Condenado por morte de índio Galdino é aprovado no TJDFT
Max Rogério foi condenado em 2001 por homicídio triplamente qualificado. Ainda na cadeia, ele conseguiu liberação para cursar faculdade de direito
atualizado
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Max Rogério Alves, um dos assassinos do índio Galdino Jesus dos Santos, que foi morto queimado em 1997 enquanto dormia em uma parada de ônibus em Brasília, passou no concurso público do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e será servidor da Corte. As informações são da jornalista Renata Mariz, em matéria publicada no jornal O Globo.
Max Rogério foi condenado em 2001 por homicídio triplamente qualificado. Ainda na cadeia, ele conseguiu liberação para cursar faculdade de direito.
De acordo com o edital do concurso, Max receberá um salário de R$ 8,8 mil e ocupará o cargo de analista judiciário. Entre os requisitos para tomar posse no cargo, o futuro servidor tem de apresentar certidões criminais negativas dos últimos cinco anos e não pode possuir “qualquer ato desabonador” na vida pregressa.
Ao Globo, Max disse não possuir mais antecedentes criminais e que vai tomar posse. “Não há restrição. Eu sou um reabilitado”, afirmou.
Dos cinco envolvidos no assassinato do índio Galdino, quatro foram presos e um detido, pois era menor de idade à época do crime. Além de max, outros dois passaram em concursos públicos – um é agente do Detran-DF e outro briga na Justiça para tomar posse na Polícia Civil do DF.
Relembre o caso
Em 1997, cinco jovens colocaram fogo no índio Galdino enquanto ele dormia em uma parada de ônibus na 503/504 Sul. O local onde ocorreu o assassinato virou uma praça em homenagem ao indígena.