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O primeiro passo para investir pode ser um dos mais difíceis. Começar por investimentos mais conservadores, da renda fixa, é o caminho natural, segundo especialistas. Mas no universo da renda fixa existem desde os famosos títulos do Tesouro Direto e CDBs, a Fundos de Investimento, sem contar a tradicional caderneta de poupança. Por qual desses investimentos começar? Tiago Sayão, economista e professor do Ibmec-RJ explica que diante da atual situação econômica, com altas nos juros, os fundos de renda fixa, como CDB, Tesouro Direto e Fundos DI, estão com rentabilidade mais atrativa.
No entanto, para quem está em busca de uma boa rentabilidade para suas aplicações financeiras, a principal pergunta frequentemente se pergunta qual é o melhor investimento para seu dinheiro. O professor fez simulações para quem tem R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 50 mil para aplicar em caderneta de poupança, CDB, Fundo DI e Tesouro Direto por dois anos.
Mas qual desses é o melhor investimento? “O melhor investimento é sempre aquele que é mais adequado às suas necessidades. Quem não tem pressa em tirar o dinheiro e pode manter um investimento de longo prazo pode se beneficiar de um CDB, que oferece boa rentabilidade para quem pode deixar o dinheiro aplicado por, pelo menos, dois anos. O Fundo DI é uma boa opção em curto prazo, mas exige atenção redobrada com a taxa de administração cobrada por bancos e corretoras. O ideal é que ela fique entre 0,5% a 1% ao ano para a rentabilidade valer a pena”, orienta Tiago Sayão.E complementa: “O Tesouro Direto é uma opção simples e que pode ser considerada uma alternativa à tradicional poupança. É importante apenas ficar atento à taxa de custódia cobrada para não perder dinheiro. De forma geral, CDB, Fundo DI e Tesouro Direto são consideradas opções de investimento seguras e ao alcance até mesmo do pequeno investidor”.
O professor, no entanto, adverte: “Antes de se decidir por uma das modalidades, só é importante fazer uma pesquisa cuidadosa sobre as taxas cobradas para manter uma rentabilidade interessante”.
Para se ter uma ideia, caso o investidor decida aplicar R$ 5 mil na caderneta de poupança, que não cobra Imposto de Renda, ele terá ao final de dois anos R$ 5.320; já se optar pelo Fundo DI em um banco tradicional, esse mesmo valor terá rendido R$ 5.543. No Tesouro Direto a aplicação renderia R$ 5.434, e no CDB R$ 5.498. Confira no gráfico ao lado as simulações para aplicações de R$ 10 mil e R$ 50 mil. Para os rendimentos, foram consideradas as seguintes taxas: Poupança (3,15%), CDB Plataforma Banco (90,0% do CDI), Tesouro Direto (6,5%), Fundo DI banco tradicional (98,0% do CDI).
Você sabe o que é CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título que as instituições financeiras emitem para conseguirem financiar atividade de crédito. Ou seja, por meio do CDB, o banco pega dinheiro emprestado com pessoas físicas para poder emprestar para outras pessoas físicas. Com os CDBs, o investidor cede determinada quantia para a instituição financeira, por determinado prazo. Após este período, o banco devolve o valor acrescido de juros (que pode ser pré ou pós-fixada).
O que é Fundo DI?
Os Fundos de Renda Fixa Referenciados são investimentos que têm como característica apresentar rendimentos que acompanham a taxa CDI e Selic. Popular entre pequenos investidores, o Fundo DI, em linhas gerais, rende próximo à taxa básica de juros da economia brasileira. Entre suas vantagens estão o baixo risco e a liquidez diária, o que permite que o investidor saque o dinheiro a qualquer momento.
Conhece o Tesouro Direto?
Plataforma on-line para negociar títulos públicos, o Tesouro Direto é aberto para todos os investidores. Só é necessário ter conta corrente em um banco e em uma corretora que seja habilitada para fazer a negociação de títulos públicos. É possível fazer investimentos a partir de R$ 30, o que torna a opção interessante para o pequeno investidor. A liquidez também compensa, o que pode ser uma alternativa para quem precisa do dinheiro em curto prazo.