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DF teve quase 80 mil suspeitas de dengue notificadas em 2022

Segundo o Boletim Epidemiológico de Saúde, houve um acréscimo de 393,1% no número de casos prováveis da doença se comparado a 2021

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Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra mosquito Aedes Aegypiti na pele de uma pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images/Reprodução

atualizado

Em 2022, foram notificados quase 80 mil casos suspeitos de dengue na capital federal. Desses, 95,8% são residentes no Distrito Federal. Ainda segundo o boletim epidemiológico mais recente, houve um acréscimo de 393,1% no número de casos prováveis de dengue no DF se comparado ao mesmo período do ano passado.

O morador de Vicente Pires Everton Alcântara, de 55 anos, achou que morreria após ficar sete dias internado em um hospital da rede privada de Brasília (DF). A internação ocorreu depois dele sentir complicações decorrentes da picada do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti – também transmissor da chikungunya, zika e febre amarela.

“Tive muita fraqueza e falta de apetite no início. Dois dias depois, após ir ao médico e tomar remédio, não melhorei e senti tontura e sensação de desmaio. A partir daí, fui ao hospital novamente e fiquei internado, com as plaquetas abaixando a cada dia. Só fui melhorar depois de uma semana”, comenta.

A dengue já é considerada um problema de saúde nacional, e, proporcionalmente ao tamanho da população, o DF se destaca em número de casos. Um deles é o do morador de Samambaia Genivaldo dos Santos, de 46 anos, que teve a doença em abril deste ano. “Tive febre e vômitos e fui ao hospital. No terceiro ou quarto dia, já não conseguia comer nada. Melhorei após ser medicado na veia e tomar soro”, afirma.

Mosquito Aedes Aegypti
Mosquito causador da dengue, Aedes aegypti

De acordo com a médica infectologista Ana Helena, da rede hospitalar Alvorada Brasília, a dengue é uma doença que tem um aspecto de sazonalidade. Então, há períodos de alta e períodos de arrefecimento. Além disso, geralmente a cada quatro anos, existem fases de pico. “Daí, infelizmente, começam a aparecer pacientes com febre, mal-estar, dor e manchinhas pelo corpo e até a famosa cefaleia retorbitária (dor de cabeça atrás dos olhos)”, explica.

Todo Dia é Dia de Combater o Mosquito

No dia 20 de outubro, foi lançada nacionalmente a campanha “Todo dia é dia de combater o mosquito”, que teve forte participação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. A campanha busca fazer com que a população assuma o protagonismo nesta importante iniciativa de combate à dengue e às outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, como a Zica e a Chikungunya. 

Como se prevenir

De acordo com a Secretaria de Saúde, a prevenção é a melhor forma de combater a doença. De antemão, todo local de água parada deve ser eliminado, pois é o lugar propício onde o mosquito transmissor coloca os ovos. Entre as medidas preventivas, estão:

  • Evitar água parada.
  • Esvaziar garrafas.
  • Não estocar pneus em áreas descobertas.
  • Não acumular água em lajes ou calhas.
  • Colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água.

Estou com dengue, e agora?

A orientação da Secretaria de Saúde é que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próximo da residência assim que surgirem os primeiros sintomas. E o conselho é reforçado pela médica infectologista Ana Helena: “se o paciente começar a apresentar desidratação, letargia, sonolência, dor abdominal e vômitos que não melhoram, é preciso acender um alerta. Sem dúvidas, nesse caso, o paciente deve ir ao hospital para fazer uma avaliação e verificar se não há outro fator de risco, chamado de dengue grave”. 

Por ser sazonal, a dengue tem períodos de manifestação e fases de pico. “Deve-se ficar atento a uma possível evolução do quadro da doença, que geralmente deixa o paciente aproximadamente uma semana afastado das atividades rotineiras. Isso quando não leva ao óbito”, acrescenta Ana.

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