atualizado
Paul McCartney tem um enorme número de fãs das mais diversas gerações. E eles estão ansiosos pelo retorno do artista ao Brasil. Com shows confirmados em cinco cidades – São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba – o Beatle promete muita emoção com sua turnê Got Back.
“Tenho boas notícias. Estamos voltando ao Brasil em novembro para tocar para vocês. Temos ótimas lembranças de todas as nossas visitas ao país. Eu amo ir ao Brasil porque vocês gostam de rock, de cantar e festejar ao mesmo tempo. Estamos muito animados. Vamos arrasar. E Brasil, vamos nos divertir muito!”, Paul comentou em uma postagem compartilhada nas redes sociais. Foi o suficiente para fãs do país inteiro correrem para comprar ingressos, passagens e planejar o novo encontro com o ídolo.
Foi o caso da servidora pública Mariana Sanmartin de Mello, 40 anos. Beatlemaníaca assumida, ela brinca que “já perdeu as contas” de em quantos shows do Paul McCartney esteve: “Foram 14 ou 15”.
O primeiro encontro com ele foi em 2005, em Miami. Ela conta que na época não acreditava que o astro voltaria a fazer shows no Brasil e tinha medo de uma aposentadoria precoce. “Então resolvi ir, comprei dois ingressos num leilão do e-Bay, e minha mãe foi me acompanhando, porque eu tinha 21 anos e ela tinha receio de me deixar viajar sozinha. Foi emocionante realizar esse sonho”, recorda.
Outro momento marcante com o artista foi o primeiro show dele em que ela foi no Brasil, em Porto Alegre, no ano de 2010. “Ao longo dos anos, fui fazendo amigos, que são tão beatlemaníacos como eu. E, nessa apresentação, consegui conhecer várias dessas pessoas. Depois eu fui com as minhas amigas para ver mais dois shows em São Paulo”, completa. “Ainda lembro com muito carinho do show dele em Brasília, em 2014”, destaca.
Com ingressos comprados para Brasília, Belo Horizonte, São Paulo (dois shows) e Rio de Janeiro, Mariana diz que não pode perder a chance de ver o músico se apresentar no Maracanã. “Será histórico! Quando ele tocou no Maracanã, em 1990, foi recorde de público na época, com 184 mil pessoas. Minha expectativa é altíssima pois se trata de um artista que acompanho desde criança e que amo demais. É sempre uma experiência incrível vê-lo no palco. Em Brasília, também vou levar meu filho, Pedro, que tem 10 anos. Ele ainda não é fã de Beatles, mas torço muito para que ele se encante, como eu, quando tinha a idade dele”, diz.
Para Mariana, não é exagero dizer que o fato de gostar de Beatles moldou escolhas pessoais importantes. “Foi a partir daí que comecei a estudar inglês, para entender as canções da banda; na faculdade decidi fazer o curso de letras-inglês e também dei aulas de inglês durante um período; também conheci meu marido por causa dos Beatles, já que a gente tinha amigos em comum que eram integrantes da banda Let it Beatles”, compartilha.
Uma das amizades mais especiais que Mariana Sanmartin de Mello fez ao longo dos anos foi com a gerente de contas Aline Sodré, 42 anos. Elas se conheceram na adolescência, quando Mariana decidiu criar uma página na internet dedicada a McCartney e começou a ser acompanhada por Aline. “Ela me mandou um e-mail e passamos a nos corresponder por carta. A gente se conheceu pessoalmente em 2006. Desde então, já fomos em vários shows do Paul no Brasil e no exterior”, conta Mariana.
A amizade rendeu tanto que elas fizeram uma tatuagem juntas e o tema é o amor pelo grupo de Liverpool. “Tatuamos um passarinho preto, como símbolo de Blackbird, música lançada em 1968 e gravada nos estúdios da famosa Abbey Road”, conta Mariana.
Tão beatlemaníaca quanto a amiga, Aline revela que nasceu em uma família musical e que desde os 6 anos é apaixonada pelos Beatles. “Meu pai atuou como produtor musical, então, desde muito nova, tive acesso aos discos dos Beatles e do Paul. Tive ídolos de infância da minha geração também, mas com os Beatles foi uma paixão arrebatadora desde a primeira vez que ouvi”, lembra.
