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Espaços públicos abertos e de lazer são de extrema importância no desenvolvimento sustentável de qualquer região. Por meio deles, é possível alcançar grande melhoria na qualidade de vida dos moradores, promoção de práticas sociais e esportivas, encontros ao ar livre e momentos que favorecem o desenvolvimento humano.
Desde março deste ano, quem mora ou passa pelo Polo de Modas do Guará e região deve ter percebido uma movimentação de trabalhadores em quatro praças da cidade. A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), como condicionante ambiental pela construção do Polo de Modas, investiu mais de R$ 1 milhão no local. Com o recurso, está revitalizando a Praça da Moda (Rua 4), a Praça da Igreja (ruas 15, 16 e 20) e a Praça da Faculdade (Ruas 19 e 20), e construindo toda a estrutura da Praça Central (ruas 9, 11, 12 e 13).
O comerciante Yohan Gehre Rodrigues, 21, trabalha no Guará há quatro anos e já está desfrutando das melhorias da Praça Central. “O local era só barro, agora tem gramado e bancos para sentar. Acredito que teremos mais clientes nos comércios e lazer para as crianças”, afirma. Ele também espera que a praça possa receber diversos eventos culturais. “Quando tenho tempo livre, gosto de sentar e ficar olhando a paisagem. Além disso, já conversei com um amigo para plantarmos árvores frutíferas, como caju”, anima-se.
As obras já estão 95% concluídas e devem ser entregues até o dia 28 de novembro. Entre os serviços feitos, estão plantio de grama e árvores, instalação de bancos e mesas, criação de rampas de acesso para PcD (Pessoa com Deficiência), instalação de piso podotátil, pintura e sinalização do estacionamento, instalação de lixeiras, instalação de bicicletário e, no caso da Praça da Faculdade, instalação de equipamento de ginástica e pergolado, e reforma da quadra poliesportiva.
Morador de Brazlândia, o produtor rural e comerciante Leonardo Lima, 42 anos, trabalha há cinco na Praça da Igreja, vendendo hortaliças. “Antes da revitalização, os parquinhos estavam quebrados, agora está muito melhor. Ponto muito positivo e esperado pela comunidade. Essa melhoria será muito boa para nós comerciantes, para as famílias e, principalmente, para as crianças”, diz. Leonardo reforça que a praça só é bonita quando utilizada pela comunidade. “É um espaço para todos”, finaliza.
Outra região beneficiada por condicionante ambiental é a Vila Telebrasília. Com investimento de R$ 1,2 milhão, desde março, a Terracap recuperou sete praças da cidade.
Elas passaram por calçamentos, receberam novo mobiliário urbano e, ainda, o plantio de espécies nativas ou bem-adaptadas ao Cerrado, como ipê-roxo de bola, ipê-amarelo peludo, ipê-branco, quaresmeira, palmeira, carvoeiro, jatobá do cerrado, pombeiro, copaíba, entre outras.
São aproximadamente 3 mil habitantes – de acordo com o último levantamento da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) – que já podem usufruir de praças bem equipadas.
Parques de Brasília
Não só as praças do DF vêm recebendo investimentos da Terracap. A companhia destinou quase R$ 7 milhões em infraestrutura para o Parque Burle Marx, localizado no Setor Noroeste. O repasse é feito como compensação ambiental da área e permite que moradores da região, e de todo o DF, tenham um centro de lazer multiuso ao ar livre.
Com previsão de conclusão em dezembro, a primeira etapa do projeto inclui quadras para a prática de diversos esportes, Pontos de Encontro Comunitário (PECs), academias ao ar livre e parquinhos, além de contemplar também as instalações elétricas e hidrossanitárias, guaritas e paisagismo com plantio de árvores e grama.
Quando a Terracap, como qualquer outra empresa privada, implementa um novo empreendimento é preciso ter como contrapartida a compensação ambiental ou florestal.
Em Brasília, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) é o órgão responsável pelos encaminhamentos, determinando produtos ou serviços executados e o local dessa compensação. A compensação florestal é regida pelo Decreto Distrital nº 39.469/2018. Já a compensação ambiental é regida pela Lei Federal nº 9.985/2.000.
Embora seja uma empresa pública, a Terracap segue a norma como qualquer empreendedor, seja ele privado ou não. Essas compensações podem ser pagas em diferentes formatos: pecúnia, plantio de árvores, serviços, obras ou disponibilizando áreas para preservação ambiental. De qualquer maneira, independente do formato, os benefícios sempre são voltados para atender a população do Distrito Federal.
Parque de Santa Maria
As obras do parque de Santa Maria são as mais recentes e fazem parte de um acordo entre a Terracap e o Brasília Ambiental para pagamento de compensação ambiental dos empreendimentos da Agência no DF. O valor do investimento é de R$ 986 mil.
No local, foram instalados parque infantil, Ponto de Encontro Comunitário (PEC), quadra de areia, quadra poliesportiva, pergolados, pista de corrida e mobiliários urbanos. As melhorias atendem 120 mil moradores.
Águas Claras
Em Águas Claras, foi iniciada a primeira etapa do Parque Sul. Com recursos da Terracap, pavimentação, calçadas, ciclovias e estacionamento já estão prontos. A segunda etapa inclui: construção de quadras esportivas e pista de patins, construção do Módulo de Apoio e Centro Comunitário, paisagismo com plantio de novas árvores, instalações elétricas e hidráulicas, e implantação de equipamentos como bancos, pergolados, brinquedos e outros.
Os investimentos para o próximo ano continuam. Entre 2021 e 2022, mais de 20 parques de Brasília ainda serão beneficiados e a Terracap pretende pagar algo em torno de R$ 30 milhões em compensação ambiental e florestal no biênio.