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Uma verdade deve ser dita: a única coisa absolutamente democrática da vida é a morte. Independente do nível de conhecimento, classe social ou religião, todos vamos morrer. Consequentemente, em algum momento da vida, todos precisaremos lidar com a perda de uma pessoa querida e cada um viverá o luto de uma forma particular, que envolve questões emocionais, psicológicas e até mesmo físicas.
Contudo, a médica, escritora, professora e palestrante Ana Claudia Quintana Arantes ensina que a perspectiva da finitude pode trazer clareza para escolhas, reavivar lembranças e restaurar afetos. Pode abrir caminho, inclusive, para um processo de luto amoroso e íntegro, ainda que haja dor.
Em 17 de outubro no Ulysses Centro de Convenções, em Brasília (DF), na palestra “A morte é um dia que vale a pena viver: novo olhar sobre a finitude da vida”, Ana Claudia esclarece como se pode viver o momento do luto da maneira mais confortável e digna possível. Os ingressos custam a partir de R$ 75 no site da Bilheteria Digital.
Assim como Ana Claudia, muitos estudiosos dedicaram as vidas à investigação do luto. A teoria mais conhecida e aceita é o modelo Kübler-Ross, desenvolvido pela psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross.
Segundo a teoria, o luto tem cinco fases características:
- Negação: a primeira fase é causada por conta do grande impacto das emoções. Geralmente é um mecanismo de defesa da mente, principalmente em casos de morte repentina, quando não há aceitação da realidade.
- Raiva: é a etapa de procurar um responsável pela dor. A verdade é que a raiva é uma tentativa de mascarar as emoções, uma etapa de rebeldia que revela a dor de se sentir abandonado pela pessoa que partiu.
- Barganha: essa terceira etapa acontece nos casos em que o luto chega antes da morte em si. É conhecida como uma negociação ou acordos internos feitos com divindades e até mesmo o questionamento do que poderia ter sido feito para mudar o ocorrido.
- Depressão: quando finalmente a ficha cai, ela vem acompanhada de um sentimento depressivo, o indivíduo fica mais reflexivo e solitário. O desânimo e o sentimento de vazio pode parecer durar para sempre, mas faz parte do processo de cura.
- Aceitação: é a fase de aceitar a realidade. Isso não significa que a pessoa entendeu a situação ou que já está emocionalmente desapegada do ente querido, mas que compreende que essa é a a nova realidade, mesmo que difícil.
As fases do luto estão conectadas e não são necessariamente lineares. A verdade é que o luto não vem com um manual de instruções e acontece de forma diferente em cada pessoa. Por isso, é importante falar sobre o assunto sem tabu, entendendo que faz parte da nossa história.
Ajudando a entender melhor esse momento e como aprender com ele, Ana Claudia Quintana propõe reflexões sobre a jornada da vida sob um ângulo surpreendente.
Metrópoles Talks
O Metrópoles também promove em 3 de outubro, a 3ª edição do Metrópoles Talks, que contará com a presença do advogado Samer Agi. O profissional falará sobre os segredos para criar um discurso que conecta a audiência ao orador.
Outros grandes nomes já estiveram presentes no projeto de palestras do Metrópoles. Em agosto, o psicólogo Rossandro Klinjey e a jornalista Daniela Migliari abordaram autoconhecimento e gestão das emoções. Em junho, foi a vez do navegador Amyr Klink promover uma conversa cheia de reflexões sobre a busca pela felicidade em meio às tempestades da vida.
Ana Claudia Quintana Arantes em Brasília
Palestra: “A morte é um dia que vale a pena viver: novo olhar sobre a finitude da vida”
Data e horário: 17 de outubro (quinta-feira), às 20h
Local: Ulysses Centro de Convenções
Onde comprar: Bilheteria Digital