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Ser aprovado em um concurso público, na maioria dos casos, significa ter um bom salário e, consequentemente, um padrão de vida melhor. Porém, por incrível que pareça, lidar com esse upgrade nem sempre é fácil. A falta de gerenciamento das finanças, aliada ao conforto da estabilidade do cargo, levam, muitas vezes, ao uso desenfreado do crédito consignado.
Prova disso é que, segundo dados do Banco Central, os servidores devem aproximadamente R$ 232,8 bilhões nesse tipo de modalidade de empréstimo aos bancos, um volume quase 10 vezes superior do que os trabalhadores do setor privado, que acumulam um débito de R$ 23,8 bilhões.
Roberto Braga, cofundador da bxblue, startup brasiliense que busca e compara ofertas de empréstimo consignado, explica que a segurança proporcionada pela garantia do pagamento na conta sempre no início de cada mês proporciona à modalidade as melhores taxas do mercado. No entanto, ele faz uma importante ressalva: a estabilidade do cargo deve andar de mãos dadas com a consciência financeira.
Criada em 2017, a bxblue funciona como um marketplace (espécie de shopping center virtual) para clientes que buscam por empréstimos consignados. Na plataforma desenvolvida pela empresa, é possível realizar simulações e avaliar qual instituição financeira oferece as melhores taxas de juros.
“Percebemos que o acesso facilitado ao consignado constitui uma tentação extra para os funcionários públicos. Por isso, sempre orientamos que esse crédito seja contratado com lucidez, para objetivos bem definidos, e não apenas para a aquisição de bens de consumo”, afirma Braga.
Nos últimos anos, o uso inadequado dessa modalidade acabou transformando a solução em vilã. No entanto, o especialista garante: o crédito consignado foi criado para ser uma opção vantajosa e criativa. Não é por acaso que os servidores só podem comprometer até 30% da renda com o produto. Para Braga, a grande questão é o fim para o qual o consignado é utilizado.
O especialista cita algumas situações em que esse tipo de crédito é recomendado:
- Circunstâncias emergenciais. Entre os exemplos, podemos citar problemas de saúde, acidentes ou prejuízo financeiro inesperado que não possa ser coberto apenas com a reserva financeira.
- Migrar um empréstimo atual para uma linha mais barata. Um bom exemplo é o cartão de crédito e o cheque especial, que têm taxas que giram na casa dos 26% e 8% ao mês, respectivamente, enquanto os consignados saem a partir de 0,99%.
- Realizar um grande projeto ou sonho, como reformar a casa, financiar a educação dos filhos (como um intercâmbio) ou abrir um pequeno negócio. “Usado com planejamento, o consignado pode ser um grande aliado do servidor público para realizar seus projetos de vida”, explica Roberto.
- Comprar um carro usado. Os financiamentos de seminovos contam com taxas mais caras do que as de veículos novos. Nesses casos, também é mais vantajoso recorrer ao consignado, tomando o crédito para comprar o carro à vista.
Como evitar as pegadinhas?
Como o pagamento é descontado no contracheque dos servidores públicos, a inadimplência é praticamente zero e as taxas de juros consideravelmente baixas, servidores públicos acabam sendo amplamente assediados pelo mercado de empréstimo e devem ficar atentos para, quando efetivamente precisarem do crédito, não fazerem escolhas ruins.
“Se o consumidor se deparar com uma oferta que parece boa demais para ser verdade, provavelmente há alguma coisa transação misteriosa por trás”, alerta Roberto Braga, cofundador da bxblue.
O especialista ensina que é preciso saber os reais termos e condições da proposta que está sendo oferecida. “É fundamental ter conhecimento sobre a taxa de juros cobrada, o prazo, o banco em que a operação é feita e se o crédito é, na verdade, um novo empréstimo, um refinanciamento ou uma portabilidade”, destaca. Por isso, o ideal é comparar as ofertas.
Segundo ele, as principais pegadinhas estão ligadas à:
Empréstimos não-consignados: quando o limite de 30% está comprometido, o cliente pode começar a receber assédio de ofertas de outras linhas, com taxas mais caras, como empréstimo pessoal. Caso o cliente tenha uma margem consignável ocupada e, mesmo assim, continua recebendo ofertas de “empréstimo mesmo sem margem”, é bom desconfiar.
Contratação sem autorização: qualquer transação de empréstimo precisa ser autorizada por contrato de crédito e no Sigepe, sistema de RH dos servidores federais. Por isso, as pessoas não devem assinar nada ou fazer qualquer autorização sem ter segurança da operação que está sendo realizada.
Troca com troco: ao receber ofertas de “troca com troco”, o cliente deve se atentar porque, na verdade, o que acaba sendo feito é uma operação de refinanciamento ou portabilidade. Dessa forma, o servidor continua pagando a mesma parcela mensal e recebe um “troco” em dinheiro. Apesar de ser uma opção interessante, deve estar claro para o cliente que em um refinanciamento o prazo de pagamento do empréstimo retoma ao original.
Informação e transparência
Roberto Braga lembra que, sempre que o consumidor se sentir lesado, deve recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e à ouvidoria do Banco Central. Para ajudar os servidores e os consumidores em geral a não cair nessas pegadinhas e se manterem bem informados, a bxblue criou um blog de educação financeira com dicas e orientações sobre a tomada de crédito.
Na plataforma desenvolvida pela bxblue, transparência é a palavra de ordem e o usuário pode realizar a contratação de forma digital, sem precisar se encaminhar a uma instituição financeira. Outro diferencial da plataforma é pesquisar as taxas de juros de vários bancos de uma só vez para o usuário, dando a ele a certeza de um bom negócio. “Fazemos tudo para facilitar a vida do usuário. Nossos contratos são feitos de maneira transparente. Incluímos até vídeos explicativos que auxiliam no processo. Não há ‘letras miúdas’”, complementa.
Site: bxblue
Redes Sociais: Instagram e Facebook
Simulador de empréstimo: Simulador
E-mail: ola@bxblue.com.br
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