metropoles.com

Debate traça problemas e propõe soluções para crise econômica do RJ

Questões como desequilíbrio previdenciário, investimentos públicos e receita de royalties estão no centro das discussões

Reprodução
Forum Nacional INae
1 de 1 Forum Nacional INae - Foto: Reprodução

atualizado

A história político-econômica do estado do Rio de Janeiro contém altos e baixos e tem diversas raízes. Há especialistas que citam a transferência da capital para Brasília, há 62 anos, sem qualquer tipo de compensação; outros lembram dos problemas relacionados à corrupção; violência; queda na receita de royalties de petróleo ou a crise da previdência.

Mas, uma coisa é certa: há quase uma década o Rio de Janeiro experimenta uma redução vertiginosa nas receitas. A realização de grandes eventos esportivos, como a Copa e as Olimpíadas, e os seguidos desentendimentos entre estado e União aceleraram o caos na segurança pública, na educação e na saúde antes mesmo da chegada da pandemia da Covid-19. Tudo isso,  forçou uma queda de investimentos públicos em obras de infraestrutura, comprometendo o potencial do governo local em gerar empregos e novas oportunidades para a economia. Enfim, o desenvolvimento público despencou em todas as áreas.

Será que é possível enxergar uma luz no fim do túnel?

A sessão extra do 34º Fórum Nacional com o tema “Desafios de Hoje no Brasil: o exemplo do Rio de Janeiro”, mediada pela jornalista Natália André, trouxe as soluções pensadas por Raul Velloso, presidente do Fórum Nacional INAE (Instituto Nacional de Altos Estudos); o deputado estadual Luiz Paulo, ex-vice governador do Rio, com passagens por três secretarias do estado como Obras, Meio Ambiente e Transportes; e Leonardo Rolim, consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados e ex-secretário de Previdência do Ministério da Economia e ex-presidente do INSS.

Para Velloso, a tríade, desequilíbrio previdenciário, queda nos investimentos em infraestrutura e a receita do petróleo através dos royalties, deve ser o foco do próximo governo para que o estado não entre em colapso total e irreversível.

“Nós temos a solução, não só para o Rio. A situação é a mesma para todo o Brasil, só muda o grau de dificuldade. Não é inventar a roda, é realizar o que pode ser feito. Basta ter disposição”, avisou Velloso.

“À medida que os déficits previdenciários continuam a disparar, os investimentos tendem a zerar. E o que hoje se tenta é lutar contra essa perspectiva de zeragem. Ou seja, tentar reverter essa tendência”, continuou Velloso.

A partir desse ponto, compreende-se que os royalties do petróleo são uma das soluções, afinal, nos últimos anos, há um crescimento expressivo na área.

O deputado concordou com o economista. Para ele, a situação atual do Rio é “ímpar” e está totalmente relacionada ao petróleo. “No segundo semestre de 2014, ano eleitoral, quando o barril de petróleo desabou no seu preço, começou a crise do Rio de Janeiro. Função do seu endividamento e da diminuição significativa de royalty participação especial, que financia o sistema previdenciário”, explicou Luiz Paulo.

“Quando esse royalty participação especial, o volume de recursos não cabe para o financiamento, a fonte Tesouro entra em ação. Então, o Raul tem toda a razão quando disse que a solução é se discutir a não zeragem dos investimentos”, seguiu o deputado.

Já Rolim trouxe mais detalhes sobre a origem da crise previdenciária. “A primeira crise que os estados tiveram, e que o Rio de Janeiro fez parte, no final da década de 1990, foi uma crise da dívida. Inclusive, naquele momento, discutia-se a Reforma. Foi ali, portanto, que foram criados os primeiros conceitos da busca de um equilíbrio previdenciário. Desde aquela época, as receitas do petróleo são aportadas à previdência”, continuou o ex-presidente do INSS.

A íntegra do debate está aqui:

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?