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Como proteger seu dinheiro da inflação e criar uma reserva financeira

Confira cinco dicas eficazes para juntar dinheiro em qualquer época do ano

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O crescimento da economia foi negativo nos últimos dois trimestres
1 de 1 O crescimento da economia foi negativo nos últimos dois trimestres - Foto: Michael Melo/Metrópoles

atualizado

A inflação prevista de 8,89% para este ano acendeu o alerta na população e nos pequenos investidores, que se perguntam: como manter uma reserva financeira e proteger o dinheiro da inflação? Economistas avaliam que, neste momento, os títulos do Tesouro Nacional são recomendáveis: o Tesouro IPCA e o Selic, pois ambos permitem ganho real sobre o valor investido.

“O mercado acredita que, por conta dos indicadores e persistência da inflação, é bem provável que o Banco Central mantenha a taxa de juros alta por um período mais prolongado. Olhando para esse cenário de juros mais altos por mais tempo, os ativos pós-fixados atrelados à Selic são mais interessantes” afirma o economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga.

Ele explica que na modalidade IPCA o investidor recebe inflação mais juros, em média, mais 6% ao ano. Ou seja, quando a Selic sobe, os investimentos atrelados a ela também sobem.

“Esse tipo de investimento rende até quatro vezes mais que a caderneta de poupança e a própria pessoa pode comprar o título e fazer simulações de investimentos no site do Tesouro“, explica Braga, que acrescenta que não há valor mínimo para ser aplicado.

Já o economista e professor da Facha, Ricardo Macedo, conta que no caso do Tesouro Selic, o investimento fica atrelado à taxa básica de juros da economia, o que também garante ganho real. Hoje a Selic está em 13,25%.

“O Tesouro Selic é a principal opção para o investidor que busca reserva de liquidez, pois pode ser sacado rapidamente sem que perca valor. Também é o investimento com maior grau de segurança no país” explica.

Outras alternativas

Com relação à diminuição de riscos na aplicação é importante lembrar que quem investe em ativos privados, como CDBs, Letras de Câmbio, LCI e LCA tem seus investimentos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O FGC assegura que o investidor receberá seu dinheiro de volta em casos de intervenção ou de liquidação de instituição financeira pelo Banco Central do Brasil. O valor é limitado a R$ 250 mil por CPF ou por CNPJ e por instituição financeira.

O limite total da garantia é de R$ 1 milhão por investidor a cada período de quatro anos. Vale a partir do primeiro pagamento de garantia. Encerrado esse período, o limite de cobertura é restabelecido.

Veja 5 dicas para juntar dinheiro

Fazer uma reserva de emergência é possível, mas com a inflação corroendo o poder de compra do brasileiro fica difícil juntar dinheiro. O economista e professor do Ibmec, Gilberto Braga, dá dicas valiosas para quem pensa em juntar uma grana e aplicar.

A primeira coisa a fazer é estabelecer metas de gastos, portanto divida os gastos. Isso é essencial para evitar consumir além da conta e ainda controlar melhor as despesas. A atitude inicial para que essa estratégia dê certo consiste em separar as despesas em categorias (alimentação, lazer, transporte, habitação, etc.) e estipular quanto poderá ser gasto com elas por mês. Após isso, divida o valor pelo número de semanas do período e você terá metas semanais para cada uma das categorias.

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Prefira pagamentos à vista, os pagamentos a prazo saem muito mais caro do que compras à vista, por conta de juros, taxas e outros valores adicionais. Por mais que pareça ser um bom negócio parcelar quando se está sem dinheiro, no longo prazo os valores pagos poderão alcançar até mesmo o dobro do preço inicial
Controle os gastos, anotando todo o dinheiro que sai, inclusive os trocados. Pode não parecer, mas no final do mês o acúmulo desses itens costuma impactar consideravelmente no orçamento. Para fazer esse tipo de controle, existem planilhas, caderninhos e até aplicativos de gestão de orçamento
Separe despesa essencial e supérflua: é preciso ter noção do que fará falta em casa e do que poderá ser cortado. Isso ajuda a direcionar melhor as receitas e permite visualizar bem quais são as despesas indispensáveis, de modo que não falte o necessário
Com essas dicas é possível fortalecer o orçamento doméstico, ainda mais em tempo de crise ou incerteza econômica
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1 - Antecipe compras e gastos: essa é uma ótima maneira de economizar uma quantia razoável no final do mês, principalmente perto de épocas festivas. Por exemplo, em vez de deixar para comprar os presentes na véspera do Natal e de outras datas especiais, pagando valores altos por eles, o melhor é antecipar essas compras em três semanas ou mais com antecedência

Karolina Grabowska/Pexels
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Prefira pagamentos à vista, os pagamentos a prazo saem muito mais caro do que compras à vista, por conta de juros, taxas e outros valores adicionais. Por mais que pareça ser um bom negócio parcelar quando se está sem dinheiro, no longo prazo os valores pagos poderão alcançar até mesmo o dobro do preço inicial

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Controle os gastos, anotando todo o dinheiro que sai, inclusive os trocados. Pode não parecer, mas no final do mês o acúmulo desses itens costuma impactar consideravelmente no orçamento. Para fazer esse tipo de controle, existem planilhas, caderninhos e até aplicativos de gestão de orçamento

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Separe despesa essencial e supérflua: é preciso ter noção do que fará falta em casa e do que poderá ser cortado. Isso ajuda a direcionar melhor as receitas e permite visualizar bem quais são as despesas indispensáveis, de modo que não falte o necessário

Hugo Barreto/Metrópoles
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Com essas dicas é possível fortalecer o orçamento doméstico, ainda mais em tempo de crise ou incerteza econômica

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Aproveite os dias de promoção dos mercados

As marmitinhas caseiras são a alternativa para ter uma comida gostosa e saudável sem gastar muito. E como economizar nas compras? O professor Gilberto Braga dá a dica: “Priorize comprar os produtos no dia das promoções, como por exemplo ‘dia da carne’, ‘dia do hortifruti’, assim é possível gastar muito menos na alimentação”.

Preços em conta nas prateleiras mais baixas

No supermercado, é importante que o consumidor olhe para o alto e para baixo, literalmente, para encontrar as marcas genéricas ou menos caras nas prateleiras dos supermercados. “Lojas colocam os itens de marca de maior preço ao nível dos olhos, mas se você comparar o custo por unidade, você será capaz de descobrir a compra mais econômica” orienta Braga.

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