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Mitsi Mary de Almeida Rocha Rossi, de 65 anos, tem uma daquelas histórias de vida que renderiam um filme. Na escola, sentiu na pele o bullying quando o termo nem sequer existia. Porém, ela não sabia que essa situação seria apenas uma das muitas superações que viveria ao longo da trajetória.
Tinha medo de altura, mas conseguiu subir o Pico da Bandeira. Tinha medo de dirigir, contudo, com mais de 40 anos, encarou o desafio e persistiu, mesmo depois de uma primeira reprovação na prova de trânsito.
Mas, nada se comparou ao maior desafio de todos: perder o filho, ainda na juventude, vítima de um acidente de trânsito. “Meia hora antes do acidente, falei com ele, perguntei se viria almoçar em casa. Um tempo depois, uma vizinha veio me avisar que ele estava hospitalizado. Em quatro dias, foi constatada a morte encefálica”, relembra Mitsi.
Mitsi lidou com a dor mais profunda que pode existir da mesma forma que lidou com o medo: sem se deixar imobilizar. Com a notícia, tomou a decisão de doar os órgãos do filho. “Ele sempre disse que seria doador de órgãos, então eu pedi para os médicos agirem rápido e fazerem a vontade dele.”
A iniciativa mudou a vida de muitas pessoas: seu Adelson casou os filhos e pôde conhecer os netos, Filomena voltou a viajar, Emerson estava perdendo a visão e continuou a enxergar… e Maryule tinha glaucoma irreversível e nunca tinha enxergado na vida. Após a doação, ela e Mitsi se tornaram próximas, mesmo com a distância física.
“Ela é uma mãezona pra mim e foi muito parceira desde o início de tudo. Me deu a chance da alfabetização, de visualizar rostos, de ver o mar. Ela me abriu uma porta de oportunidades que eu não tenho como agradecer em palavras”, ressalta Maryule.
Mitsi lembra com carinho do momento em que presenciou, na prática, a diferença que tinha feito na vida de Maryule.“Depois do transplante, fizemos uma surpresa para ela. Fomos com ela para praia e cobrimos os olhinhos dela até ela entrar no mar. Foi lindo participar desse momento.”
Novo capítulo
Se acha que essa história já seria suficiente para construir o roteiro de um filme, engana-se. “Muitos anos depois, meu marido ficou doente, com um problema no fígado. Eu achei que ia perdê-lo também, porque a única solução era um transplante”, relata Mitsi.
Foi graças a um doador e à assistência da MedSênior, empresa especializada no atendimento à terceira idade, que o marido de Mitsi conseguiu o órgão e hoje, dez anos depois, vive uma vida normal. “Eu achava que tinha perdido tudo, mas na verdade eu estava ganhando”, completa nossa protagonista.
Bem Envelhecer
Não é atoa que a história de superação de Mitsi realmente virou filme. É ela quem estreia a série “Bem Envelhecer”, criada pela MedSênior.
“Envelhecer é um privilégio, e eu tenho o privilégio de estar envelhecendo com alegria, com entusiasmo, com projetos, com vontade de fazer muitas coisas ainda.”
Mitsi Mary de Almeida Rocha Rossi, de 65 anos
Maycon Oliveira, diretor de marketing da MedSênior, explica que Mitsi foi escolhida para o primeiro episódio da série por representar o conceito de envelhecer bem, mesmo diante dos desafios.
“Nosso propósito como empresa é trabalhar em prol do bem envelhecer, um conceito que vai além do envelhecimento saudável pensado enquanto bem-estar físico. Bem envelhecer envolve, sim, a saúde física e a assistência adequada, mas inclui também dimensões como relacionamento social, equilíbrio financeiro, mobilidade e autonomia, entre outras”, explica o diretor.
“A equipe da MedSênior foi muito importante para nós. Eles foram fundamentais”, completa Mitsi.