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Manifestantes querem manutenção de concurso dos bombeiros

Ministério Público sugeriu a anulação do certame, mas um grupo de inscritos acredita que medida será ainda mais prejudicial

atualizado

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manifestação concurso bombeiros
1 de 1 manifestação concurso bombeiros - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

Cerca de 50 pessoas realizam na manhã desta segunda-feira (13/3) uma manifestação contra a possível anulação do concurso para condutor de viatura dos bombeiros, realizado no dia 5/2. Os manifestantes concentram-se em frente ao comando-geral da corporação, próximo ao Palácio do Buriti.

Segundo a candidata Thaís Cabral Batista, 24 anos, os problemas apresentados na prova não justificam a anulação. “As falhas foram solucionadas em menos de meia hora e tivemos tempo extra para completar o exame. Quanto à denúncia de plágio, foram apenas dois itens de uma questão. O correto era anular apenas essa pergunta”, argumenta. A estudante afirma que se preparou durante três anos para essa seleção, tendo gastos superiores a R$ 8 mil.

Outro manifestante, que preferiu não se identificar, acredita que houve isonomia na aplicação da prova. “Estão reclamando de pressão psicológica, mas todos enfrentaram o mesmo problema. Não há motivo para a anulação”, reclama.

Anulação
Depois de receber mais de 100 denúncias de irregularidades no certamente, a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (Prodep) recomendou ao comando-geral da corporação a anulação, em um prazo de 48 horas, da primeira etapa do concurso para soldado condutor e operador de viaturas do Corpo de Bombeiros Militar do DF. .

Entre as falhas apontadas estão: a não designação prévia das salas para a realização das provas e atraso para o seu início; descontrole por parte dos fiscais em relação à coordenação dos candidatos em sala; divergência entre os nomes constantes nos cadernos de provas e respectivos gabaritos; e não concessão de tempo complementar aos candidatos, uma vez que o certame fora iniciado após o prazo preestabelecido no edital

Contra e a favor
Além de promover a manifestação na manhã de hoje, o grupo que pede a manutenção do concurso protocolou documento em favor da prova junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Eles argumentam que o edital foi devidamente cumprido, as “falhas procedimentais” foram sanadas e a “lisura do certame” foi mantida. “…além de que uma anulação pode gerar prejuízos financeiros à banca IDECAN, a candidatos e ao próprio Corpo de Bombeiros do Distrito Federal que está com defasagem de pessoal”, aponta o documento.

Um abaixo-assinado também pede a não anulação do concurso. Até o fim da manhã desta segunda-feira (13), o documento tinha mais de 1080 assinaturas.

Em nota, o Idecan afirma que o certame foi realizado dentro da lei. “Estamos convictos de que todos os métodos adotados garantiram a lisura e isonomia dos certames. Juntamente com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, o Instituto não poupa esforços para que tudo siga dentro da legalidade”, informou.

O comando do Corpo de Bombeiros não se manifestou hoje sobre o assunto.

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