IHBDF contratará 708 aprovados em seleção, até o fim de março
Mais de 10 mil pessoas se inscreveram para o processo seletivo, realizado no domingo. Cargo de médico teve concorrência de 27 por vaga
atualizado
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O processo seletivo do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF), realizado no último domingo (25/2), teve 10.257 inscritos para a disputa de 708 vagas. Com abstenção de 12%, cerca de 9 mil pessoas efetivamente fizeram as provas, aplicadas pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe).
O cargo com maior concorrência foi o de médico: 27 candidatos se inscreveram para concorrer a cada uma das 76 vagas, divididas entre as especialidades de anestesistas, médicos de trauma, clínicos médicos, emergenciais e nefrologistas. O posto de enfermeiro (128 oportunidades) teve 24 inscritos por chance, e o de técnico de enfermagem (477), 14. A contratação está prevista para a última semana de março.
Mas o edital faz uma ressalva: “A carga horária e o salário poderão ser ajustados proporcionalmente, conforme o interesse e a conveniência do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal, de acordo com o regime estabelecido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)”. Com o regime celetista, os contratados não serão servidores públicos com direito à estabilidade no cargo ocupado.
Meta ambiciosa
O IHBDF entrou em funcionamento no dia 12 de janeiro, com novo modelo de gestão e uma meta ambiciosa para 2018: aumentar a produtividade em 20%, a partir da média dos últimos três anos. Para isso, vai contar com um quadro de pessoal formado por servidores que ficaram na unidade (85%) e novos profissionais.
Com a mudança, processos como compra de medicamentos, contratação de pessoal e manutenção de equipamentos serão mais ágeis. O orçamento, porém, deverá ser o mesmo: R$ 602 milhões. Segundo a Secretaria de Saúde, do total de gastos da unidade, atualmente 82% são destinados ao pagamento de salários dos 3.500 servidores, pouco sobrando para a compra de equipamentos, medicamentos e outros itens indispensáveis para melhor atender a população brasiliense. Um dos principais motivos da mudança é alterar a relação receita/despesa.
Pelos cálculos do GDF, a folha de pagamento, contando os antigos servidores e os novos contratados via CLT, será de R$ 450 milhões. Devem ser realizadas ao menos 290.193 consultas médicas especializadas e 9.223 cirurgias. O Conselho de Administração promete mais e quer reabrir, neste primeiro semestre, 117 leitos.