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A importância de desenvolver a inteligência emocional de crianças

Segundo especialistas, indivíduos que aprendem a lidar com as emoções logo cedo têm melhores resultados na escola, no trabalho e na vida

atualizado

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1 de 1 inteligencia-emocional - Foto: Aaron Burden, Unsplash


Educação de qualidade vai muito além do tradicional currículo com as disciplinas cobradas nas provas de seleção para ingresso em universidades. Por isso, o atual modelo curricular sofreu recentes alterações e passou a contemplar o desenvolvimento das habilidades socioemocionais, consideradas tão ou mais importantes para a formação dos estudantes quanto qualquer outro conteúdo. 

Para especialistas, crianças que aprendem desde cedo a controlar suas emoções conseguem se concentrar mais e ter melhor rendimento escolar. É o que propaga desde a década de 1990 Daniel Goleman, autor do best-seller Inteligência Emocional. Já o ganhador do Nobel de Economia James Heckman desenvolveu uma pesquisa na qual comprovou como intervenções de inteligência emocional são capazes de resultar em maior renda, empregabilidade, além de mais saúde e felicidade para o indivíduo quando adulto. 

Expondo as emoções
Assim, a inteligência emocional saiu do espectro mercado de trabalho/vida adulta e foi aos poucos chegando na escola, sendo trabalhada desde cedo com crianças e até bebês. Segundo a coordenadora pedagógica Juliana Maria de Carvalho Lamounier, trabalhar a inteligência emocional dos alunos é uma importante forma de motivá-los a buscar seus objetivos, enfrentando desafios com mais facilidade.

“Eles têm melhor desempenho, seja na escola, no trabalho e até mesmo no meio social em que estão inseridos, porque realizam as atividades com prazer, foco, autoconfiança e positividade, entre outros.”

Juliana Maria de Carvalho Lamounier, coordenadora pedagógica

A temática é explorada pela especialista em desenvolvimento humano e aprendizagem Tonia Casarin em seus livros Tenho Monstros na Barriga e Tenho Mais Monstros na Barriga, considerados ferramentas didáticas para crianças aprenderem a identificar as próprias emoções.

Para ela, é importante que pais e educadores ensinem os pequenos a nomearem os sentimentos. Isso deve ser feito inicialmente a partir da construção de um ambiente seguro, seja em casa ou na escola. “A criança só consegue falar sobre isso onde existe troca, vulnerabilidade, e isso é natural”, afirma.

Tonia oferece cursos on-line e já deu palestras na TED – série de conferências realizadas na Europa, na Ásia e nas Américas pela fundação Sapling, dos Estados Unidos – sobre a importância de alfabetizar emocionalmente as crianças. De acordo com ela, os pais devem acolher as emoções e conversar com os filhos desde bebês. Assim, os responsáveis ajudam os pequenos a identificarem os sentimentos e, juntos, podem trabalhar na construção de saídas socialmente aceitas – o que, segundo a especialista, não significa não impor limites.

No ano que vem, Tonia lançará um novo livro, o ABC dos Monstros, para continuar desenvolvendo a temática. A especialista conta que há relatos bem-sucedidos de educadores que utilizam suas obras em sala de aula para trabalhar as emoções com os alunos. Dentre as atividades que podem ser realizadas, Tonia sugere uma roda em que cada estudante fala como está se sentindo, especialmente quando acontece algum episódio de bullying, por exemplo.

“Ninguém aprende com medo. Por isso, trabalhar essa temática em sala de aula é essencial para a criança poder se expressar”, finaliza Tonia Casarin.

Educação do Amanhã 2019
Lançado em 2018 pelo Metrópoles, o projeto Educação do Amanhã tem o objetivo de discutir novas metodologias e conceitos do processo educativo, além de estimular novas habilidades nos jovens do século 21.

Neste ano, ao longo de duas semanas, o portal publicará uma série de conteúdos relacionados às mudanças na área da educação: o que esperar da escola do futuro, o universo tecnológico e as tendências no processo de aprendizagem. Além, é claro, do novo papel do professor diante deste cenário repleto de desafios.

A iniciativa tem patrocínio da Casa Thomas Jefferson, Colégio Ideal, Colégio Objetivo, AISEC e Colégio Marista João Paulo II.

O encerramento do projeto será marcado com a realização de um seminário no auditório do Edifício Íon, na SGAN 601 Ed ION , Asa Norte (DF), que incluirá palestras inspiracionais, impactantes e reflexivas sobre como o processo educacional está em transformação nos dias atuais.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo Sympla. Confira as palestras:

Educação para o século XXI
Palestrante: Rui Fava

A sala de aula inovadora
Palestrante: Fausto Camargo

Culturas de pensamentos e investigação na escola
Palestrante: Clarissa Bezerra

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