DF: programa seleciona ex-presidiários para voltarem a trabalhar
A iniciativa é da startup Grow, que atua em serviços de micromobilidade. Nesta semana, quatro egressos foram contratados
atualizado
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A empresa Grow, startup que atua com serviços de micromobilidade na América Latina, passou a oferecer oportunidade de reinserção no mercado de trabalho a egressos do sistema prisional do Distrito Federal.
A Grow é resultado da fusão de duas startups: a Yellow e a Grin. A empresa está no Brasil há cerca de um ano.
Nesta semana, quatro ex-detentos passaram a fazer parte da empresa nas áreas de manutenção, monitoramento e organização de equipamentos nas ruas.
Novas oportunidades ficam disponíveis no site do Instituto Responsa, onde também é possível se inscrever para participar do programa.
A iniciativa é realizada pela Grow em parceria com a ONG Ruas, que trabalha com a capacitação de ex-presidiários para o mercado.
Diálogo facilitado
Ao oferecer trabalho para egressos do sistema prisional, as entidades têm o objetivo de combater o preconceito e inspirar outras empresas a desenvolverem a mesma ideia.
O gerente de comunidades da startup, Johnny William, 34 anos, afirmou que o programa é importante porque os recém-libertados sabem se comunicar com a população periférica, um dos públicos-alvos da empresa.
“A ideia desse projeto é fazer a conexão entre a operação da empresa na rua e as comunidades mais afastadas. Os egressos, geralmente, têm conexões nessas comunidades, o que facilita o diálogo para os modais da empresa chegarem a esses locais”, afirmou Johnny. “A nossa intenção é mostrar que essas pessoas precisam ter oportunidades, apesar dos erros que cometeram”, ressaltou.
A cidade de São Paulo foi pioneira no projeto, que hoje conta com 75 egressos. Johnny afirma que, na capital paulista, a proposta surgiu para atender as região da Faria Lima e da Paulista.
Os quatro ex-detentos contratados fazem o braço da iniciativa recém-chegada a Brasília.
Além dessa ação, o programa RH Social realiza intervenções e rodas de conversa nas comunidades e regiões periféricas, com pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O objetivo é orientar, conscientizar e prevenir atos infracionais.