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DF teve aumento de 375% no número de casos prováveis de dengue em 2022

Pacientes contam momentos de tensão que passaram ao contrair a doença, de dores pelo corpo e cansaço a coceira incessante

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Mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue em dedo de pessoa - Metrópoles
1 de 1 Mosquito Aedes Aegypti transmissor da dengue em dedo de pessoa - Metrópoles - Foto: Getty Images

atualizado

Mais de 80 mil casos suspeitos de dengue foram notificados no Distrito Federal em 2022. Desses, quase 96% são residentes na capital federal. Dados do boletim epidemiológico mais recente mostram que houve um acréscimo de 375,2% no número de casos prováveis de dengue no DF se comparado ao mesmo período de 2021.

Entre os casos confirmados, a estudante de Jornalismo Monique Del Rosso, de 21 anos, contraiu a doença duas vezes, em fevereiro e setembro deste ano. Na segunda vez, a moradora do Lago Norte teve, inclusive, suspeita de hemorragia. “Tive febre, dor exagerada no corpo, dor aguda na cabeça, além de não dormir nem conseguir levantar da cama. Por receio de dar hemorragia, fui aconselhada pelo médico a ficar quase um dia inteiro no hospital.”

Já a moradora do Paranoá, a UX/UI Designer Jaqueline Paulino, de 23 anos, contraiu dengue uma única vez em março de 2022, mas viveu momentos de sufoco. “Tive muita dor no corpo e febre alta, o que me levou ao hospital. Depois, senti dor atrás dos olhos, dor de cabeça, nas articulações e ‘rash da dengue’ (manchas vermelhas na pele que coçam bastante)”, conta.

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"Rash da dengue" manifestado na mão e no antebraço de Jaqueline
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Jaqueline Paulino teve, entre os sintomas, o "rash da dengue", que provoca coceira incessante no corpo. No caso dela, na mão

Arquivo Pessoal
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"Rash da dengue" manifestado na mão e no antebraço de Jaqueline

Arquivo Pessoal

Jaqueline ainda lembra que, na época, teve um surto de dengue na região onde mora. A partir de então, os vizinhos começaram a suspeitar de uma casa que tinha restos de obra com água parada e, consequentemente, focos do mosquito transmissor

Ainda de acordo com o boletim de saúde mais recente, o maior número de casos prováveis de dengue se concentra na faixa etária entre 20 e 29 anos.

Tabela do número de casos de dengue por faixa etária no DF - Metrópoles
Dados atualizados em 08/12/2022, sujeitos a alterações

A dengue já é considerada um problema de saúde nacional, e, proporcionalmente ao tamanho da população, o DF se destaca em número de casos. 

De acordo com a médica infectologista do Hospital de Base, doutora Luíza Matos, a dengue é classificada em quatro grupos de acordo com a gravidade, e isso determina se o acompanhamento do paciente será domiciliar, ambulatorial ou com necessidade de internação.

Mesmo após ser avaliado por uma equipe médica e classificado como de menor gravidade, a médica alerta que o paciente deve, uma vez que o quadro inicial pode mudar e evoluir negativamente, atentar-se para os sinais de alarme:

  • Dor abdominal intensa
  • Vômitos
  • Sangramentos
  • Sonolência excessiva ou irritabilidade
  • Diminuição da urina
  • Desconforto respiratório
  • Alterações específicas nos exames de sangue

Todo Dia é Dia de Combater o Mosquito

No último dia 20 de outubro, foi lançada nacionalmente a campanha “Todo dia é dia de combater o mosquito”, que teve forte participação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. 

A campanha objetiva incentivar a população a combater a dengue e demais arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como zica, chikungunya e febre amarela.

Como se prevenir

De acordo com a Secretaria de Saúde, a prevenção é a melhor forma de combater a doença. Entre as medidas preventivas, estão:

  • Evitar água parada
  • Esvaziar garrafas
  • Não estocar pneus em áreas descobertas
  • Não acumular água em lajes ou calhas
  • Colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água

Estou com dengue, e agora?

A orientação da Secretaria de Saúde é que a população procure a unidade ou serviço de saúde mais próximo da residência assim que surgirem os primeiros sintomas. 

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