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A morte é a maior certeza que se tem e a mais difícil de ser encarada. Muitas vezes por medo, por tabu ou por falta de conhecimento. Em 2021, por exemplo, o Brasil bateu um novo recorde no número de mortes: 1,8 milhão de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Contudo, segundo a médica, escritora, professora e palestrante Ana Claudia Quintana Arantes, o que muitos não percebem é que falar sobre a morte não é uma forma de atraí-la, é entendê-la como parte da nossa história. “É um jeito de olhar para a vida com mais carinho, presença e potência”, afirma.
“Precisamos ser capazes de conversar sobre o que nos assusta e sobre o que a morte significa para nós. Isso fará de nós pessoas preparadas para escutar”, ressalta a médica, que será palestrante da 4ª edição do Metrópoles Talks.
Em 17 de outubro no Ulysses Centro de Convenções, em Brasília (DF), a palestra “A morte é um dia que vale a pena viver: novo olhar sobre a finitude da vida” convida o público a refletir sobre a jornada da vida sob um ângulo surpreendente. Os ingressos custam a partir de R$ 75 no site da Bilheteria Digital.
Ana Claudia ficou conhecida por esclarecer como se pode viver o momento do luto da maneira mais confortável e digna possível.
“Alguém tem que devolver a morte para a humanidade. Alguém tem que tirar a morte do armário. A gente tem medo de uma coisa que nós não tocamos no assunto e não tocar no assunto faz com que o tempo dela seja muito mais duro, difícil e triste”, pondera.
É fato que a descoberta de uma doença que ameaça a continuidade da vida traz dor e perplexidade. É algo que transforma profundamente o ser humano. Para a autora, é exatamente na essência dessa transformação que está a necessidade do cuidado. O cuidar até o fim, aquele tempo delicado entre adoecer e morrer.
Médica geriatra com vasta experiência em Cuidados Paliativos, Ana Claudia Quintana convida o público a um novo olhar sobre esse momento. A escritora mostra que a perspectiva da finitude pode trazer clareza para escolhas, reavivar lembranças e restaurar afetos. Pode abrir caminho para um processo de luto amoroso e íntegro, ainda que haja dor.
“Aprendemos a levar conforto para o corpo enfraquecido. A dizer palavras que trazem consolo. A oferecer ajuda eficaz. A atender pedidos que parecem impossíveis à primeira vista. A manter a serenidade para atravessar o tsunami”, frisa a médica.
Metrópoles Talks
O Metrópoles também promove em 3 de outubro, a 3ª edição do Metrópoles Talks, que contará com a presença do advogado Samer Agi. O profissional falará sobre os segredos para criar um discurso que conecta a audiência ao orador.
Outros grandes nomes já estiveram presentes no projeto de palestras do Metrópoles. Em agosto, o psicólogo Rossandro Klinjey e a jornalista Daniela Migliari abordaram autoconhecimento e gestão das emoções. Em junho, foi a vez do navegador Amyr Klink promover uma conversa cheia de reflexões sobre a busca pela felicidade em meio às tempestades da vida.
Ana Claudia Quintana Arantes em Brasília
Palestra: “A morte é um dia que vale a pena viver: novo olhar sobre a finitude da vida”
Data e horário: 17 de outubro (quinta-feira), às 20h
Local: Ulysses Centro de Convenções
Onde comprar: Bilheteria Digital