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A maneira como as pessoas socializam, trabalham e interagem entre si está mudando cada vez mais rápido e os desafios trazidos pelo último ano mostraram que é importante se manter atualizado. O setor da educação foi um dos principais segmentos afetados pela pandemia – pais, alunos e professores tiveram que se reinventar para se adaptarem ao modelo de ensino 100% remoto. O formato de ensino à distância, o conhecido EAD, já era realidade em diversas instituições educacionais, mas com a pandemia o ensino remoto, que mais se assemelha ao contato presencial entre aluno e professor, foi crucial para manter a qualidade de ensino e aprendizagem, principalmente para alunos em idade escolar.
Vivemos em um período guiado pela aceleração da transformação digital, que está sendo possível devido ao poder dos dados, a computação em nuvem, ao machine learning e à inteligência artificial, tecnologias que já vinham ajudando a melhorar o dia a dia das pessoas e que durante a pandemia possibilitaram que muitos processos continuassem a existir, mesmo que de forma remota. Quando consideramos o setor da educação, a tecnologia foi – e está sendo – uma grande aliada, desempenhando um importante papel na democratização do ensino para vários estudantes de diferentes faixas etárias.
A tecnologia oferece ferramentas que ajudam a melhorar a qualidade da aprendizagem desde o começo da jornada do aluno, tendo se tornado uma grande aliada dos professores na preparação dos estudantes para a inserção social e para o mundo do trabalho moderno, desenvolvendo habilidades que serão importantes para os profissionais do futuro.
Para garantir uma educação de qualidade aos alunos, o papel dos professores é essencial e, dentro de um contexto em que a tecnologia mostra-se uma importante ferramenta de apoio, nunca foi tão importante investir na capacitação desses profissionais da educação para o seu efetivo uso. Recentemente, a Microsoft desenvolveu uma pesquisa global em parceria com a McKinsey & Company’s Education Practice, a fim de analisar o que os educadores e líderes de escolas podem fazer para garantir que os alunos estejam prontos para o futuro, bem como como o papel que a tecnologia pode desempenhar.
Por meio da pesquisa, foi identificado que a tecnologia pode ajudar os professores a realocar entre 20 a 30% de seu tempo para que possam focar mais em atividades centradas nos alunos, tais como a construção mais aprofundada de relacionamentos e planos de aulas individuais, fornecendo um aprendizado mais personalizado para os estudantes. Os líderes de escola também podem aprimorar o desenvolvimento profissional dos professores, possibilitando que esses profissionais experimentem previamente como a tecnologia pode ser usada de maneira a motivar, gerenciar e promover a aprendizagem autônoma. Para formar alunos mais preparados para o mundo do trabalho no futuro, precisamos preparar esses professores.
Todo o avanço que tivemos em relação à aceleração digital dentro das instituições de ensino durante o último ano serviram para guiar os próximos passos da educação. Aos poucos vemos a retomada das aulas presencias e as instituições educacionais devem ter em mente que será necessário continuar investindo em inovação e recursos de tecnologias para apoiar a aprendizagem.
Estamos em um caminho sem volta no que diz respeito à transformação digital nas instituições de ensino e só há um caminho a percorrer para acompanhar essas mudanças – o da inovação digital, seja no modelo remoto, presencial ou híbrido.
Diretora de educação da Microsoft Brasil, Vera Cabral é mestre em Teoria Econômica pela Universidade de São Paulo (1993) e doutoranda em Economia Social e do Trabalho pela Universidade Estadual de Campinas.