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Alerta vermelho: clima seco redobra atenção aos incêndios florestais

Segundo especialistas, 90% das ocorrências são ocasionadas por alguma ação humana e poderiam ser evitadas

Gabriel Jabur/Agência Brasília
Foto colorida de um bombeiro com um abafador controlando um incêndio em uma vegetação - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de um bombeiro com um abafador controlando um incêndio em uma vegetação - Metrópoles - Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

atualizado

Os meses de agosto e setembro, historicamente, marcam um período crítico em relação à incidência de incêndios florestais no Cerrado. Isso porque a baixa umidade relativa do ar aliada às altas temperaturas se tornam grandes combustíveis para a propagação do fogo em vegetação seca. 

Só para ter uma ideia, apenas na primeira semana de agosto, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal atendeu 332 ocorrências de incêndios florestais, totalizando 656,71 hectares de vegetação queimados. A mais recente foi registrada na área florestal da Fercal, que mobilizou equipes dos bombeiros do DF e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Dados do Grupo de Proteção Ambiental (Gpram) apontam que, de janeiro a julho deste ano, foram registrados 2.553 chamados de queimadas no Distrito Federal. Com uma área de 3.118,08 hectares atingida pelo fogo. Porém, o período mais crítico inicia agora e todo o cuidado na prevenção é importante.

Ação humana

Segundo especialistas, 90% das ocorrências são ocasionadas por alguma ação humana e poderiam ser evitadas. O ato de jogar bituca de cigarro na mata ou de queimar pasto ou lixo em área verde, por exemplo, pode desencadear um incêndio de grandes proporções.

Provocar queimadas é crime, sujeito à multa e prisão. Qualquer pessoa pode denunciar o ato ilícito pelo número de emergência 193.

E não é apenas a vegetação nativa que sofre, inúmeros animais perdem a vida com as queimadas no Cerrado, além do risco de atingir casas, galpões, armazéns e instalações rurais. Sem contar as consequências relacionadas à saúde das pessoas devido à inalação da fumaça, que é extremamente tóxica para o organismo. 

Nesta época do ano, crescem as ocorrências de problemas respiratórios, de pele e de mucosas. Os idosos e as crianças são os que sofrem mais.

Prevenção 

Para minimizar os danos sofridos com os incêndios em vegetação, é necessário um esforço em conjunto, tanto da população quanto dos órgãos de fiscalização e de controle ambiental. Neste período mais seco, o recomendado é evitar a queima de pasto em chácaras e de forma alguma queimar lixo em área verde ou fazer fogueira em mata nativa.

Blitze educativas e outras medidas de conscientização também estão sendo feitas por meio do Plano de Prevenção de Combate a Incêndios Florestais (PPCIF), que reúne vários órgãos do governo do Distrito Federal para conter o grande volume de queimadas que ocorrem nesta época do ano. Ações de aceiro controlado também estão sendo feitas por brigadas.

Inmet emite alerta

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a região Centro-Oeste está em estado de alerta devido à baixa umidade do ar, que tem variado abaixo dos 20%. Os avisos emitidos diariamente pelo instituto chamam a atenção para os riscos à saúde e para a maior incidência de incêndios florestais. 

No último domingo (7/8), o Distrito Federal registrou a menor umidade do ar — até o momento — com a medição de 10% na região do GamaEm 2022, o dia mais seco do ano foi em 3 de setembro (9%). No entanto, o recorde histórico da capital federal foi em 4 de setembro de 2019, quando o indicador caiu a 8%.

Segundo o Inmet, o DF está há 52 dias sem registro de chuva. A estiagem deve durar ao longo dos meses de agosto e setembro, período característico da seca na capital. 

Denuncie e ajude a combater incêndios florestais

Corpo de Bombeiros: 193

Brasília Ambiental (Ibram): (61) 9 9224-7202 – caso o incêndio seja dentro de uma Unidade de Conservação

WhatsApp da Polícia Militar: (61) 9 9351-5736

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