Aprenda a melhorar o currículo e a ir bem em entrevistas de emprego
Especialistas consultados pelo Metrópoles também ensinam cinco atitudes que podem ajudar o trabalhador a sair da condição de desempregado
atualizado
Compartilhar notícia
Comemorado em diversos países do mundo, o 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, é uma data que 14,2 milhões de brasileiros gostariam de ter celebrado. Esse número corresponde à quantidade de desempregados no país, segundo dados recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), referentes ao primeiro trimestre de 2017.
A elevada taxa de profissionais fora do mercado tem exigido habilidade e paciência extra dos candidatos. Para sair dessa situação, é essencial preparar um bom currículo e se destacar nas entrevistas, de acordo com especialistas em recursos humanos.
No entanto, além de saber elaborar um currículo de destaque e de reagir bem à entrevista, o candidato precisa assumir outras atitudes. Confira cinco delas, recomendadas por especialistas consultados pelo Metrópoles:
AMPLIE HORIZONTES AO BUSCAR UMA VAGA
Uma das recomendações é não se contentar apenas em procurar ofertas em sites de emprego. “Além de seguir sites de vagas e redes sociais, é recomendável ir atrás das organizações, procurar canais de contato dos gestores dos lugares que a pessoa gostaria de trabalhar”, recomenda Anelise Sihler, coordenadora do curso de Gestão de Recursos Humanos da Católica Virtual (Universidade Católica de Brasília).
NUNCA PARE DE SE CAPACITAR
Os profissionais de gestão de pessoas recomendam que o candidato esteja em constante atualização, seja com cursos ou ingressando em graduações e pós-graduações. Ampliar as habilidades específicas ajudam o profissional a se diferenciar e restabelecer no mercado de trabalho. “A dica mais importante é se capacitar, desenvolver habilidades e técnicas de forma continuada. Ter domínio do que as empresas buscam também é necessário”, Anelise Sihler.
APRENDA UM SEGUNDO IDIOMA
Pesquisa realizada pelo site de empregos Catho, aponta que ter domínio fluente de um segundo idioma é um diferencial. A pesquisa indica que em cargos de diretoria a diferença salarial entre alguém que fala inglês fluentemente e um profissional que não tem essa habilidade é de 56%. “Seu conhecimento e sua competência são os diferenciais. O brilho nos olhos e a garra demonstrada na entrevista podem fazer a diferença”, complementa Larissa Meiglin, supervisora de assessoria de carreira na Catho.
FALE SEMPRE A VERDADE
É comum, durante entrevistas, ocorrer situações de pressão sobre o candidato, aflito com perguntas que ele pode não ter a resposta e reagir negativamente. A indicação nesses casos é ser verdadeiro e evitar gestos que indiquem nervosismo. “Diga sempre a verdade. Caso não tenha conhecimento de um assunto, fale que tem interesse em aprender sobre o tema em breve. Jamais minta. A linguagem corporal fala muito e o recrutador é um profissional preparado para enxergar esses sinais”, indica Larissa Meiglin.
CONHEÇA A EMPRESA
Para evitar esses imprevistos, os candidatos devem estudar a empresa. Saber a sua missão e o tipo de profissional que ela procura. “Os candidatos precisam entender o que as empresas buscam. Devem dizer nas entrevistas sobre a capacidade de agregar valor à empresa, procurar se alinhar. Os gestores de RH buscam essa condição, a de profissionais com sangue para inovação”, complementa Anelise Sihler.
O número de 14,2 milhões de desempregados representa 13,7% dos trabalhadores do país. O mais alto desde 2012, quando a taxa passou a ser verificada com maior frequência e rigor pelo IBGE. No Distrito Federal, a taxa de desemprego passou de 20% em fevereiro para 20,7% em março, segundo dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).