A primeira vez que viu Paul ao vivo foi em 1993, quando tinha 13 anos, em São Paulo, no Pacaembu. “De lá pra cá, já fui a um total de 22 shows do Paul no Brasil e no mundo”, afirma. Entre as experiências mais marcantes está o primeiro show da turnê de 2010, no Morumbi. “Foi especial porque marcou o retorno do Paul depois de 17 anos e fizemos uma surpresa linda: soltamos balões brancos durante a música Give Peace a Chance. Foi épico!”.
E para a turnê Got Back, Aline planejou uma verdadeira maratona. Ela vai acompanhar todos os shows no Brasil. “Muita gente me critica por ir em tantos shows, dizendo que todas as performances são iguais, mas não são. Para mim, cada show é uma experiência única”, enfatiza.
“Sempre fui conhecida na escola ou no trabalho como a “Aline dos Beatles”. É tipo um ponto de referência para as pessoas se lembrarem de mim e eu amo isso. Sou beatlemaníaca, tenho quatro tatuagens relacionadas a Beatles/Paul, e se tivesse a chance de pedir para ele cantar uma canção especial para mim seria Little Lamb Dragonfly, do disco Red Rose Speedway, de 1973.”
Aline Sodré
Dono de uma grande coleção sobre Beatles e Paul McCartney, Geraldo Nunes, 42 anos, também é um fã apaixonado.
Ele conta que o primeiro contato com a banda foi na casa dos pais, há três décadas. “Eu era bem fã do Elvis e um dia meu pai colocou um disco dos Beatles. Lembro de ficar muito impressionado com os arranjos e as composições. Foi algo que expandiu meu lado musical”, diz o analista de TI. “Minha curiosidade com o Paul surgiu porque eu queria conhecer tudo sobre a pessoa que criava aquelas músicas dos Beatles que eu gostava tanto. E foi com o disco Ram, o segundo álbum de estúdio da carreira solo dele, que eu fiquei maravilhado e passei a colecionar tudo que podia sobre ele.”
Com vários shows do Beatle na bagagem, ele destaca o primeiro, em 2010, em Glasgow, na Escócia. “Foi a primeira vez que o vi ao vivo e, para mim, ir a num show do Paul é o mais próximo que a gente pode chegar de ir a um show dos Beatles”, analisa. “No mesmo ano, fui ao show dele em São Paulo e foi diferente. Tinha vários anos que ele não vinha ao Brasil e lembro que foi muito emocionante ver ele tocar aqui. Fora a energia surreal do público. Foi inesquecível!”, completa.
Sobre a turnê Got Back, Geraldo reafirma que a ansiedade aumenta a cada dia que os shows se aproximam. “Não existe a menor hipótese do Paul vir a Brasília e eu ficar em casa. Ele é o cara que me fez querer ser músico, aprender a tocar baixo, a compor e amar música. Ou seja, uma inspiração sem igual”, enfatiza.
Ex-integrante das bandas Let It Beatles e Os Hamburgos, Geraldo reforça que ver Paul se apresentar é sempre uma alegria imensa. “O que acho mais bacana da carreira dele é que ele consegue manter um alto nível nas composições e nos discos. E o que me motiva a continuar seguindo ele por tantos shows é ver que com mais de 80 anos, o cara segue tocando mais de duas horas. Poder presenciar como ele se doa no palco, ver todo o carisma dele, é algo surreal. Ele é fera demais”, finaliza.
Paul McCartney – Got Back Tour
Paul McCartney anunciou que voltará ao Brasil com a sua nova turnê, Got Back, entre novembro e dezembro deste ano. O cantor confirmou que passará por cinco cidades: Brasília (30/11), Belo Horizonte (3/12), São Paulo (7, 9 e 10/12), Curitiba (13/12) e Rio de Janeiro (16/12).
Os ingressos para o show em Brasília podem ser comprados no site da Eventim ou na loja Eventim, localizada no Brasília Shopping.
A turnê Got Back é uma realização da Bonus Track em parceria com a 30E, e será apresentada no Brasil pelo Banco BRB.
Instagram Paul McCartney | Instagram Bonus Track | Instagram 30e