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Bancas são investigadas pela PCDF em fraude contra concursos

O ex-servidor do TJDFT Helio Ortiz foi preso nesta segunda (21). Ele é acusado de manter esquema desbaratado em 2005

atualizado

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cespe, máfia dos concursos
1 de 1 cespe, máfia dos concursos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco) faz nesta segunda-feira (21/8) uma operação contra fraudadores de concursos públicos no Distrito Federal. O alvo é uma organização criminosa que agia cobrando dinheiro para garantir vagas no concurso do Corpo de Bombeiros e aliciando candidatos. Estão sendo investigados outros concursos realizados nos últimos cinco anos, entre eles o da Secretaria de Educação e exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Também não está descartada a participação de funcionários de bancas organizadoras, como o  Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) e o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (Cespe/Cebraspe), que estão sendo alvos de busca e apreensão.

Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva contra Helio Garcia Ortiz, o filho dele Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutemberg dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias. Helio Ortiz já é conhecido para polícia, pois foi preso há 11 anos acusado de liderar a Máfia dos Concursos. Ele foi detido na casa em que mora no Guará. Os mandados foram expedidos pela Vara Criminal de Águas Claras.

Johann Gutemberg é dono do Instituto Nacional de Ensino Especial, faculdade que funciona em Taguatinga. A suspeita é que a instituição providenciava diplomas de curso superior para os candidatos que não cumpriam a exigência do concurso.

As investigações começaram após denúncias de fraude no concurso do Corpo de Bombeiros. Outros 16 mandados de condução coercitiva para depoimentos e 12 de busca e apreensão em endereços de investigados. Entre as pessoas levadas a depor, estariam candidatos que pagaram os fraudadores para conseguir uma vaga.

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Ortiz foi preso em casa, na QE 15 do Guará II
Dez escrivães, 25 delegados e 150 agentes, incluindo grupo de operações especiais e helicóptero, participaram da operação
Equipes da PCDF chegam ao Cebraspe/Cespe, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão
Movimento intenso no Cebraspe/Cespe
São investigados concursos realizados nos últimos cinco anos
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Helio Ortiz é um velho conhecido da polícia. Ele foi preso em 2005 e em 2009

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Ortiz foi preso em casa, na QE 15 do Guará II

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Dez escrivães, 25 delegados e 150 agentes, incluindo grupo de operações especiais e helicóptero, participaram da operação

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Equipes da PCDF chegam ao Cebraspe/Cespe, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão

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Movimento intenso no Cebraspe/Cespe

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São investigados concursos realizados nos últimos cinco anos

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A operação, batizada de Panoptes (referência ao monstro da mitologia que tinha 100 olhos), identificou pelo menos três modus operandi da quadrilha. O grupo agia com a utilização de pontos eletrônicos, uso de identidades falsas para que outras pessoas fizessem a prova no lugar dos inscritos, além do uso de celulares.

Em 2009, o ex-técnico judiciário do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), Hélio Garcia Ortiz, foi indiciado por falsificação de documento público, estelionato, falsidade ideológica e uso de documento falso pela Polícia Federal, acusado de liderar a máfia dos concursos e cometer uma série de crimes em processos seletivos públicos no Distrito Federal.

Em maio de 2006, ele foi alvo da Operação Galileu, deflagrada pela Polícia Civil do DF, após suspeita de fraude do concurso da própria corporação, realizado em 2004. Na época, Helio Ortiz foi acusado de fraudar 12 concursos.

O outro lado
O Cespe/Cebraspe informou “que está acompanhando a investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), fornecendo todo o apoio necessário à investigação e é o maior interessado em esclarecer os fatos”.

Confira nota do Idecan

“O Idecan informa que, diferente do que foi noticiado por este veículo de imprensa, não há nenhum registro de quaisquer fraudes ocorridas em quaisquer etapas do concurso do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e tampouco houve busca e apreensão no instituto, nem qualquer notificação ou contato da Polícia Civil do DF. O que há é uma investigação a uma quadrilha sobre suspeita de tentativa de fraude.

O Idecan ressalta que adota rigorosos procedimentos de segurança e controle, que visam coibir qualquer tentativa de fraude, não compactuando com quaisquer práticas ilícitas. Neste sentido, o Instituto está à disposição das autoridades responsáveis para auxiliar e contribuir com a investigação.”

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