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Com cenografia inspirada no Havaí, Na Praia colore o “litoral” do DF

Tema desta edição, Aloha Hawaii traz uma programação completa, que inclui estruturas esportivas, infantis, gastronômicas e culturais

Deiviane Linhares/Especial para o Metrópoles
Na Praia
1 de 1 Na Praia - Foto: Deiviane Linhares/Especial para o Metrópoles

atualizado

“Pé na areia, caipirinha, água de coco, cervejinha”, já dizia a letra da música do cantor e compositor brasileiro Diogo Nogueira. Esse mesmo ritmo – e até sintonia – também invade o cenário “litorâneo” de Brasília (DF), às margens do Lago Paranoá. É até possível sentir a energia havaiana em cada passo dado dentro da estrutura, agora com parte permanente, do Na Praia 2022, que nesta edição convida a todos com a temática Aloha Hawaii.

Mais que uma saudação, a palavra havaiana “Aloha” significa um estado de espírito, voltado às melhores energias possíveis. Poderosa, ela permite que até o que não pode ser visto, seja sentido. E haja coração. Para a publicitária brasiliense Vera Fogaça, foi na imersão do evento que ela se encontrou, enfatizando os locais instagramáveis do lugar. “Os espaços estão representando os sentimentos humanos, por meio de palavras como ‘sinta’ e ‘observe’; tudo remetendo à cultura do Havaí”.

Fazendo jus à experiência, o complexo foi pensado estrategicamente, com foco nos dois turnos, funcionando de dia e à noite, de segunda a domingo. Desde o receptivo, é possível imergir em um ambiente litoral, com sensação, sentimento e até sabor de praia.

A partir da entrada, os elementos convidam o público a passar pela área com obras sustentáveis expostas, depois pelos espaços de imersão, seguidos da vila gastronômica e, então, ser bem-vindo ao palco principal. Durante o dia, o ambiente funciona como um clube recreativo. Já à noite, o lugar é agraciado pelas atrações artísticas, como os shows.

A arquiteta do grupo Oceano, Mariana Mares Guia, aponta um dos principais diferenciais que chamam a atenção este ano. “Há duas vertentes do Na Praia em 2022: o festival, que ocorre anualmente, a partir de temáticas e subtemáticas inovadoras; e o Sempre Verão, que é o Parque Na Praia, projetado para ser a parte fixa do local, a verdadeira praia brasiliense”, revela.

A arquiteta Mariana Mares Guia esteve presente em todo o processo de construção da estrutura do festival

“Juntos, fomos responsáveis por espaços como a Zunia, destino às crianças; o de esportes, comandado pela academia O2 Fitness; pelo palco litoral. A Oceano e a R2 pensaram nos mínimos detalhes, como ambientação, cenografia e decoração fixa do complexo.”

Mariana Mares Guia, arquiteta do grupo Oceano Arquitetura

A convite da R2, a Oceano Arquitetura foi a responsável pela ambientação do espaço. Assim, o tema desta edição, Aloha Hawaii, inspirou uma programação completa, que inclui estruturas esportivas, infantis, gastronômicas e culturais, em um espaço de 45 mil m².

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A experiência havaiana é completa graças à ambientação
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A experiência havaiana é completa graças à ambientação

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A experiência havaiana é completa graças à ambientação

Deiviane Linhares/Especial Metrópoles

Terra do arco-íris

Enquanto centenas de mãos se erguem acompanhando os sons mais tocados do país, a malemolência toma conta de inúmeros quadris. Nesse clima, a cultura havaiana se torna intensa e memorável, colorindo o céu da capital federal. Isso mesmo! A proposta deste ano é pintar o céu de Brasília.

Afinal, o Havaí é conhecido como a Terra do arco-íris, pois a região tem um clima propício à formação do fenômeno natural. “Trata-se de um encontro de céus coloridos, já que o céu de Brasília já é colorido essencialmente”, afirma a diretora de arte da R2 Produções, Isadora Tupinambá.

E a experiência na terra da hula – dança tradicional havaiana – é completa graças à decoração, à trilha sonora e aos mínimos detalhes que abraçam o complexo, com inúmeros signos a serem desvendados. Entre as atrações, pôsteres inspirados em cartazes vintage dos anos 50 espalhados pelo espaço e os famosos tikis, que são tótens que têm ligação com a espiritualidade, expressando diferentes emoções e fazendo referência à verdadeira “carranca” havaiana.

De acordo com a arquiteta da Oceano Arquitetura, Mariana Mares Guia, o complexo do Na Praia é bem fragmentado, mas todos os pontos estão em sintonia. “A ideia é que nenhuma estrutura dentro do espaço se torne um elemento estranho; que destoe. Afinal, tudo foi pensado baseando-se na experiência do usuário. Para nós, da Oceano, o objetivo é que o público se sinta em uma praia, de fato, com todas aquelas exuberâncias possíveis da orla, com destaque para o ‘pé na areia’, muito presente nos dois palcos do festival.”

A pedagoga Vanessa Camargo, 25 anos, esteve pela primeira vez no festival para o show da Banda Melim e adorou o espaço. “Uma das minhas melhores memórias de lá é o lago artificial que foi criado dentro do complexo. Ótimo para curtir a vibe e tirar fotos.”

