PM espera parecer da PGDF até sexta para contratar banca de concurso
Prazo pode ser prorrogado, mas Procuradoria diz que deve cumpri-lo. Quando o processo voltar ao órgão, a PMDF promete contratar organizadora
atualizado
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Apesar da autorização do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para dar continuidade ao concurso público da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o órgão ainda não assinou contrato com o Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), banca organizadora do certame. Isso porque o processo está na Procuradoria-Geral do DF aguardando parecer jurídico.
A PGDF tem até sexta-feira (8/12) para emitir manifestação jurídica sobre o concurso. O documento é feito pela área especializada em atividade consultiva da Procuradoria. Por meio da assessoria de comunicação, o órgão afirmou que, embora o prazo possa ser prorrogado, a previsão é de que o documento seja entregue no fim desta semana.
Enquanto isso, nas salas de aulas e bibliotecas do DF, os concurseiros aguardam a publicação do edital. Gilmar da Silva Nascimento é aluno do curso preparatório do Grancursos, em Taguatinga, e revela que mudou todo seu planejamento de vida contando com a possibilidade de o edital ser publicado ainda em 2017.
“Saí do emprego em maio e, desde então, venho me dedicando exclusivamente ao preparo para esse concurso. Cheguei a fazer o (concurso) do Bombeiros e não passei por pouco, isso me motivou a largar tudo para estudar”, afirma.
Limite de idade
Aos 30 anos, Gilmar está no limite para participar do concurso. Essa foi justamente a idade máxima permitida em edital para os candidatos se inscreverem no último concurso da PMDF, em 2012. Também por isso, a ansiedade é grande.
“Além dos amigos de sala de aula, participo de vários grupos de concurseiros que estão no aguardo do edital. A carreira policial é um sonho para muitos. Conheço gente que extrapolou a idade e não poderá mais fazer a prova, é lamentável. Eu já tenho 30 anos e espero que o edital saia o quanto antes”, diz.
O estudante conta que sua rotina é voltada para a aprovação no certame. “Meu dia é todo planejado. Pela manhã, faço cursinho, à tarde, estudo mais quatro horas por conta própria. Em seguida, vou para a academia correr e fazer musculação, pois, além da prova objetiva, vamos enfrentar o teste físico.”
Apesar da demora na publicação do edital, Gilmar não desanima e diz que se sente preparado para as provas. “Fiz outros dois concursos do TST e do TRF 1ª Região para testar meus conhecimentos e fui bem, mas sempre sonhei em ser policial”, finaliza ele.