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Voltada ao cuidado integral com a saúde dos brasileiros, a Atenção Primária à Saúde é um dos pilares fundamentais do Sistema Único de Saúde (SUS). É nesse nível de atenção que a população tem acesso a um conjunto de ações e serviços que inclui cuidados essenciais destinados à promoção da saúde e à prevenção de doenças.
Com base nisso, uma das principais iniciativas do governo federal para garantir o acesso universal ao SUS é a Estratégia Saúde da Família (ESF). Criada para expandir a cobertura da Atenção Primária em todo o país, a ESF organiza equipes de profissionais de saúde que oferecem assistência desde a promoção da saúde até a reabilitação, com foco no cuidado integrado e direcionado aos brasileiros.
Entre os grandes diferenciais dessa estratégia, destaca-se o atendimento realizado de casa em casa, feito por equipes compostas, no mínimo, de profissional médico e enfermeiro, que geralmente são especialistas em saúde da família; de auxiliar e/ou técnico de enfermagem e de agente comunitário de saúde (ACS). Tudo pensado para fortalecer o vínculo com as pessoas que mais necessitam de cuidado.
A Estratégia Saúde da Família também conta com equipes de Saúde Bucal (eSB), que oferecem serviços nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e nas Unidades Odontológicas Móveis (UOM). Entre os atendimentos disponibilizados estão ações educativas sobre higiene bucal, restaurações, cirurgias e procedimentos de urgência.
Outra forma de estimular esses atendimentos é a partir dos trabalhos das equipes multiprofissionais (eMulti), que atuam de forma complementar e integrada na Atenção Primária à Saúde. Nessa área, atuam profissionais de diferentes áreas da saúde, como nutricionistas, dermatologistas, pediatras, psicólogos, ginecologistas e farmacêuticos.
A expectativa do Ministério da Saúde é chegar ao marco de 6 mil eMulti até 2026.
Em 2024, o Ministério da Saúde tem trabalhado para reestruturar e fortalecer esse programa. Após um período de desincentivo e baixa nos atendimentos na Estratégia Saúde da Família, os números finalmente voltaram a ser positivos.
Somente neste ano, o número de equipes de Saúde da Família credenciadas – distribuídas em mais de 47 mil unidades básicas de Saúde – aumentou de 53.300, em 2022, para 61.262, em março de 2024. O número representa um expressivo acréscimo de 18%. Sendo assim, em 2024, as equipes de Saúde da Família vão atender, em média, 2,5 mil pacientes.
Em 2023, 2.198 novas equipes de Saúde da Família foram implementadas no sistema de saúde. Trata-se de um aumento de 52% em relação aos últimos anos. Dessa forma, a taxa de consultas médicas aumentou em 16%, por exemplo.
Agora, os atendimentos da Estratégia Saúde da Família contam com 3,4 mil equipes multidisciplinares, com 374 destinadas apenas para a população ribeirinha e 283 novos médicos atuando junto às comunidades quilombolas de mais de 150 municípios.
Outra parte do processo de reconstrução da Saúde da Família é a ampliação dos horários de atendimento. Ao todo, a pasta está investiu mais de R$ 1 bi de investimento para os municípios.
Além disso, o Ministério da Saúde tem o objetivo de chegar a 80% na cobertura de pessoas com acesso e atendimento de qualidade na atenção primária. A meta é criar, por ano, até 2026, 2.360 equipes de Saúde da Família, 3.030 equipes de Saúde Bucal e 1 mil multiprofissionais.
O objetivo da pasta é fortalecer ainda mais os atendimentos por meio da Estratégia Saúde da Família, a partir da ampliação do acesso ao cuidado integral no SUS e a retomada dos atendimentos domiciliares.
