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Ação do Ministério da Saúde reforça a importância da doação de sangue

Nesta época do ano, devido ao período de férias e principalmente ao frio, os estoques de sangue acabam diminuindo

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Foto colorida de enfermeiro(a) usando luvas para segura bolsa de sangue
1 de 1 Foto colorida de enfermeiro(a) usando luvas para segura bolsa de sangue - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

atualizado

A demanda por bolsas de sangue nos hemocentros não para. A cada minuto, diversas solicitações por tipo sanguíneo chegam para suprir a necessidade de hospitais e unidades de saúde espalhados pelo país. Considerando que não há um substituto para o sangue, a doação é responsável por garantir a reserva do insumo que será utilizada para fins diversos. 

Contudo, historicamente, há uma queda nos estoques no período do inverno em decorrência do aumento das doenças respiratórias, o que, em geral, é um impeditivo na hora de doar. Por isso, há a necessidade de sensibilizar a população sobre a importância da doação de sangue consciente e solidária. 

A campanha Junho Vermelho, marcada pelo Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado nesta terça-feira, 14 de junho, reforça o impacto positivo no ato de doar sangue. Uma doação pode salvar até quatro vidas. Além de pessoas que passarão por procedimentos cirúrgicos ou intervenções médicas, o sangue é indispensável para a qualidade de vida dos pacientes com doenças crônicas graves, como falciforme e talassemia. 

Monitoramento

A equipe da coordenação-geral de sangue e hemoderivados do Ministério da Saúde monitora diariamente os estoques nos hemocentros do país. Quando há um risco de desabastecimento, o Plano Nacional de Contingência do Sangue é utilizado, possibilitando o remanejamento de bolsas entre as unidades federativas. 

Recentemente, o Hemocentro de Pernambuco precisou solicitar o plano de contingência para suprir a demanda do estado que sofreu com as enchentes. Seis unidades da federação auxiliaram nesse reforço com 767 bolsas de sangue. 

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente não há registro de desabastecimento nos serviços de hemoterapia da rede de saúde pública a nível nacional. No entanto, cada região sofre com as oscilações dos estoques dos grupos sanguíneos mais demandados. 

No Hemocentro de Brasília, por exemplo, o estoque mais baixo registrado no domingo, 12 de junho, foi do sangue AB-, um tipo raro presente em apenas 1% da população. O grupo sanguíneo O- (considerado doador universal) também costuma oscilar bastante no estoque. 

Para doar sangue, basta procurar os hemocentros e estar dentro dos requisitos. Veja os locais de coleta mais próximo no link.  

Quais são os critérios básicos para doar sangue?

  • Ter idade entre 16 e 69 anos, estar saudável e pesar acima de 50 kg.
  • Menores de 18 anos devem ter consentimento formal do responsável legal.
  • Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos.
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (RG, carteira nacional de habilitação, carteira de trabalho, passaporte, registro nacional de estrangeiro, certificado de reservista ou carteira profissional emitida por classe).
  • Ter dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas.
  • Estar alimentado. Contudo, evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue. Caso seja após o almoço, aguardar duas horas.

Alguns critérios que impedem a doação temporariamente

  •  Período gestacional.
  •  Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana.
  •  Amamentação: até 12 meses após o parto.
  •  Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação.
  •  Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação).
  •  Extração dentária: 72 horas.
  •  Transfusão de sangue: 1 ano.
  •  Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina.
  •  Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses.
  • Se tem diagnóstico de covid-19, só poderá doar após 10 dias da recuperação total dos sintomas ou 10 dias depois do teste positivo nos casos assintomáticos.
  • Nos casos de gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas.

Além desses, há os impedimentos definitivos, como nos casos de pessoas que têm ou tiveram hepatite B ou C, HIV, doença de chagas e malária. O uso de drogas ilícitas injetáveis também deixa o doador inapto a doar sangue.

A frequência máxima de doações é de quatro anuais para homem e de três para mulher. E o intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

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