Na Praia
Vanessa Camargo guardou boas lembranças do lago artificial no Na Praia 2022

Para respirar o litoral

Este ano, o tema é Havaí, que tem como subtema o habitat natural a partir de texturas, fibras e plantas. A vida no Havaí é assim, de harmonia com a natureza. Assim, a cenografia é responsável por todo um conjunto de ambientação, para, de fato, respirar litoral desde a entrada no espaço. Além disso, o catavento, símbolo do Na Praia, pode ser visto do alto. “Espelhamos a logo em planta, que, vendo de cima, com drone, por exemplo, dá para ver o catavento”, aponta Isadora. 

“Trabalhamos – a Oceano junto a R2 – projeto e execução, sem perder o brilho R2 de ser, visando ‘absurdar’ o público a partir do encantamento e imersão. Isso significa pensar em inovação; o diferente. Além disso, trata-se de um evento após dois anos de intensa pandemia, então a expectativa era alta”, conta a arquiteta Mariana Mares Guia.

Além do palco principal, há um segundo. Super “Havaí”, ele traz um conceito com grafismos tirados de tecidos kapa, típicos do arquipélago. Os dançarinos tradicionais de hula utilizam peças desses tecidos. Segundo a diretora de arte Isadora, o espaço é ideal para ver o pôr do sol, em frente ao Lago Paranoá, com vista panorâmica. Ondas de reconexão batem e voltam a todo instante no complexo, a começar, por esse palco.

E junto com o entretenimento, vem a preocupação ambiental e social. Desde a concepção, o Na Praia já retirou 1.193 kg de lixo do lago; utiliza métodos sustentáveis de abastecimento, economizando nove litros de água por minuto; e abastece parte da estrutura com energia solar. Sem contar que todo o espaço é acessível para pessoas com deficiência e os locais de shows têm intérpretes de libras, entre outras ações inclusivas.

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Tótens que representam espiritualidade embelezam o local
Espaço Gastronômico
Bar temático
Escultura sustentável
Escultura sustentável
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Segundo palco, em frente ao Lago Paranoá

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Tótens que representam espiritualidade embelezam o local

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Espaço Gastronômico

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Bar temático

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Escultura sustentável

Deiviane Linhares/Especial para o Metrópoles

Desenvolvimento e conquista

O projeto Na Praia teve o start em janeiro deste ano, sendo desenvolvido um trabalho em conjunto por um grupo grande de arquitetos. Assim, os profissionais pensaram em fluxo, visadas, escalas das construções, em cada detalhe. Tudo pra garantir uma ambiência de litoral marcante e única, que proporcionasse ao público a melhor experiência dentro do complexo.

Para a arquiteta Mariana Mares Guia, que esteve presente em todo o processo de construção da estrutura do festival, a maior conquista do trabalho é a cativação do usuário, de forma que ele se sinta transportado para uma praia.

Aos olhos do CEO da produtora de eventos R2, Rick Emediato, o desafio inicial da criação foi tornar o espaço em um litoral permanente, sustentável e orgulho da cidade. 

“O desenvolvimento de se tornar a praia permanente de Brasília fez com que nossa mentalidade mudasse a condução do projeto como um todo. Assim, voltamos nosso olhar para a identidade brasiliense, arquiteturas permanentes e o investimento em infraestrutura de um parque.” 

Rick Emediato, CEO da R2 Produções

Emediato afirma que a junção de escritórios de arquitetura de Brasília enriqueceu o desenvolvimento criativo, unindo conceito e identidade visual com olhares complementares. Além disso, o salto do desenvolvimento – também chamado de master plan – teve a logomarca (catavento) aplicada no centro do complexo, direcionando o fluxo e criando uma nova atmosfera com o lago natural. 

Nem a distância entre os dois palcos escapou da inovação. Entre eles, foi criada uma experiência com uma jornada mais longa. Essa imersão diz respeito a diversos micro climas com mais personalidade e identidade. “Isso resultou em um aumento da conexão com a faixa de areia, área de esportes, com o lago e, também, com o dia”, acrescenta o CEO da R2 Produções.

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Estrutura da recepção do Na Praia em desenvolvimento
Receptivo do Na Praia em processo de construção
Vila gastronômica do Na Praia 22 sendo erguida
Estrutura do Na Praia sendo erguida
Parte da vila gastronômica do Na Praia 2022 tomando forma
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Rafael Carneiro, sócio da O2 Fitness, arquiteta Mariana Mares Guia e arquiteto Gustavo Goes, ambos da Oceano Arquitetura, acompanhando o processo de execução do projeto Na Praia 2022

Mateus Holanda/Oceano Arquitetura
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Estrutura da recepção do Na Praia em desenvolvimento

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Receptivo do Na Praia em processo de construção

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Vila gastronômica do Na Praia 22 sendo erguida

Mateus Holanda/Oceano Arquitetura
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Estrutura do Na Praia sendo erguida

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Parte da vila gastronômica do Na Praia 2022 tomando forma

Mateus Holanda/Oceano Arquitetura
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Estrutura de bambu sendo executada no Na Praia 2022, cuja temática é voltada ao Havaí

Mateus Holanda/Oceano Arquitetura

Oceano Arquitetura

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