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Desde a pandemia, o número de investidores no Brasil vem crescendo. Segundo a B3, quase 20 milhões de pessoas físicas investem no país. Isso é 80% a mais do que em 2020.
Mas, nessa conta, está quem coloca dinheiro embaixo do colchão, poupança, Tesouro Direto, cripto e Bolsa. Apenas 3% da população investe em ações enquanto, nos EUA, são 55%.
De acordo com o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, a comparação com os EUA não é tão simples assim. A começar pela disparidade dos salários.
“Falta salário aqui. Falta ganhar dinheiro porque, brincadeiras à parte, para pessoa conseguir poupar, ela precisa ter dinheiro”, afirma.
“Nessa comparação com os EUA é preciso tomar cuidado porque o salário brasileiro é muito baixo. Como uma pessoa que ganha R$ 3 mil consegue guardar dinheiro?”, questiona Gala.
Já o professor e coordenador na Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcio Holland, explica que também há outros fatores complexos para se entender sobre o cenário brasileiro.
“O brasileiro não olha para o futuro e, muitas vezes, não é por motivo irracional. Aqui há as maiores taxas de juros do planeta. O Brasil é um país ‘curto-prazista'”, aponta.
Quer saber mais sobre as opiniões deles?
O Metrópoles aproveitou a realização da Expert XP, maior evento de investimentos do país, para conversar com especialistas e entender um pouco mais sobre a questão. A entrevista foi realizada no estúdio do stand do Banco Master.
Acompanhe a seguir:
Metrópoles na Expert XP
O Metrópoles esteve na Expert XP, maior festival de investimentos do mundo, com um estúdio para entrevistas exclusivas no stand do Banco Master.
Numa série de entrevistas em vídeo com quatro episódios, o portal desbrava o universo da nova economia com gestores, analistas, operadores e estrategistas.
Além disso, há uma cobertura completa dos principais painéis do evento com nomes como Fernando Haddad, Scott Galloway e Magic Johnson neste link.