Saiba como tirar o visto para trabalhar e estudar no exterior
Especialista da CI Intercâmbio e Viagem explica diferenças de solicitação do documento para quatro destinos diferentes
atualizado
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Estudar e trabalhar no exterior é o objetivo de muitos brasileiros. É só olhar ao redor e você encontrará pessoas prontas para arregaçar as mangas e pôr a mão na massa fora do Brasil. Países como Canadá e Irlanda são super-receptivos a estrangeiros e estão sempre prontos para receber brasileiros.
No Canadá, só no primeiro trimestre de 2018, o número de vagas de emprego teve uma alta de 19,3%, de acordo com o Statistics Canada. Na Irlanda, o censo de 2016 apresentou um crescimento de 60% de brasileiros nos últimos cinco anos. Esse é um cenário bem positivo para os interessados nessa experiência internacional.
Antes de deixar tudo de lado, arrumar a mala e comprar as passagens para esses destinos, é importante pensar em um visto que permita, além do estudo, o trabalho em outro país. A emissão desse documento pode trazer muitas dúvidas. Para desmistificar o processo e ajudar o intercambista a se preparar, a diretora da Divisão de Vistos da CI Intercâmbio e Viagem, Fátima Kaiser, explica de forma prática como funciona o processo em alguns países. Então, não entre em pânico!
“Não são todos os países que permitem conciliar trabalho e estudo, por esse motivo é essencial pesquisar bem os destinos, se esse é o seu intuito. Além disso, cada país tem as suas regras para tirar o visto de estudante, por isso a importância do direcionamento especializado”, comenta Fátima Kaiser.
Canadá
Se você pensa em ir para o Canadá, a primeira coisa a fazer é preparar toda a documentação exigida pelo país e se programar com antecedência. “Todo o processo de visto é feito no Brasil e poderá ser realizado de forma on-line ou diretamente no Centro de Solicitação de Vistos Canadenses. Em determinado momento do processo, será necessário apresentar o passaporte no consulado para que seja afixada a etiqueta com o visto adequado, mesmo para os casos de solicitação on-line”, explica.
É fundamental ter em mãos a carta de aceitação, a qual comprova que o estudante foi aceito em uma instituição de ensino canadense. “Se a intenção é conciliar com trabalho, precisará ainda de uma carta para comprovar que o trabalho é permitido para o curso escolhido. Somente cursos de graduação e pós-graduação permitem trabalho. É importante verificar se o curso em questão dá essa possibilidade” afirma a diretora.
Austrália
Na terra dos cangurus, o primeiro passo, assim como para o Canadá, é reunir toda a documentação. O visto é feito de forma on-line, ainda no Brasil, em uma plataforma disponibilizada pela imigração australiana.
“Não é necessário apresentar o passaporte original para afixar a etiqueta, a autorização de visto é recebida por e-mail e basta imprimir e levar junto com o passaporte, porque as autoridades australianas já saberão que o aluno tem o visto aprovado, em seus sistemas”, explica.
Com o visto adequado, o aluno que estiver matriculado em uma escola por mais de três meses pode trabalhar até 20 horas semanais.
Nova Zelândia
Na Oceania, há outro país receptivo à mão de obra estrangeira: a Nova Zelândia, onde as pessoas também são muito amistosas. Para solicitar o visto de estudante, é preciso estar matriculado em um curso de mais de três meses. Também é necessário, ainda no Brasil, fazer a requisição do visto de forma on-line.
“Alguns cuidados extras são exigidos para se conseguir o visto de estudante neozelandês, como ter o passaporte com data de validade de, no mínimo, três meses depois do retorno”, comenta.
Irlanda
O pedido de visto é feito no próprio país. O primeiro contato do estudante com a imigração será no aeroporto de Dublin, e é nesse momento que ele vai apresentar toda a documentação necessária para solicitar o visto. “É importante que o aluno saia do Brasil com toda a documentação necessária, para não enfrentar problemas no momento de requisitar o visto no destino”.
Para conseguir a permissão de trabalho na Irlanda, o estudante precisa estar matriculado em um curso de inglês com duração acima de 25 semanas e terá que se registrar no escritório-geral de imigração, o qual pode conceder um visto para oito meses.
“Uma dica importante é agendar o quanto antes a entrevista no escritório da imigração. Se o intercambista estiver com toda a documentação certa, pode marcar até aqui pelo Brasil, agilizando o processo na Irlanda”, informa a diretora.
Mais dicas
“Em todos os casos, o documento principal é a carta de aceitação da escola, pois é o que dará base para o visto de estudante. É importante demonstrar que possui investimentos financeiros para se manter no destino e que tem interesse em retornar ao país de origem ao término do curso, ao comprovar vínculos com o país de origem. Essas atitudes vão facilitar bastante a aprovação da solicitação do visto”, conclui Fátima Kaiser.
Voltada para o público que busca aliar trabalho e estudo no exterior, melhorando, assim, o seu currículo, a CI realizará a Feira Trabalhar e Estudar no dia 18 de agosto, em São Paulo, com palestras e parceiros para atender o público. Esse será um bom momento para tirar dúvidas e descobrir qual o melhor destino para o seu perfil.