoamento e adaptabilidade, mas complementa que “para um líder, naturalmente, em toda empresa a exigência vem sempre em um nível mais alto”. Nas posições de tomada de decisão, o profissional deve ter a capacidade de aplicar as mudanças de forma estratégica e humanizada.
“Recentemente, li uma pesquisa divulgada pela Cloverpop, plataforma de decision intelligence, que apontou que equipes inclusivas fazem escolhas melhores em 87% das vezes, além de aprimorarem seus resultados em decisões cerca de 60%. São números significativos e que provam, também pelo viés mercadológico, a importância da humanização, da diversidade”, explica o vice-presidente.
O futuro da liderança é pautado na adaptabilidade e no perfil humanizado, reitera o executivo. Mas, é complementado por uma série de fatores que devem ser levados em consideração. “A flexibilidade, habilidades interpessoais, consciência ética e de diversidade são pilares que norteiam o agir da liderança do futuro e a tomada de decisões conscientes”, complementa.
E, apesar do termo “liderança do futuro”, a adoção dos soft skills se faz necessária o quanto antes, afirma Cavalcanti. “A evolução já está acontecendo. Estamos falando do futuro sob a ótica do presente, um presente que já lida com transformações diversas. O futuro que falamos, é agora.”